Tratado que estabelece uma Constituição para a Europa

Traktato pri estigo de Eŭropa Konstitucio

PREÂMBULO

PREAMBLO

SUA MAJESTADE O REI DOS BELGAS, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHECA, SUA MAJESTADE A RAINHA DA DINAMARCA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESTÓNIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA HELÉNICA, SUA MAJESTADE O REI DE ESPANHA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FRANCESA, A PRESIDENTE DA IRLANDA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITALIANA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CHIPRE, A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LETÓNIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LITUÂNIA, SUA ALTEZA REAL O GRÃO-DUQUE DO LUXEMBURGO, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA HUNGRIA, O PRESIDENTE DE MALTA, SUA MAJESTADE A RAINHA DOS PAÍSES BAIXOS, O PRESIDENTE FEDERAL DA REPÚBLICA DA ÁUSTRIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA POLÓNIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESLOVÉNIA, O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESLOVACA, A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA FINLÂNDIA, O GOVERNO DO REINO DA SUÉCIA, SUA MAJESTADE A RAINHA DO REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E IRLANDA DO NORTE,LIA MOŜTO LA REĜO DE LA BELGOJ, LA PREZIDANTO DE LA ĈEĤA RESPUBLIKO, ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE DANLANDO, LA PREZIDANTO DE LA GERMANA FEDERACIA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA ESTONA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA GREKA RESPUBLIKO, LIA MOŜTO LA REĜO DE HISPANUJO, LA PREZIDANTO DE LA FRANCA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTINO DE IRLANDO, LA PREZIDANTO DE LA ITALA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA KIPRA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTINO DE LA LATVA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA LITOVA RESPUBLIKO, LIA REĜA MOŜTO LA GRANDDUKO DE LUKSEMBURGIO, LA PREZIDANTO DE LA HUNGARA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE MALTO, ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE NEDERLANDO, LA FEDERACIA PREZIDANTO DE LA AŬSTRA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA POLA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA PORTUGALA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA SLOVENA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTO DE LA SLOVAKA RESPUBLIKO, LA PREZIDANTINO DE LA FINNLANDA RESPUBLIKO, LA REGISTARO DE LA SVEDA REĜOLANDO, ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE LA UNUIĜINTA REĜOLANDO DE GRANDA BRITUJO KAJ NORD-IRLANDO,
INSPIRANDO-SE no património cult ural, religioso e huma nista da Europa, de que emanaram os valores universais que são os direitos inviolá veis e inalienáveis da pessoa humana, bem como a liberdade, a democracia, a igualdade e o Estado de Direito,INSPIRATE de la kultura, religia kaj humanisma tradicio de Eŭropo, el kiu disvolviĝis la netuŝeblaj kaj neforpreneblaj rajtoj de la homo, la libereco, la demokratio, la egaleco kaj la universalaj valoroj de la konstitucia ŝtateco,
CONVENCIDOS de que a Europa, agora reunida após dolorosas experiências, tenciona progredir na via da civilização, do progresso e da prosperidade a bem de todos os seus habitantes, incluindo os mais frágeis e os mais desprotegidos, qu er continuar a ser um continente aberto à cultura, ao saber e ao progresso social, e deseja aprofundar o carácter democrático e tra nsparente da sua vida pública e actuar em prol da paz, da justiça e da solidariedade no mundo,KONVINKIĜINTE, ke Eŭropo reunuiĝinta post doloraj spertoj deziras – por la bono de ĉiuj siaj loĝantoj, inkluzive la plej malfortajn kaj helpobezonajn – iri ankaŭ estonte la vojon de la civilizo, progreso kaj prospero; ke ĝi volas resti kontinento malferma al la kulturo, scio kaj socia progreso; ke ĝi deziras pliintensigi la demokratan kaj travideblan karakteron de sia publika vivo, kaj tutmonde agadi por la paco, justeco kaj solidareco,
PERSUADIDOS de que os povos da Europa, continuando embora orgulhosos da respectiva identidade e história nacional, estão decididos a ultrapassar as antigas discórdias e, unidos por laços cada vez mais estreitos, a forjar o seu destino comum,GVIDATE DE LA KONVINKO, ke la popoloj de Eŭropo decidis, restante fieraj pri siaj naciaj identecoj kaj historioj, superi siajn praajn dividiĝojn, kaj – unuiĝinte pli strikte ol iam ajn – ili aspiras elformi komunan destinon,
CERTOS de que, "Unida na diversidade", a Europa lhes oferece as melho res possibilidades de, respeitando os direitos de cada um e estando cientes das suas responsabilidades para com as gerações futuras e para com a Terra, prosseguir a grande aventura que faz dela um espaço privilegiado de esperança humana,KONVINKIĜINTE, ke Eŭropo tiamaniere "unuiĝinta en diverseco" proponas la plej bonan ŝancon al efektivigo de tiu grandioza entrepreno, pro kiu ĉi tiu areo – ĉe respekto de la rajtoj de ĉiuj individuoj kaj konsciante sian respondecon pri la estontaj generacioj kaj pri la futuro de la Tero – fariĝas speciala areo de espero de la homaro,
DETERMINADOS a prosseguir a obra realizada no âmbito dos Tratados que instituem as Comunidades Europeias e do Tratado da União Europeia, assegurando a continuidade do acervo comunitário,KUN LA DECIDO, ke ili pluevoluigas la rezultojn atingitajn kadre de la traktatoj estigantaj la Eŭropajn Komunumojn kaj de la traktato pri la Eŭropa Unio, samtempe certigante la kontinuecon de la komunumaj atingaĵoj,
GRATOS aos membros da Convenção Europeia por terem elaborado o projecto da presente Constituição, em nome dos cidadãos e dos Estados da Europa,DANKANTE, nome de la civitanoj kaj ŝtatoj de Eŭropo, la membrojn de la Eŭropa Laborgrupo pro la ellaboro de tiu ĉi konstitucio-projekto,
DESIGNARAM COMO PLENIPOTENCIÁRIOS:
SUA MAJESTADE O REI DOS BELGAS, Guy VERHOFSTADT Primeiro-Ministro, Karel DE GUCHT Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA CHECA, Stanislav GROSS Primeiro-Ministro, Cyril SVOBODA Ministro dos Negócios Estrangeiros; SUA MAJESTADE A RAINHA DA DINAMARCA, Anders Fogh RASMUSSEN Primeiro-Ministro, Per Stig MØLLER Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERAL DA ALEMANHA, Gerhard SCHRÖDER Chanceler Federal, Joseph FISCHER Ministro Federal dos Negócios Estrangeiros e Vice-Chanceler Federal; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESTÓNIA, Juhan PARTS Primeiro-Ministro, Kristiina OJULAND Ministra dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA HELÉNICA, Kostas KARAMANLIS Primeiro-Ministro, Petros G. MOLYVIATIS Ministro dos Negócios Estrangeiros; SUA MAJESTADE O REI DE ESPANHA, José Luis RODRÍGUEZ ZAPATERO Presidente do Governo, Miguel Angel MORATINOS CUYAUBÉ Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FRANCESA, Jacques CHIRAC Presidente, Jean-Pierre RAFFARIN Primeiro-Ministro, Michel BARNIER Ministro dos Negócios Estrangeiros; A PRESIDENTE DA IRLANDA, Bertie AHERN Primeiro-Ministro (Taoiseach), Dermot AHERN Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ITALIANA, Silvio BERLUSCONI Primeiro-Ministro, Franco FRATTINI Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DE CHIPRE, Tassos PAPADOPOULOS Presidente, George IACOVOU Ministro dos Negócios Estrangeiros; A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LETÓNIA, Vaira VIKE FREIBERGA Presidente, Indulis EMSIS Primeiro-Ministro, Artis PABRIKS Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA LITUÂNIA, Valdas ADAMKUS Presidente, Algirdas Mykolas BRAZAUSKAS Primeiro-Ministro, Antanas VALIONIS Ministro dos Negócios Estrangeiros; SUA ALTEZA REAL O GRÃO-DUQUE DO LUXEMBURGO, Jean-Claude JUNCKER Primeiro-Ministro, Ministro de Estado, Jean ASSELBORN Vice-Primeiro-Ministro, Ministro dos Negócios Estrangeiros e da Imigração; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA HUNGRIA, Ferenc GYURCSÁNY Primeiro-Ministro, László KOVÁCS Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DE MALTA, The Hon Lawrence GONZI Primeiro-Ministro, The Hon Michael FRENDO Ministro dos Negócios Estrangeiros; SUA MAJESTADE A RAINHA DOS PAÍSES BAIXOS, Dr. J. P. BALKENENDE Primeiro-Ministro Dr. B. R. BOT Ministro dos Negócios Estrangeiros O PRESIDENTE FEDERAL DA REPÚBLICA DA ÁUSTRIA, Dr. Wolfgang SCHÜSSEL Chanceler Federal, Dr. Ursula PLASSNIK Ministra Federal dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA POLÓNIA, Marek BELKA Primeiro-Ministro, Włodzimierz CIMOSZEWICZ Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA PORTUGUESA, Pedro Miguel DE SANTANA LOPES Primeiro-Ministro, António Victor MARTINS MONTEIRO Ministro dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA ESLOVÉNIA, Anton ROP Presidente do Governo, Ivo VAJGL Ministro dos Negócios Estrangeiros; O PRESIDENTE DA REPÚBLICA ESLOVACA, Mikuláš DZURINDA Primeiro-Ministro, Eduard KUKAN Ministro dos Negócios Estrangeiros; A PRESIDENTE DA REPÚBLICA DA FINLÂNDIA, Matti VANHANEN Primeiro-Ministro, Erkki TUOMIOJA Ministro dos Negócios Estrangeiros; SUA MAJESTADE O REI DA SUÉCIA, Göran PERSSON Primeiro-Ministro, Laila FREIVALDS Ministra dos Negócios Estrangeiros; SUA MAJESTADE A RAINHA DO REINO UNIDO DA GRÃ-BRETANHA E DA IRLANDA DO NORTE, The Rt. Hon Tony BLAIR Primeiro-Ministro, The Rt. Hon Jack STRAW Ministro dos Negócios Estrangeiros e do Commonwealth,
DELEGIS KIEL SIAJN PLENRAJTIGITOJN:
LIA MOŜTO LA REĜO DE LA BELGOJ, ĉefministron Guy VERHOFSTADT, ministron pri eksteraj aferoj Karel DE GUCHT; LA PREZIDANTO DE LA ĈEĤA RESPUBLIKO, ĉefministron Stanislav GROSS, ministron pri eksteraj aferoj Cyril SVOBODA; ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE DANLANDO, ĉefministron Anders Fogh RASMUSSEN, ministron pri eksteraj aferoj Per Stig MØLLER; LA PREZIDANTO DE LA GERMANA FEDERACIA RESPUBLIKO, federacian kancelieron GERHARD SCHRÖDER, federacian ministron pri eksteraj aferoj kaj federacian vickancelieron Joseph FISCHER; LA PREZIDANTO DE LA ESTONA RESPUBLIKO, ĉefministron Juhan PARTS, ministron pri eksteraj aferoj Kristiina OJULAND; LA PREZIDANTO DE LA GREKA RESPUBLIKO, ĉefministron Kostas KARAMANLIS, ministron pri eksteraj aferoj Petros G. MOLYVIATIS; LIA MOŜTO LA REĜO DE HISPANUJO, la prezidanton de la registaro José Luis RODRÍGUEZ ZAPATERO, la ministron respondecan pri eksteraj aferoj kaj kunlaboro Miguel Angel MORATINOS CUYAUBÉ; LA PREZIDANTO DE LA FRANCA RESPUBLIKO, la prezidanton de la respubliko Jacques CHIRAC, ĉefministron Jean-Pierre RAFFARIN, ministron pri eksteraj aferoj Michel BARNIER; LA PREZIDANTINO DE IRLANDO, ĉefministron (Taoiseach-on) Bertie AHERN, ministron pri eksteraj aferoj Dermot AHERN; LA PREZIDANTO DE LA ITALA RESPUBLIKO, ĉefministron Silvio BERLUSCONI, ministron pri eksteraj aferoj Franco FRATTINI; LA PREZIDANTO DE LA KIPRA RESPUBLIKO, la prezidanton de la respubliko Tassos PAPADOPOULOS, ministron pri eksteraj aferoj George IAKOVOU; LA PREZIDANTINO DE LA LATVA RESPUBLIKO, prezidantinon de la respubliko Vaira VÎÍE FREIBERGA, ĉefministron Indulis EMSIS, ministron pri eksteraj aferoj Artis PABRIKS; LA PREZIDANTO DE LA LITOVA RESPUBLIKO, prezidanton de la respubliko Valdas ADAMKUS, ĉefministron Algirdas Mykolas BRAZAUSKAS, ministron pri eksteraj aferoj Antanas VALIONIS; LIA REĜA MOŜTO LA GRANDDUKO DE LUKSEMBURGO, ĉefministron, Ministre d'État-on Jean-Claude JUNCKER, vic-ĉefministron, ministron pri eksteraj- kaj enmigradaj aferoj Jean ASSELBORN; LA PREZIDANTO DE LA HUNGARA RESPUBLIKO, ĉefministron Ferenc GYURCSÁNY, ministron pri eksteraj aferoj László KOVÁCS; LA PREZIDANTO DE MALTO, ĉefministron Hon. Lawrence GONZI, ministron pri eksteraj aferoj Hon. Michael FRENDO; ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE NEDERLANDO, ĉefministron D-ron J. P. BALKENENDE, ministron pri eksteraj aferoj D-ron B. R. BOT; LA FEDERACIA PREZIDANTO DE LA AŬSTRA RESPUBLIKO, federacian kancelieron D-ron Wolfgang SCHÜSSEL, federacian ministron pri eksteraj aferoj D-rinon Ursula PLASSNIK; LA PREZIDANTO DE LA POLA RESPUBLIKO, ĉefministron Marek BELKA, ministron pri eksteraj aferoj Włodzimierz CIMOSZEWICZ; LA PREZIDANTO DE LA PORTUGALA RESPUBLIKO, ĉefministron Pedro Miguel DE SANTANA LOPES, ministron pri eksteraj aferoj kaj ministron respondecan pri la eksterlimaj portugalaj komunumoj António Victor MARTINS MONTEIRO; LA PREZIDANTO DE LA SLOVENA RESPUBLIKO, la prezidanton de la registaro Anton ROP, ministron pri eksteraj aferoj Ivo VAJGL; LA PREZIDANTO DE LA SLOVAKA RESPUBLIKO, ĉefministron Mikuláš DZURINDA, ministron pri eksteraj aferoj Eduard KUKAN; LA PREZIDANTINO DE LA FINNLANDA RESPUBLIKO, ĉef-ministron Matti VANHANEN, ministron pri eksteraj aferoj Erkki TUOMIOJA; LA REGISTARO DE LA SVEDA REĜOLANDO, ĉefministron Göran PERSSON, ministron pri eksteraj aferoj Laila FREIVALDS; ŜIA MOŜTO LA REĜINO DE GRANDA BRITUJO KAJ NORD-IRLANDO, ĉefministron Rt. Hon Tony BLAIR, ministron pri eksteraj aferoj kaj pri aferoj de la Brita Naciaro Rt. Hon Jack STRAW;
OS QUAIS, depois de terem trocado os seus plenos poderes reconhecidos em boa e devida forma, acordaram nas disposições seguintes:KIUJ, interŝanĝinte siajn plenrajtigilojn agnoskitajn en bona kaj konvena ordo, konsentis pri la sekvantaj dispozicioj:

PARTE II-a PARTO
TÍTULO I: DEFINIÇÃO E OBJECTIVOS DA UNIÃOI-a TITOLO: DIFINO KAJ CELOJ DE LA UNIO
Artigo I-1.º Estabelecimento da UniãoI-1-a artikolo: La kreo de la Unio
1. A presente Constituição, inspirada na vontade dos cidadãos e dos Estados da Europa de construírem o seu futuro comum, estabelece a União Europeia, à qual os Estados-Membros atribuem competências para atingirem os seus objectivos comuns. A União coordena as políticas dos Estados-Membros que visam atingir esses objectivos e exerce em moldes comunitários as competências que eles lhe atribuem.(1) Gvidate de la deziro de civitanoj kaj ŝtatoj de Eŭropo konstrui sian komunan estontecon, per ĉi tiu Konstitucio kreiĝas la Eŭropa Unio, al kiu la membroŝtatoj havigas agosferojn por atingi siajn komunajn celojn. La Unio kunordigas la membroŝtatajn politikojn direktiĝantajn al efektivigo de tiuj ĉi komunaj celdifinoj, kaj la ricevitajn agosferojn praktikas laŭ komunuma maniero.
2. A União está aberta a todos os Estados europeus que respeitem os seus valores e se comprometam a promovê-los em comum.(2) La Unio estas malfermata antaŭ ĉiuj tiaj eŭropaj ŝtatoj, kiuj respektas ĝiajn valorojn, kaj engaĝas sin al komuna efektivigo de tiuj valoroj.
Artigo I-2.º Valores da UniãoI-2-a artikolo: La valoroj de la Unio
A União funda-se nos v alores do respeito pela dignidade humana, da liberdade, da democracia, da igualdade, do Estado de Direito e do respeito dos direitos , in cluindo dos direitos das pessoas pertencentes a minorias. Estes valores são comuns aos Estados-Membros, numa sociedade caracterizada pelo pluralismo, a não discriminação, a tolerância, a justiça, a solidariedade e a igualdade entre mulheres e homens.La Unio baziĝas sur la valoroj de respekto de la homa digno, libereco, demokratio, egaleco, konstitucia ŝtateco kaj respekto de la homaj rajtoj, inkluzive la rajtojn de personoj apartenantaj al minoritatoj. Tiuj ĉi valoroj estas komunaj en la membroŝtatoj, en la socio de plurismo, malpermeso de diskriminacio, toleremo, justeco, solidareco, kaj de egaleco inter virinoj kaj viroj.
Artigo I-3.º Objectivos da UniãoI-3-a artikolo: La celoj de la Unio
1. A União tem por objectivo promover a paz, os seus valores e o bem-estar dos seus povos.(1) La celo de la Unio estas antaŭenigi la pacon, siajn valorojn kaj la bonstaton de siaj popoloj.
2. A União proporciona aos seus cidadãos um espaço de liberdade, segurança e justiça sem fronteiras internas e um mercado inter no em que a concorrência é livre e não falseada.(2) La Unio proponas al siaj civitanoj areon de libereco, sekureco kaj justo sen internaj limoj, kaj unuecan internan merkaton, kie la konkurenco estas libera kaj ne difektita.
3. A União empenha-se no desenvolvimento su stentável da Europa, assente num crescimento económico equilibra do e na estabilidade dos preços, numa economia social de mercado altamente competitiva que tenha como meta o pleno emprego e o progresso social, e num elevado nível de protecção e de melhoramento da qualidade do ambie nte. A União fomenta o progresso científico e tecnológico.(3) La Unio laboras por la daŭrigebla disvolvo de Eŭropo, kiu baziĝas sur ekvilibrigita ekonomia kresko, prezostabileco kaj sur sociala merkatekonomio kun alta konkurenca kapablo, kiu difinas kiel celon la plenan dungitecon kaj socian progreson, kaj kiu kunligiĝas kun altnivela defendo kaj plibonigo de kvalito de la vivmedio. La Unio antaŭenigas la sciencan kaj teknikan progreson.
A União combate a exclusão social e as discriminações e promove a justiça e a protecção sociais, a igualdade entre homens e mulheres, a solidariedade entre as gerações e a protecção dos direitos das crianças.La Unio luktas kontraŭ socia ekskludo kaj diskriminacio, kaj antaŭenigas la socian justecon kaj protekton, egalecon inter viroj kaj virinoj, solidarecon inter la generacioj kaj defendon de la rajtoj de infanoj.
A União promove a coesão económica, social e territorial, e a solidariedade entre os Estados--Membros.La Unio antaŭenigas la ekonomian, socian kaj teritorian koherecon, kaj la solidarecon inter la membroŝtatoj.
A União respeita a riqueza da sua diversidade cultural e linguística e vela pela salvaguarda e pelo desenvolvimento do patrim ónio cultural europeu.La Unio respektas sian riĉan diversecon kulturan kaj lingvan, kaj certigas la konservon kaj pluan riĉigon de la eŭropa kultura heredaĵo.
4. Nas suas relações com o resto do mundo, a União afirma e promove os seus valores e interesses. Contribui para a paz, a segurança, o desenvolvimento su stentável do planeta, a solidariedade e o respeito mútuo entre os povos, o comércio livre e equitativo, a errad icação da pobreza e a protecção dos direitos do Ho mem, em especial os das crianças, bem como para a rigorosa observância e o desenvolvimento do direit o internacional, incluindo o respeito dos princípios da Carta das Nações Unidas.(4) En siaj rilatoj al aliaj partoj de la mondo la Unio defendas kaj efektivigas siajn valorojn kaj interesojn. Ĝi kontribuas al la paco, sekureco, daŭrigebla disvolvo de la Tero, solidareco kaj reciproka respekto inter la popoloj, libera kaj honesta komerco, eliminado de malriĉeco kaj defendo de homaj, precipe infanaj rajtoj, krome al la rigora plenumo kaj evoluigo de la internacia juro, precipe al respekto de la principoj troviĝantaj en la Ĉarto de Unuiĝintaj Nacioj.
5. A União prossegue os seus objectivos pelos meios adequados, em f unção das competências que lhe são atribuídas na Constituição.(5) La Unio realigas siajn celojn per konvenaj rimedoj, kadre de la agosferoj havigitaj al ĝi en tiu ĉi Konstitucio.
Artigo I-4.º Liberdades fundamentais e não discriminaçãoI-4-a artikolo: Fundamentaj liberecoj kaj malpermeso de diskriminacio
1. A União garante no seu território a livre circulação de pessoas, serviços, mercadorias e capitais, bem como a liberdade de estabelecimento, em conformidade com a Constituição.(1) Laŭ la Konstitucio la Unio sur sia teritorio certigas la liberan moviĝon de personoj, servoj, varoj kaj kapitalo, tiel same la liberecon de ekloĝo.
2. No âmbito de aplicação da Constituição e sem prejuízo das suas disposições específicas, é proibida toda e qualquer discriminação em razão da nacionalid ade.(2) En la aplikokampo de la Konstitucio kaj sen ofendo de la specialaj dispozicioj fiksitaj en ĝi, estas malpermesata ĉiu diferencigo surbaze de ŝtataneco.
Artigo I-5.º Relações entre a União e os Estados-MembrosI-5-a artikolo: La rilato inter la Unio kaj la membroŝtatoj
1. A União respeita a igualdade dos Estados-Membros perante a Constituição, bem como a respectiva identidade nacional, reflectida nas estruturas políticas e constitucionais fundamentais de cada um deles, incluindo no que se refere à autonomia local e regional. A União respeita as funções essenciais do Estado, nomeadamente as que se destinam a garantir a integridade territorial, a manter a ordem pública e a salvaguardar a segurança nacional.(1) La Unio respektas la egalecon de membroŝtatoj antaŭ la Konstitucio, ilian nacian identecon, kiu estas nedisigebla parto de iliaj bazaj politikaj kaj konstituciaj strukturoj, inkluzive la regionajn kaj lokajn aŭtonomiojn. Ĝi respektas la bazajn ŝtatajn funkciojn, inter ili la certigon de la teritoria integreco de la ŝtato, la konservadon de publika ordo kaj defendon de la nacia sekureco.
2. Em virtude do princípio da cooperação leal, a União e os Estados-Membros respeitam-se e assistem-se mutuamente no cumprimento das missões decorren tes da Constituição.(2) La Unio kaj la membroŝtatoj sekvante la principon de lojala kunlaboro reciproke respektas kaj helpas unu la alian en la efektivigo de la taskoj devenantaj el la Konstitucio.
Os Estados-Membros tomam todas as medidas gerais ou específicas adequadas para garantir a execução das obrigações decorrentes da Constituição ou resultan tes dos actos das instituições da União.La membroŝtatoj faras konvenajn ĝeneralajn aŭ specialajn disponojn por plenumi siajn devojn devenantajn el la Konstitucio kaj el agoj de la institucioj de la Unio.
Os Estados-Membros facilitam à União o cumprimento da sua missã o e abstêm-se de qualquer medida susceptível de pôr em perigo a realização dos objectivos da União.La membroŝtatoj helpas la Union plenumi ĝiajn taskojn kaj evitas ĉiun tian disponon, kiu povas endanĝerigi la efektivigon de la celoj de la Unio.
Artigo I-6.º Direito da UniãoI-6-a artikolo: La unia juro
A Constituição e o direito adopta do pelas instituições da União, no exercício das competências que lhe são atribuídas, primam sobre o direito dos Estados-Membros.La Konstitucio, kaj la juro kreita fare de la institucioj de la Unio dum la praktikado de la agosferoj havigitaj al ili, ĝuas prioritaton antaŭ la propraj juroj de la membroŝtatoj.
Artigo I-7.º Personalidade Jurí dicaI-7-a artikolo: Jura personeco
A União tem personalidade jurídica.La Unio estas jura persono.
Artigo I-8.º Símbolos da UniãoI-8-a artikolo: La simboloj de la Unio
A bandeira da União é constituída por um círculo de doze estrelas douradas sobre fundo azul.La standardo de la Unio konsistas el rondo de dekdu oraj steloj sur blua fono.
O hino da União é extraído do "Hino à Alegria" da Nona Sinfonia de Ludwig van Beet hoven.La himno de la Unio estas fragmento de la Odo al ĝojo de la IX-a simfonio de Ludwig van Beethoven.
O lema da União é: "Unida na div ersidade".La devizo de la Unio estas: "Unuiĝinte en diverseco".
A moeda da União é o euro.La mono de la Unio estas la eŭro.
O Dia da Europa é comemorado a 9 de Maio em toda a União.Eŭropa tago estas celebrata la 9-an de majo en la tuta Unio.

TÍTULO II: DIREITOS FUNDAMENTAIS E CIDADANIA DA UNIÃOII-a TITOLO: LA FUNDAMENTAJ RAJTOJ KAJ LA UNIA CIVITANECO
Artigo I-9.º Direitos fundamentaisI-9-a artikolo: Fundamentaj rajtoj
1. A União reconhece os direitos, as liberdades e os princípios enunciados na Carta dos Direitos Fundamentais, que constitui a Parte II.(1) La Unio agnoskas la rajtojn, liberecojn kaj principojn fiksitajn en la Ĉarto de Fundamentaj Rajtoj formanta la II-an parton de ĉi tiu Konstitucio.
2. A União adere à Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais. Essa adesão não altera as competências da União, tal como definidas na Constituição.(2) La Unio aliĝas al la eŭropa konvencio pri la defendo de homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj. Tiu ĉi aliĝo ne tuŝas la agosferojn de la Unio fiksitajn en la Konstitucio.
3. Do direito da União fazem parte, enquanto princípios gerais, os direitos fundamentais tal como os garante a Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais e tal como resultam das tradições constitucionais comuns aos Estados-Membros.(3) La fundamentaj rajtoj, certigitaj de la eŭropa konvencio pri defendo de homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj, kaj sekvantaj el la komuna konstitucia tradicio de la membroŝtatoj, konsistigas parton de la unia jura ordo, kiel ties ĝeneralaj principoj.
Artigo I-10.º Cidadania da UniãoI-10-a artikolo: La unia civitaneco
1. Possui a cidadania da União qualquer pessoa que tenha a nacionalidade de um Estado--Membro. A cidadania da União acresce à cidadania nacional, não a substituindo.(1) Unia civitano estas ĉiu, kiu estas civitano de iu el la membroŝtatoj. La unia civitaneco kompletigas kaj ne anstataŭas la nacian civitanecon.
2. Os cidadãos da União gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres previstos na Constituição. Assistem-lhes:(2) La uniaj civitanoj ĝuas la rajtojn kaj havas la devojn difinitajn en ĉi tiu Konstitucio. Tiel la uniaj civitanoj:

a) O direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-Membros;

a) rajtas en la teritorio de la membroŝtatoj libere moviĝi kaj restadi;

b) O direito de ele ger e ser eleitos nas eleições para o Parlamento Europeu, bem como nas eleições municipais do Estado-Membro de residência, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado;

b) ili havas elektorajton, kaj ili estas elekteblaj en la eŭropaj parlamentaj kaj municipaj elektoj de la membroŝtato, kie estas ilia loĝloko, laŭ samaj kondiĉoj, kiel la civitanoj de la koncerna membroŝtato;

c) O direito de, no territ ório de países terceiros em que o Estado-Membro de que são nacionais não se encontre representado, beneficiar da protecção das autoridades diplomáticas e consulares de qualquer Estado-Membro, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado;

c) ili rajtas uzi la protekton de la diplomatiaj aŭ konsulaj instancoj de iu ajn membroŝtato en la teritorio de tia tria lando, kie la membroŝtato, kies civitanoj ili estas, ne posedas reprezentejon, laŭ la samaj kondiĉoj, kiel la civitanoj de la koncerna membroŝtato;

d) O direito de dirigir petições ao Parlamento Europeu, o direito de rec orrer ao Provedor de Justiça Europeu e o direito de se dirigir às instituições e aos órgãos consultivos da União numa das línguas da Constituição e de obter uma resposta na mesma língua.

d) ili rajtas prezenti peticion al la Eŭropa Parlamento, turni sin al la eŭropa mediaciisto, krome ili rajtas turni sin skribe en iu ajn lingvo de la Konstitucio al iu ajn institucio aŭ konsilanta organo de la Unio, kaj en la sama lingvo ricevi respondon.

Estes direitos são exercidos nas condições e nos limites definidos pela Constituição e pelas medidas adoptadas para a sua aplicação.Tiuj ĉi rajtoj estas praktikeblaj laŭ la kondiĉoj kaj limigoj fiksitaj en ĉi tiu Konstitucio kaj en la disponoj akceptitaj por ĝia efektivigo.

TÍTULO III: COMPETÊNCIAS DA UNIÃOIII-a TITOLO: LA AGOSFEROJ DE LA UNIO
Artigo I-11.º Princípios fundamentaisI-11-a artikolo: Bazaj principoj
1. A delimitação das competências da União rege-se pelo princípio da atribuição. O exercício das competências da União rege-se pelos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade.(1) La limojn de la uniaj agosferoj difinas la principo de la agosfero-transdono. La praktikadon de la uniaj agosferoj difinas la principoj de subsidiareco kaj proporcieco.
2. Em virtude do princípio da atribuição, a União actua dentro dos limites das competências que os Estados-Membros lhe tenham atribuído na Constituição para alcançar os objectivos por esta fixados. As competências que não sejam atribuídas à União na Constituição pertencem aos Estados--Membros.(2) Konvene al la principo de agosfero-transdono la Unio agas ene de la limoj de la agosferoj havigitaj al ĝi en la Konstitucio fare de la membroŝtatoj, por efektivigi la tie fiksitajn celojn. Ĉiuj agosferoj, kiujn la Konstitucio ne transdonis al la Unio, restas ĉe la membroŝtatoj.
3. Em virtude do princípio da subsidiariedade, nos domínios que não sejam da sua competência exclusiva, a União intervém apenas se e na medida em que os objectivos da acção considerada não possam ser suficientemente alcançados pelos Estados-Membros, tanto ao nível central como ao nível regional e local, podendo contudo, devido às dimensõ es ou aos efeitos da acção considerada, ser melhor alcançados ao nível da União.(3) Konforme al la principo de subsidiareco en tiuj kampoj, kiuj ne apartenas al ĝia ekskluziva agosfero, la Unio agas nur tiam kaj tiamezure, kiam kaj kiamezure la celoj de la intencita dispono estas kontentige efektivigeblaj fare de la membroŝtatoj nek je centra, nek je regiona, nek je loka nivelo, sed pro la amplekso aŭ efiko de la planita dispono ili estas pli bone realigeblaj je la nivelo de la Unio.
As instituições da União aplicam o princípio da subsidiariedade em conformidade com o Protocolo relativo à aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade. Os Parlamentos nacionais velam pela observância deste princípio de acordo com o processo previsto no referido Protocolo.La institucioj de la Unio praktikas la principon de subsidiareco laŭ la normoj difinitaj en la protokolo pri la aplikado de la principoj de subsidiareco kaj proporcieco. La naciaj parlamentoj zorgas pri la respekto de tiu ĉi principo konforme al la proceduro fiksita en la menciita protokolo.
4. Em virtude do princípio da proporcionalidade, o conteúdo e a forma da acção da União não deve exceder o necessário para alcançar os objectivos da Constituição.(4) Konforme al la principo de proporcieco la agoj de la Unio nek laŭ enhavo, nek laŭ formo povas superi tion, kio estas necesa por atingi la celojn de la Konstitucio.
As instituições da União aplicam o princípio da proporcionalidade em conformidade com o Protocolo relativo à aplicação dos princípios da subsidiariedade e da proporcionalidade.La institucioj de la Unio aplikas la principon de proporcieco laŭ la protokolo pri la aplikado de la principoj de subsidiareco kaj proporcieco.
Artigo I-12.º. Categorias de competênciasI-12-a artikolo: La tipoj de agosferoj
1. Quando a Constituição atribua à União competência exclusiva em determinado domínio, só a União pode legislar e adoptar actos juridicamente vinculativos; os próprios Estados-Membros só podem fazê-lo se habilitados pela União ou a fim de dar execução aos actos da União.(1) Se sur difinita kampo la Konstitucio havigas ekskluzivan agosferon al la Unio, sur tiu ĉi kampo nur la Unio rajtas krei kaj akcepti devigan juran akton, la membroŝtatoj nur en tiu okazo, en kiu la Unio rajtigas ilin ĉi-rilate, aŭ en kiu ĝia celo estas la efektivigo de juraj aktoj alprenitaj fare de la Unio.
2. Quando a Constituição atribua à União competência partilhada com os Estados-Membros em determinado domínio, a União e os Estados-Membros podem legislar e adoptar actos juridicamente vinculativos nesse domínio. Os Estados-Membros exercem a sua competência na medida em que a União não tenha exercido a sua ou tenha decidido deixar de a exercer.(2) Se sur difinita kampo la Konstitucio havigas al la Unio agosferon dividitan kun la membroŝtatoj, sur tiu ĉi kampo kaj la Unio kaj la membroŝtatoj rajtas krei kaj alpreni devigajn jurajn aktojn. La membroŝtatoj agas en ĉi tiu agosfero nur tiagrade, kiagrade la Unio ne praktikis sian agorajton, aŭ decidis rezigni pri la praktikado de sia agorajto.
3. Os Estados-Membros coordenam as suas políticas económicas e de emprego de acordo com disposições, determinadas na Parte III, para cuja definição a União tem competência.(3) La membroŝtatoj kunordigas siajn ekonomiajn kaj dungado-politikojn laŭ reguloj difinitaj en parto III-a, je kies determinado la Unio havas agorajton.
4. A União dispõe de competência para definir e executar uma política externa e de segurança comum, inclusive para definir gradualmente uma política comum de defesa.(4) La Unio havas agosferon por difini kaj efektivigi komunan eksteran kaj sekurecan politikon, inkluzive la laŭgradan elformadon de komuna defenda politiko.
5. Em determinados domínios e nas condições previstas pela Constituição, a União dispõe de competência para desenvolver acções destinadas a apoiar, a coordenar ou a completar a acção dos Estados-Membros, sem substituir a competência destes nesses domínios.(5) Sur difinitaj kampoj kaj ĉe kondiĉoj fiksitaj en la Konstitucio la Unio havas agosferon por efektivigi agadojn subtenantajn, kunordigantajn aŭ kompletigantajn la disponojn de la membroŝtatoj, sen tio ke ĝi forprenus la agosferojn de la membroŝtatoj sur tiuj ĉi kampoj.
Os actos juridicamente vinculativos da União adoptados com fundamento nas disposições da Parte III relativas a esses domínios não podem implicar a harmonização das disposições legislativas e regulamentares dos Estados-Membros.La devigaj juraj aktoj de la Unio – alprenitaj surbaze de dispozicioj fiksitaj en la parto III-a kaj koncernantaj tiujn ĉi kampojn – ne povas rezultigi la harmoniigon de leĝaj, dekretaj aŭ administraciaj dispozicioj de la membroŝtatoj.
6. A extensão e as regras de exercício das competências da União são determinadas pelas disposições da Parte III relativas a cada domínio.(6) La amplekso kaj detalaj reguloj de praktikado de la uniaj agosferoj estas fiksitaj en la III-a parto de la Konstitucio, en apartaj dispozicioj koncernantaj difinitajn kampojn.
Artigo I-13.º Domínios de competência exclusivaI-13-a artikolo: La kampoj de la ekskluzivaj agosferoj
1. A União dispõe de competência exclusiva nos seguintes domínios:(1) La Unio disponas pri ekskluziva agosfero sur la la sekvantaj kampoj:

a) União aduaneira;

a) doganunio,

b) Estabelecimento das regras de concorrência necessárias ao funcionamento do mercado interno;

b) starigo de konkurencaj reguloj necesaj por funkciigo de la interna merkato,

c) Política monetária para os Estados-Membros cuja moeda seja o euro;

c) mona politiko koncerne la membroŝtatojn, kies mono estas la eŭro,

d) Conservação dos recursos biológicos do mar, no âmbito da política comum das pescas;

d) konservado de maraj riĉaĵoj biologiaj en la kadro de komuna fiŝkaptada politiko,

e) Política comercial comum.

e) komuna komerca politiko.

2. A União dispõe igualmente de competência exclusiva para celebrar acordos internacionais quando tal celebração esteja prevista num acto legislativo da União, seja necessária para lhe dar a possibilidade de exercer a sua competência interna, ou seja susceptível de afectar regras comuns ou de alterar o alcance das mesmas.(2) La Unio disponas ankaŭ pri ekskluziva agosfero por ligi internacian interkonsenton, se ties ligon preskribas unia leĝdona akto, aŭ se tio estas necesa por la interna praktikado de agosferoj de la Unio, aŭ se tio povas tuŝi la komunajn regulojn aŭ ŝanĝi ilian aplikosferon.
Artigo I-14.º Domínios de competência partilhadaI-14-a artikolo: La kampoj de la dividitaj agosferoj
1. A União dispõe de competência partilhada com os Estados-Membros quando a Constituição lhe atribua competência em domínios não contemplados nos artigos I-13.º e I-17.º.(1) La Unio disponas pri agosferoj dividitaj kun la membroŝtatoj en la okazoj, kiam la Konstitucio havigas al ĝi tian agosferon, kiu ne apartenas al la kampoj listigitaj en la artikoloj I-13-a kaj I-17-a.
2. As competências partilhadas entre a União e os Estados-Membros aplic am-se aos principais domínios a seguir enunciados:(2) La agosferoj dividitaj inter la Unio kaj la membroŝtatoj rilatas al la sekvantaj ĉefaj kampoj:

a) Mercado interno;

a) interna merkato,

b) Política social, no que se refere aos aspectos definidos na Parte III;

b) sociala politiko rilate la aspektojn fiksitajn en la III-a parto,

c) Coesão económica, social e territorial;

c) ekonomia, socia kaj teritoria kohereco,

d) Agricultura e pescas, com excepção da conservação dos recursos biológicos do mar;

d) agrikulturo kaj fiŝkaptado, escepte de la konservado de maraj riĉaĵoj biologiaj,

e) Ambiente;

e) vivmedio,

f) Defesa dos consumidores;

f) protekto de konsumantoj,

g) Transportes;

g) trafiko,

h) Redes transeuropeias;

h) transeŭropaj retoj,

i) Energia;

i) energiaj aferoj,

j) Espaço de liberdade, segurança e justiça;

j) areo de libereco, sekureco kaj justo,

k) Problemas comuns de segurança em matéria de saúde pública, no que se refere aos aspectos definidos na Parte III.

k) komunaj sekurecaj riskoj sur kampo de la sanitaraj aferoj, priskribitaj en la parto III-a.

3. Nos domínios da investigação, do desenvolvimento tec nológico e do espaço, a União dispõe de competência para dese nvolver acções, nomeadamente para definir e executar programas, sem que o exercício dessa competência possa impedir os Estados-Membros de exercerem a sua.(3) Sur la kampoj de esploro, teknologia evoluigo kaj kosmoesploro la Unio havas agosferojn por gvidi difinitajn agadojn, precipe por ellabori kaj realigi programojn, sed la praktikado de tiu ĉi agosfero ne povas malhelpi la membroŝtatojn en la praktikado de iliaj propraj agosferoj.
4. Nos domínios da cooperação para o desenvolvimento e da aj uda humanitária, a União dispõe de competência para d esenvolver acções e uma política comum, sem que o exercício d essa competência possa impedir os Estados-Membros de exercerem a sua.(4) Sur la kampoj de evoluiga kunagado kaj humaneca helpo la Unio havas agosferon por entrepreni agadojn kaj realigi komunan politikon; sed la praktikado de tiu ĉi agosfero ne povas malhelpi la membroŝtatojn en la praktikado de iliaj propraj agosferoj.
Artigo I-15.º: Coordenação das políticas económicas e de empregoI-15-a artikolo: Kunordigo de la ekonomiaj kaj dungado-politikoj
1. Os Estados-Membros coordenam as suas políticas económicas no âmbito da União. Para tal, o Conselho de Ministros adopta medidas, nomeadamente as orientações gerais dessas políticas.(1) La membroŝtatoj kunordigas siajn ekonomiajn politikojn interne de la Unio. Tiucele la Konsilio de Ministroj alprenas disponojn, precipe ĝeneralajn gvidliniojn koncerne ĉi tiujn politikojn.
Aos Estados-Membros cuja moeda seja o euro são aplicáveis disposições específicas.Apartaj dispozicioj koncernas la membroŝtatojn kies mono estas la eŭro.
2. A União toma medidas para garantir a coordenação das políticas de emprego dos Estados-Membros, definindo, nomeadamente, as directrizes para essas políticas.(2) La Unio faras disponojn por kunordigi la dungado-politikojn de la membroŝtatoj, precipe per difino de gvidlinioj koncerne ĉi tiujn politikojn.
3. A União pode tomar iniciativas para garantir a coordenação das políticas sociais dos Estados-Membros.(3) La Unio povas fari iniciatojn por kunordigi la socialan politikon de la membroŝtatoj.
Artigo I-16.º Política externa e de seguran ça comumI-16-a artikolo: Komuna ekstera kaj sekureca politikoj
1. A competência da União em matéria de Política externa e de segurança comum abrange todos os domínios da política externa, bem como todas as questões relativas à segurança da União, incluindo a definição gradual de uma política comum de defesa que poderá conduzir a uma defesa comum.(1) La agosfero de la Unio koncerne la komunan eksteran kaj sekurecan politikojn ampleksas ĉiujn kampojn de la ekstera politiko, kaj ĉiujn demandojn koncernantajn la sekurecon de la Unio, inkluzive la laŭgradan elformadon de komuna defenda politiko, kiu povas konduki al komuna defendo.
2. Os Estados-Membros apoiam activamente e sem reservas a política externa e de segurança comum da União, num espírito de lealdade e de solidariedade mútua, e respeitam a acção da União neste domínio. Os Estados-Membros abstêm-se de toda e qualquer acção contrária aos interesses da União ou susceptível de prejudicar a sua eficácia.(2) La membroŝtatoj aktive kaj senrezerve subtenas la eksteran kaj sekurecan politikojn de la Unio en la spirito de lojaleco kaj reciproka solidareco, kaj respektas la agadon de la Unio sur tiu ĉi kampo. Ili detenas sin de ajna agado kontraŭa al interesoj de la Unio aŭ povanta malhelpi ĝian efikecon.
Artigo I-17.º Domínios das acções de apoio, de coordenação ou de complementoI-17-a artikolo: La kampoj de subtenantaj, kunordigaj kaj kompletigaj disponoj
A União dispõe de competência para desenvolver acções de apoio, de coordenação ou de complemento. São os seguintes os domínios dessas acções, na sua finalidade europeia:La Unio havas agosferon fari subtenantajn, kunordigajn kaj kompletigajn disponojn. Tiuj ĉi disponoj sur eŭropa nivelo ampleksas la sekvajn kampojn:

a) Protecção e melhoria da saúde humana;

a) protekto kaj plibonigo de la homa sano,

b) Indústria;

b) industrio,

c) Cultura;

c) kulturo,

d) Turismo;

d) turismo,

e) Educação, juventude, desporto e formação profissional;

e) edukado, junularo, sporto kaj profesia trejnado,

f) Protecção civil;

f) civila defendo,

g) Cooperação administrativa.

g) administra kunlaboro.

Artigo I-18.º: Cláusula de flexibilidadeI-18-a artikolo: Klaŭzo de fleksebleco
1. Se uma acção da União for considerada necessária, no quadro das políticas definidas na Parte III, para atingir um dos objectivos estabelecidos pela Constituição, sem que esta tenha previsto os poderes de acção necessários para o efeito, o Conselho, deliberando por unanimidade, sob proposta da Comissão Europeia e após aprovação do Parlamento Europeu, adoptará as medidas adequadas.(1) Se en la kadro de la politikoj difinitaj en la III-a parto montriĝas ke necesas ago de la Unio por atingi iun el la celoj fiksitaj en la Konstitucio, kaj ĉi tiu ne certigas la necesan agorajton, la Konsilio de Ministroj, surbaze de propono de la Eŭropa Komisiono kaj post aprobo de la Eŭropa Parlamento, alprenas la konvenajn disponojn per unuanima decido.
2. No âmbito do processo de controlo do princípio da subsidiariedade referido no n.º 3 do artigo I-11.º, a Comissão Europeia alerta os Parlamentos nacionais para as propostas fundadas no presente artigo.(2) En la kadro de proceduro, menciita en alineo (3) de artikolo I-11-a, kiu utilas por kontroli la aplikiĝon de la subsidiareca principo, la Eŭropa Komisiono estas devigata alvoki la atenton de naciaj parlamentoj al proponoj baziĝantaj sur tiu ĉi artikolo.
3. As medidas fundadas no presente artigo não podem implicar a harmonização das disposições legislativas e regulamentares dos Estados-Membros nos casos em que a Constituição exclua tal harmonização.(3) La disponoj baziĝantaj sur tiu ĉi artikolo ne povas rezultigi harmoniigon de leĝaj, dekretaj kaj administraciaj dispozicioj de la membroŝtatoj sur la kampoj, kie la Konstitucio ekskludas tian harmoniigon.

TÍTULO IV: INSTITUIÇÕES E ÓRGÃOS DA UNIÃOIV-a TITOLO: LA INSTITUCIOJ KAJ ORGANOJ DE LA UNIO
Capítulo I: Quadro institucionalI-a ĉapitro – Instituciaj kadroj
Artigo I-19.º Instituições da UniãoI-19-a artikolo: La institucioj de la Unio
1. A União dispõe de um quadro institucional que visa:(1) La Unio disponas propran institucian kadron, kies celo estas:

– promover os seus valores,

– validigo de ĝiaj valoroj,

– prosseguir os seus objectivos,

– antaŭenigo de ĝiaj celdifinoj,

– servir os seus interesses, os dos seus cidadãos e os dos Estados-Membros,

– servo de interesoj de la Unio kaj de ties civitanoj kaj membroŝtatoj,

– assegurar a coerência, a eficácia e a continuidade das suas políticas e das suas acções.

– certigo de kohereco, efikeco kaj kontinueco de ĝiaj politikoj kaj disponoj.

O quadro institucional compreende:Tiu ĉi institucia kadro konsistas el:

– o Parlamento Europeu,

– la Eŭropa Parlamento,

– o Conselho Europeu,

– la Eŭropa Konsilio,

– o Conselho de Ministros (adiante designado "Conselho"),

– la Konsilio de Ministroj (en la pluaj: la Konsilio),

– a Comissão Europeia (adiante designada "Comissão"),

– la Eŭropa Komisiono (en la pluaj: la Komisiono),

– o Tribunal de Justiça da União Europeia.

– la Kortumo de la Eŭropa Unio.

2. Cada instituição actua dentro dos limites das atribuições que lhe são conferidas pela Constituição, de acordo com os procedimentos e as condições que esta estabelece. As instituições mantêm entre si uma cooperação leal.(2) Ĉiuj institucioj agas en la kadro de la agosferoj havigitaj al ili en la Konstitucio, laŭ la proceduroj kaj kondiĉoj tie difinitaj. La institucioj bonafide kaj reciproke kunlaboras inter si.
Artigo I-20.º Parlamento EuropeuI-20-a artikolo: La Eŭropa Parlamento
1. O Parlamento Europeu exerce, juntamente com o Conselho, a função legislativa e a função orçamental. O Parlamento Europeu exerce funções de controlo político e funções consultivas em conformidade com as condições estabelecidas na Constituição. Compete-lhe eleger o Presidente da Comissão.(1) La Eŭropa Parlamento, komune kun la Konsilio, praktikas leĝdonajn kaj buĝetajn funkciojn. Ĝi plenumas politikajn, kontrolajn kaj konsultiĝajn taskojn laŭ la kondiĉoj fiksitaj en la Konstitucio. La Eŭropa Parlamento elektas la prezidanton de la Komisiono.
2. O Parlamento Europeu é composto por representantes dos cidadãos da União. O seu número não pode ser superior a setecentos e cinquenta. A representação dos cidadãos é degressivamente proporcional, com um limiar mínimo de seis membros por Estado-Membro. A nenhum Estado-Membro podem ser atribuídos mais do que noventa e seis lugares.(2) La Eŭropa Parlamento konsistas el deputitoj de civitanoj de la Unio. Ilia nombro ne povas esti supera al sepcent kvindek. La reprezentado de la civitanoj realiĝas laŭ proporcie malkreskanta maniero, kun fiksita sojlo de minimume ses membroj por ĉiu membroŝtato. Neniu el la membroŝtatoj povas havi pli ol naŭdek ses deputitojn.
O Conselho Europeu adopta por unanimidade, por iniciativa do Parlamento Europeu e com a aprovação deste, uma decisão europeia que determine a composição do Parlamento Europeu, na observância dos princípios referidos no primeiro parágrafo.La Eŭropa Konsilio, laŭ iniciato de la Eŭropa Parlamento kaj kun ties aprobo, respektante la bazajn principojn menciitajn en la unua subalineo, alprenas unuaniman eŭropan decidon por difini la konsiston de la Eŭropa Parlamento.
3. Os membros do Parlamento Europeu são eleitos, por sufrágio universal directo, livre e secreto, por um mandato de cinco anos.(3) La membroj de la Eŭropa Parlamento estas elektataj surbaze de rekta kaj ĝenerala balotrajto, per libera kaj sekreta voĉdono, por kvinjara mandato.
4. O Parlamento Europeu elege de entre os seus membros o seu Presidente e a sua Mesa.(4) La Eŭropa Parlamento elektas el inter siaj membroj siajn prezidanton kaj funkciulojn.
Artigo I-21.º Conselho EuropeuI-21-a artikolo: La Eŭropa Konsilio
1. O Conselho Europeu dá à União os impulsos necessários ao seu desenvolvimento e defi ne as orientações e prioridades políticas gerais da União. O Conselho Europeu não exerce função legislativa.(1) La Eŭropa Konsilio donas al la Unio la necesajn instigojn por ĝia evoluo, kaj difinas ties ĝeneralajn politikajn direktojn kaj prioritatojn. La Eŭropa Konsilio ne havas leĝdonan funkcion.
2. O Conselho Europeu é composto pelos Chefes de Estado ou de Governo dos Estados-Membros, bem como pelo seu Presidente e pelo Presidente da Comissão. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União participa nos trabalhos do Conselho Europeu.(2) La Eŭropa Konsilio konsistas el la ŝtat- aŭ registarestroj de la membroŝtatoj, el sia prezidanto kaj el la prezidanto de la Komisiono. En ĝia laboro partoprenas la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj.
3. O Conselho Europeu reúne-se uma vez por trimestre, por convocação do seu Presidente. Quando a ordem de trabalhos o exija, os membros do Conselho Europeu podem decidir que cada um será assistido por um ministro e, no caso do Presidente da Comissão, por um membro da Comissão. Quando a situação o exija, o Presidente convocará uma reunião extraordinária do Conselho Europeu.(3) La Eŭropa Konsilio, kunvokate de sia prezidanto, kunsidas ĉiun kvaronjaron. Kiam la tagordo tiel postulas, ĝiaj membroj povas decidi, ke unu ministro po ĉiu membro, aŭ kaze de la prezidanto de la Komisiono, iu komisionano helpu ilian laboron. Se la situacio tiel postulas, la prezidanto rajtas kunvoki la Eŭropan Konsilion al eksterordinara kunsido.
4. O Conselho Europeu pronuncia-se por consenso, salvo disposição em contrário da Constituição.(4) Se la Konstitucio ne dispozicias alimaniere, la Eŭropa Konsilio decidas per komuna konsento.
Artigo I-22.º Presidente do Conselho EuropeuI-22-a artikolo: La prezidanto de la Eŭropa Konsilio
1. O Conselho Europeu elege o seu Presidente por mai oria qualificada, por um mandato de dois anos e meio, re novável uma vez. Em caso de impedimento ou de falta gra ve, o Conselho Europeu pode pôr termo ao seu mandato, de acordo com o mesmo procedimento.(1) La Eŭropa Konsilio elektas sian prezidanton per kvalifikita plimulto por tempodaŭro de du jaroj kaj duono; lia mandato estas unufoje renovigebla. Kaze de malhelpateco aŭ de grava neglektado de la oficaj taskoj la Eŭropa Konsilio rajtas ĉesigi la mandaton de la prezidanto laŭ la sama proceduro.
2. O Presidente do Conselho Europeu:(2) La prezidanto de la Eŭropa Konsilio:

a) Preside e dinamiza os trabalhos do Conselho Europeu;

a) prezidas dum la kunsidoj de la Eŭropa Konsilio kaj donas impeton al ĝia laboro,

b) Assegura a preparação e continuidade dos trabalhos do Conselho Europeu, em cooperação com o Presidente da Comissão e com base nos trabalhos do Conselho dos Assuntos Gerais;

b) kunlaborante kun la prezidanto de la Komisiono kaj surbaze de laboro plenumita en la Konsilio pri Ĝeneralaj Aferoj prizorgas la konvenan preparadon kaj kontinuecon de laboro de la Eŭropa Konsilio,

c) Actua no sentido de facilitar a coesão e o consenso no âmbito do Conselho Europeu;

c) strebas por atingi koherecon kaj konsenton interne de la Eŭropa Konsilio,

d) Apresenta um relatório ao Parlamento Europeu após cada uma das reuniões do Conselho Europeu.

d) post ĉiu kunsido de la Eŭropa Konsilio prezentas raporton al la Eŭropa Parlamento.

O Presidente do Conselho Europeu assegura, ao seu nível e nessa qualidade, a representação externa da União nas matérias do âmbito da política externa e de segurança comum, sem prejuízo das atribuições do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União.La prezidanto de la Eŭropa Konsilio reprezentas la Union – sur sia nivelo kaj en tiu ĉi funkcio sia, kaj sen damaĝo al la agosfero de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj – en aferoj apartenantaj al la komuna ekstera kaj sekureca politikoj.
3. O Presidente do Conselho Europeu não pode exercer qualquer mandato nacional.(3) La prezidanto de la Eŭropa Konsilio ne rajtas plenumi nacian oficon.
Artigo I-23.º Conselho de MinistrosI-23-a artikolo: La Konsilio de Ministroj
1. O Conselho exerce, juntamente com o Parlamento Europeu, a função legislativa e a função orçamental. O Conselho exerce funções de definição das políticas e de coordenação em conformidade com as condições estabelecidas na Constituição.(1) La Konsilio, kunlabore kun la Eŭropa Parlamento, plenumas leĝdonan kaj buĝetan taskojn. Ĝi plenumas la taskojn de determino de la politiko kaj kunordigo, laŭ la kondiĉoj difinitaj en la Konstitucio.
2. O Conselho é composto por um representante de cada Estado-Membro ao nível ministerial, com poderes para vincular o Governo do respectivo Estado-Membro e exercer o direito de voto.(2) La Konsilio konsistas el po unu ministronivela reprezentanto de ĉiu membroŝtato, kiu rajtas akcepti devontigon en la nomo de la registaro de la koncerna membroŝtato kaj voĉdoni.
3. O Conselho delibera por maioria qualificada, salvo disposição em contrário da Constituição.(3) Se la Konstitucio ne dispozicias alimaniere, la Konsilio decidas per kvalifikita plimulto.
Artigo I-24.º Formações do Conselho de MinistrosI-24-a artikolo: Formacioj de la Konsilio de Ministroj
1. O Conselho reúne-se em diferentes formações.(1) La Konsilio kunsidas en diversaj formacioj.
2. O Conselho dos Assuntos Gerais assegura a coerência dos trabalhos das diferentes formações do Conselho.(2) La Konsilio pri Ĝeneralaj Aferoj prizorgas la koherecon de la laboro plenumata en diversaj formacioj de la Konsilio.
O Conselho dos Assuntos Gerais prepara as reuniões do Conselho Europeu e assegura o seu seguimento, em artic ulação com o Presidente do Conselho Europeu e com a Comissão.La Konsilio pri Ĝeneralaj Aferoj, tenante kontakton kun la prezidanto de la Eŭropa Konsilio kaj kun la Komisiono, prizorgas la preparadon kaj prisekvadon de la kunsidoj de la Eŭropa Konsilio.
3. O Conselho dos Negócios Estrangeiros elabora a acção externa da União, de acordo com as linhas estratégicas fixadas pelo Conselho Europeu, e assegura a coerência da acção da União.(3) La Konsilio pri Eksteraj Aferoj surbaze de strategiaj gvidlinioj difinitaj de la Eŭropa Konsilio, elformas la eksteran agadon de la Unio kaj zorgas pri kohereco de ties agadoj.
4. O Conselho Europeu adopta por maio ria qualificada uma decisão europeia que estabeleça a lista das outras formações do Conselho.(4) La Eŭropa Konsilio difinas la pluajn formaciojn de la Konsilio en eŭropa decido alprenita per kvalifikita plimulto.
5. A preparação dos trabalhos do Conselho é da responsabilidade de um Comité de Representantes Permanentes dos Governos dos Estados-Membros.(5) Pri preparo de laboro de la Konsilio respondecas komisiono konsistanta el konstantaj reprezentantoj de registaroj de la membroŝtatoj.
6. São públicas as reuniões do Conselho em que este delibere e vote sobre um projecto de acto legislativo. Para o efeito, cada reunião do Conselho é dividida em duas partes, consagradas, respectivamente, às deliberações sobre os actos legislativos da União e às actividades não legislativas.(6) La kunsidoj de la Konsilio estas publikaj, kiam oni diskutas aŭ voĉdonas pri projekto de leĝdona akto. Tiucele la kunsidoj de la Konsilio dividiĝas en du partojn: parto okupiĝanta pri decidkreado koncerne uniajn leĝdonajn aktojn kaj parto okupiĝanta pri ne leĝdona agado.
7. A Presidência das formações do Conselho, com excepção da dos Negócios Estrangeiros, é assegurada pelos representantes dos Estados-Membros no Conselho, com base num sistema de rotação igualitária em conformidade com as condições estabelecidas numa decisão europeia do Conselho Europeu. O Conselho Europeu delibera por maio ria qualificada.(7) La prezidadon de diversaj formacioj de la Konsilio, escepte tiun de la Konsilio pri Eksteraj Aferoj, plenumas la membroŝtataj reprezentantoj partoprenantaj en la Konsilio, konforme al la kondiĉoj fiksitaj en eŭropa decido de la Eŭropa Konsilio, laŭ sistemo de egalrajta rotacio. La Eŭropa Konsilio decidas per kvalifikita plimulto.
Artigo I-25.º Definição da maioria qualificada no Conselho Europeu e no ConselhoI-25-a artikolo: Difino de kvalifikita plimulto en la Eŭropa Konsilio kaj Konsilio
1. A maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 55% dos membros do Conselho, num mínimo de quinze, devendo estes representar Estados-Membros que reúnam, no mínimo, 65% da população da União. (1) Por la kvalifikita plimulto estas bezonataj la voĉoj de almenaŭ 55 % de membroj de la Konsilio, donitaj almenaŭ de dek kvin membroj, samtempe reprezantantaj membroŝtatojn kun almenaŭ 65 % de la loĝantaro de la Unio.
A minoria de bloqueio deve ser composta por, pelo menos, quatro membros do Conselho; caso contrário, considera-se alcançada a maioria qualificada.La blokanta minoritato devas konsisti almenaŭ el kvar membroj de la Konsilio; manke de tio la kvalifikita plimulto estas atingita.
2. Em derrogação do n.º 1, quando o Conselho não delibere sob proposta da Comissão ou do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, a maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 72% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros que reúnam, no mínimo, 65% da população da União.(2) Se diference de alineo (1) la Konsilio decidas ne laŭ propono de la Komisiono aŭ de ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, al la kvalifikita plimulto estas bezonataj la voĉoj de almenaŭ 72 % de membroj de la Konsilio, samtempe reprezentantaj membroŝtatojn kun almenaŭ 65 % de la loĝantaro de la Unio.
3. Os n.os 1 e 2 são aplicáveis ao Conselho Europeu quando este delibere por maioria qualificada.(3) La alineoj (1) kaj (2) estas aplikendaj ankaŭ tiam, kiam la Eŭropa Konsilio decidas per kvalifikita plimulto.
4. O Presidente do Conselho Europeu e o Presidente da Comissão não participam nas votações do Conselho Europeu.(4) En la Eŭropa Konsilio la prezidanto kaj la prezidanto de la Komisiono ne rajtas voĉdoni.
Artigo I-26.º Comissão EuropeiaI-26-a artikolo: La Eŭropa Komisiono
1. A Comissão promove o interesse geral da União e toma as iniciativas adequadas para esse efeito. A Comissão vela pela aplicação da Constituição, bem como das medidas adoptadas pelas instituições por força desta. Controla a aplicação do direito da Un ião, sob a fiscalização do Tribunal de Justiça da União Europeia. A Comissão executa o Orçamento e gere os programas. Exerce funções de coordenação, de execução e de gestão em conformidade com as condições estabelecidas na Constituição. Com excepção da política externa e de segurança comum e dos restantes casos previstos na Constituição, a Comissão assegura a representação externa da União. Toma a iniciativa da programação anual e plurianual da União com vista à obtenção de acordos interinstitucionais.(1) La Komisiono antaŭenigas la ĝeneralajn interesojn de la Unio, kaj faras tiucele konvenajn iniciatojn. La Komisiono zorgas pri la aplikado de la Konstitucio, kaj de la disponoj alprenitaj fare de la institucioj surbaze de la Konstitucio. Ĝi inspektas la aplikadon de la unia juro, kontrolate de la Kortumo de la Eŭropa Unio. Ĝi plenumas la buĝeton kaj direktas la programojn. Laŭ la kondiĉoj difinitaj en la Konstitucio, ĝi plenumas kunordigajn, efektivigajn kaj administrajn taskojn. Ĝi plenumas la eksteran reprezenton de la Unio, krom la komuna ekstera kaj sekureca politikoj, kaj escepte de aliaj okazoj fiksitaj en la Konstitucio. Ĝi iniciatas, cele al atingo de interkonsentoj interinstituciaj la unu- kaj plurjarajn programojn de agado de la Unio.
2. Os actos legislativos da União só podem ser ad optados sob proposta da Comissão, salvo disposição em contrário da Constituição. Os demais actos são adoptados sob proposta da Comissão nos casos em que a Constituição o determinar.(2) Se la Konstitucio ne dispozicias alimaniere, la leĝdonaj aktoj de la Unio estas alpreneblaj ekskluzive surbaze de propono de la Komisiono. Ceteraj juraj aktoj estas alprenendaj surbaze de propono de la Komisiono nur tiam, se la Konstitucio tiel dispozicias.
3. O mandato da Comissão é de cinco anos.(3) La ofica tempo de la Komisiono estas kvin jaroj.
4. Os membros da Comissão são escolhidos em função da sua competência geral e do seu empenhamento europeu de entre personalid ades que ofereçam todas as garan tias de independência.(4) La membroj de la Komisiono estas elektendaj surbaze de ilia ĝenerala kapablo kaj eŭropa engaĝiĝo el inter personoj, kies sendependeco estas ekster ĉia dubo.
5. A primeira Comissão nomeada nos termos da Constituição será constituída por um nacional de cada Estado-Membro, incluindo o seu Presidente e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, que será um dos Vice-Presi dentes.(5) La unua Komisiono, nomumita laŭ la dispozicioj de la Konstitucio, konsistos el po unu civitano de la membroŝtatoj, inkluzive sian prezidanton kaj la ministron pri eksteraj aferoj de la Unio, kiu estas unu el la vicprezidantoj.
6. Após o termo do mandato da Comissão a que se refere o n.º 5, a Comissão será composta por um número de membros, incluindo o seu Presidente e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, correspondente a dois terços do número dos Estados-Membros, a menos que o Conselho Europeu, deliberando por unanimidade, decida alterar esse número.(6) Post fino de ofica tempo de la Komisiono menciita en alineo (5) la Komisiono – inkluzive la prezidanton kaj la ministron de la Unio pri eksteraj aferoj – konsistos el membroj egalaj al du trionoj de la membroŝtatoj, escepte se la Eŭropa Konsilio decidas unuanime pri modifo de tiu ĉi nombro.
Os membros da Comissão são escolhidos de entre os nacionais dos Estados-Membros, com base num sistema de rotaçã o igualitária entre os Estados-Membros. Este sistema é estabelecido por decisão europeia do Conselho Europeu, adoptada por unanimidade, com base nos seguintes princípios:La membroj de la Komisiono estas elektendaj el inter civitanoj de la membroŝtatoj laŭ sistemo de egalrajta rotacio. Tiun ĉi sistemon determinas la Eŭropa Konsilio per unuanime alprenita eŭropa decido, surbaze de la sekvaj principoj:

a) Os Estados-Membros devem ser tratados em rigoroso pé de igualdade no que respeita à determinação da sequência dos seus nacionais como membros da Comissão e ao período em que se mantêm neste carg o; assim sendo, a diferença entre o número total de mandatos exercidos pelos nacionais de dois Estados-Membros nunca pode ser superior a um;

a) la membroŝtatoj estas traktendaj strikte egale ĉe la difino de vicordo kaj deĵordaŭro de siaj civitanoj en la Komisiono; sekve, la diferenco inter la sumo de la tempo de ĉiuj mandatoj kiujn havas ŝtatanoj de ajnaj du membroŝtatoj neniam povas esti pli ol unu;

b) Sob reserva da alínea a) , a composição de cada uma das sucessivas Comissões deve reflectir de forma satisfatória a posição demográfica e geográfica relativa dos Estados-Membros no seu conjunto.

b) atente ankaŭ pri la punkto a), oni devas konstitui la sinsekvajn Komisionojn tiel, ke la tuta demografia kaj geografia diverseco de la uniaj membroŝtatoj aperu en ili kontentige.

7. A Comissão exerce as suas responsabilidades com total independência. Sem prejuízo do n.º 2 do artigo I-28.º, os membros da Comissão não solicitam nem aceitam instruções de nenhum Governo, instituição, órgão ou organismo. Os membros da Comissão abstêm-se de toda e qualquer acção que seja incompatível com os seus deveres ou com o exercício das suas funções.(7) La Komisiono estas plene sendependa dum plenumo de siaj taskoj. Sen ofendo al la alineo (2) de artikolo I-28-a la membroj de la Komisiono povas nek peti nek akcepti ordonojn de iu ajn registaro, institucio, organo, oficejo, aŭ de alia organizaĵo. Ili detenas sin de agoj neakordigeblaj kun siaj devoj aŭ kun plenumo de siaj taskoj.
8. A Comissão, enquanto colégio, é respon sável perante o Parlamento Europeu. O Parlamento Europeu pode votar uma moção de censura à Comissão em conformidade com o artigo III-340.º. Caso tal moção seja adoptada, os membros da Comissão devem demitir-se colectivamente das suas funções e o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União deve demitir-se das funções que exerce na Comissão.(8) La Komisiono, kiel kolegaro, estas respondeca antaŭ la Eŭropa Parlamento. Konforme al la reguloj difinitaj en la artikolo III-340-a, la Eŭropa Parlamento povas alpreni mocion pri malkonfido kontraŭ la Komisiono. Se tia mocio estas alprenita, la membroj de la Komisiono devas kolektive demisii, kaj la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj devas demisii de la membreco en la Komisiono.
Artigo I-27.º Presidente da Comissão EuropeiaI-27-a artikolo: La prezidanto de la Eŭropa Komisiono
1. Tendo em conta os resultados d as eleições para o Parlamento Europeu e depois de proceder às consultas adequadas, o Conselho Europeu, deliberando por maio ria qualificada, propõe ao Parlamento Europeu um candidato ao cargo de Presidente da Comissão. O candidat o é eleito pelo Parlamento Europeu por maioria dos membros que o compõem. Caso o candidato não obtenha a maioria dos votos, o Conselho Europeu, deliberando por maio ria qualificada, proporá no prazo de um mês um novo candidato, que é eleito pelo Parlamento Europeu de acordo com o mesmo processo.(1) Konsiderinte la rezultojn de la eŭropaj parlamentaj elektoj, kaj post konvenaj konsultiĝoj, la Eŭropa Konsilio, laŭ decido per kvalifikita plimulto, proponas al la Eŭropa Parlamento kandidaton por la ofico de prezidanto de la Komisiono. La Eŭropa Parlamento elektas la kandidaton per la voĉoj de plimulto de siaj membroj. Se la kandidato ne ricevas apogon de la necesa plimulto, la Eŭropa Konsilio per kvalifikita plimulto proponas ene de unu monato novan kandidaton, kiun la Eŭropa Parlamento elektas laŭ sama proceduro.
2. O Conselho, de comum acordo com o Presidente eleit o, adopta a lista das demais personalidades que tenciona nomear membros da Comissão. Essas personalidades são escolhidas, com base nas sugestões apresentadas por cada Estado-Membro, segundo os critérios definidos no n.º 4 e no segundo parágrafo do n.º 6 do artigo I-26.º.(2) La Konsilio post interkonsento kun la elektita prezidanto akceptas liston de pluaj personoj, kiujn ĝi deziras nomumi kiel membrojn de la Komisiono. Tiuj personoj estas selektendaj surbaze de proponoj de la membroŝtatoj laŭ vidpunktoj fiksitaj en la alineo (4) kaj en la dua subalineo de la alineo (6) de la artikolo I-26-a.
O Presidente , o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União e os demais membros da Comissão são colegialmente sujeitos a um voto de aprovação do Parlamento Europeu. Com base nessa aprovação, a Comissão é nomeada pelo Conselho Europeu, deliberando por maio ria qualificada.La Eŭropa Parlamento voĉdonas pri aprobo de la prezidanto, la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj kaj la aliaj membroj de la Komisiono, kiel kolegaro. Surbaze de tiu ĉi aprobo la Eŭropa Konsilio nomumas la Komisionon per kvalifikita plimulto.
3. O Presidente da Comissão:(3) La prezidanto de la Komisiono:

a) Define as orientações no âmbito das quais a Comissão exerce a sua missão;

a) difinas la gvidliniojn koncernantajn la funkciadon de la Komisiono,

b) Determina a organização interna da Comissão, a fim de assegurar a coerência, a eficácia e a colegialidade da sua acção;

b) difinas la internan organizon de la Komisiono por certigi, ke ĝi agadu kohere, efike kaj en spirito de kolegeco,

c) Nomeia Vice-Presidentes de entre os membros da Comissão, com exclusão do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União.

c) nomumas krom la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj pluajn vicprezidantojn el la membroj de la Komisiono.

Qualquer membro da Comissão apresentará a sua demissão se o Presidente lho pedir. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União apresentará a sua demissão, nos termos do n.º 1 do artigo I-28.º, se o Presidente lho pedir.La membro de la Komisiono prezentas sian demision, se la prezidanto petas lin tiel fari. La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj prezentas sian demision, se la prezidanto petas lin tiel fari, konforme al alineo (1) de artikolo I-28-a.
Artigo I-28.º Ministro dos Negócios Estrangeiros da UniãoI-28-a artikolo: La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj
1. O Conselho Europeu, deliberando por maio ria qualificada, com o acordo do Presidente da Comissão, nomeia o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União. O Conselho Europeu pode pôr termo ao seu mandato, de acordo com o mesmo procedimento.(1) La Eŭropa Konsilio per kvalifikita plimulto kaj kun konsento de la prezidanto de la Komisiono nomumas la ministron de la Unio pri eksteraj aferoj. La Eŭropa Konsilio rajtas ĉesigi lian/ŝian mandaton laŭ la sama proceduro.
2. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União conduz a política externa e de segurança comum da União. Contribui, com as suas propostas, para a definição dessa política, executando-a na qualidade de ma ndatário do Conselho. Actua do mesmo modo no que se refere à política comum de segurança e defesa.(2) La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj direktas la komunan eksteran kaj sekurecan politikon de la Unio. Li/ŝi kontribuas per siaj proponoj al formado de tiu ĉi politiko, kaj ĝin plenumas laŭ mandato ricevita de la Konsilio. Li/ŝi agas same koncerne la komunan politikon sekurecan kaj defendan.
3. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União preside ao Conselho dos Negócios Estrangeiros.(3) La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj estas prezidanto de la Konsilio de Eksteraj Aferoj.
4. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União é um dos Vice-Presidentes da Comissão. Assegura a coerência da acção externa da União. Cabem-lhe, no âmbito da Comissão, as responsabilidades que incumbem a esta instituição no domínio das relações externas, bem como a coordenação dos demais aspectos da acção externa da União. No exercício das suas responsabilidades ao nível da Comissão, e apenas em relação a essas responsabilidades, o Ministro dos Negócios Estrangeiros da União fica sujeito aos processos que regem o funcionamento da Comissão, na medida em que tal seja compatível com os n.ºs 2 e 3.(4) La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj estas unu el la vicprezidantoj de la Komisiono. Li/ŝi certigas la akordon de eksteraj agadoj de la Unio. Ene de la Komisiono li/ŝi respondecas pri taskoj de la Komisiono lige al la eksteraj rilatoj, kaj pri kunordigo de aliaj terenoj de la ekstera agado de la Unio. Dum la plenumado de siaj taskoj interne de la Komisiono, kaj ekskluzive nur rilate ĉi tiujn taskojn, – se ĝi estas en akordo kun alineoj (2) kaj (3) – la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj agas laŭ la proceduroj validaj por la funkciado de la Komisiono.
Artigo I-29.º Tribunal de Justiça da União EuropeiaI-29-a artikolo: La Kortumo de la Eŭropa Unio
1. O Tribunal de Justiça da União Europeia inclui o Tribunal de Justiça, o Tribunal Geral e tribunais especializados. O Tribunal de Justiça da União Europeia garante o respeito do direito na interpretação e aplicação da Constituição.(1) La Kortumo de la Eŭropa Unio konsistas el la Kortumo, el la Tribunalo kaj el la specialiĝintaj tribunaloj. La Kortumo de la Eŭropa Unio certigas respekton de la juro dum interpretado kaj aplikado de la Konstitucio.
Os Estados-Membros estabelecem as vias de recurso necessárias para assegurar uma tutela jurisdicional efectiva nos domínios abrangidos pelo direito da Un ião.La membroŝtatoj kreas la apelaciajn eblojn necesajn por garantii la efikan juran protektadon en la kampoj reglamentitaj fare de la unia juro.
2. O Tribunal de Justiça é composto de um juiz por cada Estado-Membro. O Tribunal de Justiça é assistido por advogados-gerais.(2) La Kortumo konsistas el po unu juĝisto de ĉiuj membroŝtatoj. Ĝian laboron helpas ĝeneralaj advokatoj. La Tribunalo konsistas el almenaŭ po unu juĝisto de ĉiuj membroŝtatoj.
O Tribunal Geral é composto de, pelo menos, um juiz por cada Estado-Membro. Os juízes e os advogados-gerais do Tribunal de Justiça e os juízes do Tribunal Geral são escolhidos de entre personalidades que ofereçam todas as garantias de independência e reúnam as condições estabelecidas nos artigos III-355.º e III-356.º. São nomeados de comum acordo pelos Governos dos Estados-Membros, por seis anos. Os juízes e os advogados-gerais cujo mandato tenha chegado a seu termo podem ser de novo nomeados.La juĝistoj kaj ĝeneralaj advokatoj de la Kortumo, kaj la juĝistoj de la Tribunalo estas elektendaj el inter personoj, kies sendependeco estas nepridubebla, kaj kiuj plenumas la kondiĉojn difinitajn en la artikoloj III-355-a kaj III-356-a. La juĝistoj kaj ĝeneralaj advokatoj estas nomumataj fare de la registaroj de la membroŝtatoj per komuna interkonsento, por sesjara periodo. Ili estas renomumeblaj.
3. O Tribunal de Justiça da União Europeia decide, nos termos do disposto na Parte III :(3) La Kortumo de la Eŭropa Unio konforme al la dispozicioj fiksitaj en la III-a parto:

a) Sobre os recursos interpostos por um Estado-Membro, por uma instituição ou por pessoas singulares ou colectivas;

a) faras decidojn pri plendoj prezentitaj al ĝi de iu el la membroŝtatoj, institucioj, aŭ de natura aŭ jura persono;

b) A título prejudicial, a pedido dos órgãos jurisdicionais nacionais, sobre a interpretação do direito da União ou sobre a validade dos act os adoptados pelas instituições;

b) faras antaŭdecidon je petoj de la naciaj tribunaloj pri interpretado de la unia juro aŭ pri demandoj rilate al la valideco de juraj aktoj alprenitaj fare de la institucioj;

c) Nos demais casos previstos pela Constituição.

c) faras decidojn en ceteraj kazoj preskribitaj en la Konstitucio.


Capítulo II: Outras instituições e órgãos consultivos da UniãoII-a ĉapitro – Ceteraj institucioj kaj organoj de la Unio
Artigo I-30.º Banco Central EuropeuI-30-a artikolo: La Eŭropa Centra Banko
1. O Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais constituem o Sistema Europeu de Bancos Centrais. O Banco Central Europeu e os bancos centrais nacionais dos Estados-Membros cuja moeda seja o euro, que constituem o Eurossistema, conduzem a política monetária da União.(1) La Eŭropa Centra Banko kaj la naciaj centraj bankoj konsistigas la Eŭropan Sistemon de Centraj Bankoj. La la monan politikon de la Unio direktas la Eŭropa Centra Banko kaj la naciaj centraj bankoj de la membroŝtatoj kies valuto estas la eŭro, kaj kiuj kune konsistigas la eŭro-sistemon.
2. O Sistema Europeu de Bancos Centrais é dirigido pelos órgãos de decisão do Banco Central Europeu. O objectivo primordial do Sistema Europeu de Bancos Centrais é a manutenção da estabilidade dos preços. Sem prejuízo deste objectivo, o Sistema Europeu de Bancos Centrais dá apoio às políticas económicas gerais na União para contribuir para a realização dos objectivos desta. Cumpre também as outras missões de um banco central, em conformidade com a Parte III e com o Estatuto do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu.(2) La Eŭropa Sistemo de Centraj Bankoj estas gvidata de la decidfaraj organoj de la Eŭropa Centra Banko. La ĉefa celo de la Eŭropa Sistemo de Centraj Bankoj estas konservi la stabilecon de la prezoj. Sen endanĝerigo de tiu ĉi celo, ĝi subtenas la ĝeneralan ekonomian politikon de la Unio por kontribui al la realigo de la celoj de la Unio. Ĝi plenumas ĉiujn ceterajn taskojn de centra banko konforme al la dispozicioj de parto III-a de la Konstitucio kaj al la statuto de la Eŭropa Sistemo de Centraj Bankoj kaj de la Eŭropa Centra Banko.
3. O Banco Central Europeu é uma instituição. Tem personalidade j urídica. Só ele tem o d ireito exclusivo de autorizar a emissão do euro. É independente no exercício dos seus poderes e n a gestão das suas finanças. As instituições, órgãos e organismos da União, bem como os Governos dos Estados-Membros, respeitam esta independência.(3) La Eŭropa Centra Banko estas institucio kun jura personeco. Ĝi havas la ekskluzivan rajton permesi la emisiadon de eŭro. Dum la praktikado de siaj agosferoj kaj koncerne siajn financojn ĝi estas sendependa. La institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio, kaj la registaroj de la membroŝtatoj respektas ĉi tiun sendependecon.
4. O Banco Central Europeu adopta as medidas necessárias ao desempenho das suas atribuições nos termos dos artigos III-185.º a III-191.º e III-196.º e em conformidade com as condições estabelecidas no Estatuto do Sistema Europeu de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu. Nos termos dos mesmos artigos, os Estados-Membros cuja moeda não seja o euro, bem como os respectivos bancos centrais, conservam as suas competências no domínio monetário.(4) La Eŭropa Centra Banko alprenas la aranĝojn necesajn por plenumi siajn taskojn, konforme al la dispozicioj de artikoloj III-185-a – III-191-a kaj III-196-a, kaj al la kondiĉoj fiksitaj en la statutoj de la Eŭropa Sistemo de Centraj Bankoj kaj de la Eŭropa Centra Banko. Konforme al la samaj artikoloj, la membroŝtatoj kaj siaj centraj bankoj, kies valuto ne estas la eŭro, konservas siajn agosferojn pri monaj aferoj.
5. Nos domínios das suas atribuições, o Banco Central Europeu é consultado sobre qualquer projecto de acto da União, bem como sobre qualquer projecto de regulamentação ao nível nacional, e pode apresentar pareceres.(5) Oni devas konsulti la Eŭropan Centran Bankon – kadre de ĝia agosfero – pri ĉiuj proponoj de uniaj juraj aktoj kaj de ĉiuj planataj naciaj juraj normoj, kaj ĝi rajtas prezenti opinion sur kampoj apartenantaj al sia agosfero.
6. Os órgãos de decisão do Banco Central Europeu, a sua composição e as suas regras de funcionamento são definidos nos artigos III-382.º e III-383.º, bem como no Estatuto do Si stema Europeu de Bancos Centrais e do Banco Central Europeu.(6) La decidfaraj organoj de la Eŭropa Centra Banko, ilia konsisto kaj ĉiuj detalaj reguloj pri ilia funkciado estas difinitaj en la artikoloj III-382-a kaj III-383-a, kaj en la statutoj de la Eŭropa Sistemo de Centraj Bankoj kaj de la Eŭropa Centra Banko.
Artigo I-31.º Tribunal de ContasI-31-a artikolo: La Revizora Kortumo
1. O Tribunal de Contas é uma instituição. Efectua a fiscalização das contas da União.(1) La Revizora Kortumo estas institucio kontrolanta la kontojn de la Unio.
2. O Tribunal de Contas examina as contas da totalidade das receitas e despesas da União e garante a boa gestão financeira.(2) La Revizora Kortumo ekzamenas la kontojn de ĉiuj enspezoj kaj elspezoj de la Unio, kaj kontrolas ĉu la financa mastrumado estis efika kaj bonrezulta.
3. O Tribunal de Contas é composto por um nacional de cada Estado-Membro. Os seus membros exercem as suas funções com total independência, no interesse geral da União.(3) La Revizora Kortumo konsistas el po unu civitano de ĉiu membroŝtato. La membroj de la Revizora Kortumo plenumas siajn taskojn plene sendepende, en ĝenerala intereso de la Unio.
Artigo I-32.º Órgãos consultivos da UniãoI-32-a artikolo: La konsultaj organoj de la Unio
1. O Parlamento Europeu, o Conselho e a Comissão são assistidos por um Comité das Regiões e por um Comité Económico e Social, que exercem funções consultivas.(1) La Komitato de la Regionoj kaj la Ekonomia kaj Sociala Komitato helpas en konsulta funkcio la Eŭropan Parlamenton, la Konsilion kaj la Komisionon.
2. O Comité das Regiões é composto por representantes das colectividades regionais e locais que sejam quer titulares de um mandato eleitoral a nível regional ou local, quer politicamente responsáveis perante uma assembleia eleita.(2) La Komitato de la Regionoj konsistas el reprezentantoj de regionaj kaj lokaj kolektivoj, kiuj okupas elektitan oficon en regiona aŭ loka kolektivo, aŭ havas politikan respondecon antaŭ iu elektita asembleo.
3. O Comité Económico e So cial é composto por representantes das organizações de empregadores, de trabalhadores e de outros actores representativos da sociedade civil, em especial nos domínios socioeconómico, cívico, profissional e cultural.(3) La Ekonomia kaj Sociala Komitato konsistas el reprezentantoj de organizaĵoj de labordonantoj kaj laborprenantoj, el reprezentivaj rolantoj de aliaj sferoj de la civila socio, tiel precipe el la reprezentantoj de la ekonomia kaj socia vivo kaj de la civitana partopreno en la fakaj kaj kulturaj terenoj.
4. Os membros do Comité das Regiões e do Comité Económico e So cial não estão vinculados a quaisquer instruções . Exercem as suas funções com total independência, no interesse geral da União.(4) La membroj de Komitato de la Regionoj kaj de la Ekonomia kaj Sociala Komitato ne estas instrukcieblaj. Dum la plenumo de siaj taskoj ili estas absolute sendependaj, kaj ili agas laŭ la ĝenerala intereso de la Unio.
5. As regras relativas à composição destes Comités, à designação dos seus membros, às suas atribuições e ao seu funcionamento são definidas nos artigos III-386.º a III-392.º.(5) La artikoloj III-386-a – III-392-a enhavas la regulojn pri la konsisto, pri la nomumo de iliaj membroj, kaj la agosferon kaj funkciadon de tiuj ĉi komitatoj.
As regras referidas nos n.ºs 2 e 3 relativas à natureza da sua composição, são periodicamente revistas pelo Consel ho, por forma a ter em conta a evolução económica, social e demográfica na União. O Conselho, sob proposta da Comissão, adopta decisões europeias para o efeito.La reguloj menciitaj en alineoj (2) kaj (3) pri naturo de konsisto de la komitatoj, estas en regulaj, tempaj intervaloj reviziotaj fare de la Konsilio, konsidere la ekonomian, socian kaj demografian situacion ene de la Unio. Tiucele la Konsilio surbaze de propono de la Komisiono alprenas eŭropajn decidojn.

TÍTULO V: EXERCÍCIO DAS COMPETÊNCIAS DA UNIÃOV-a TITOLO: LA PRAKTIKADO DE AGOSFEROJ DE LA UNIO
Capítulo I: Disposições comunsI-a ĉapitro – Ĝeneralaj dispozicioj
Artigo I-33.º Actos jurídicos da UniãoI-33-a artikolo: La juraj aktoj de la Unio
1. Para exercerem as competências da União, as instituições utilizam como instrumentos jurídicos, em conformidade com a Parte III, a lei europeia, a lei-quadro europeia, o regulamento europeu, a decisão europeia, as recomendações e os pareceres.(1) La institucioj aplikas – por praktiki la agosferojn de la Unio, konforme al la dispozicioj fiksitaj en la III-a parto – la sekvantajn jurajn rimedojn: eŭropa leĝo, eŭropa kadroleĝo, eŭropa dekreto, eŭropa decido, rekomendo kaj opinio.
A lei europeia é um acto legislativo de carácter geral. É obrigatória em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros.La eŭropa leĝo estas leĝdona akto kun ĝenerala valido. Ĝi estas plenmezure deviga kaj rekte aplikenda en ĉiuj membroŝtatoj.
A lei-quadro europeia é um acto legislativo que vincula o Estado-Membro destinatário quanto ao resultado a alcançar, deixando, no entanto, às instâncias nacionais a competência quanto à escolha da forma e dos meios.La eŭropa kadroleĝo estas tia leĝdona akto, kiu estas deviga koncerne la atingotajn celojn por ĉiuj adresitaj membroŝtatoj, sed la elekton de formo kaj rimedoj ĝi lasas al la naciaj instancoj.
O regulamento europeu é um acto não legislativo de carácter geral destinado a dar execução aos actos legislativos e a certas disposições da Constituição. Tanto pode ser obrigatório em todos os seus elementos e directamente aplicável em todos os Estados-Membros como pode vincular o Estado-Membro destinatário quanto ao resultado a alcançar, deixando, no entanto, às instâncias nacionais a competência quanto à escolha da forma e dos meios.La eŭropa dekreto estas ĝenerale valida, sed ne leĝdona akto, kiu servas por efektivigo de la leĝdonaj aktoj kaj de certaj dispozicioj de la Konstitucio. La eŭropa dekreto egale povas esti tia, kiu estas plenmezure deviga kaj rekte aplikenda en ĉiuj membroŝtatoj, kaj tia, kiu estas deviga koncerne la atingotajn celojn en ĉiuj adresitaj membroŝtatoj, sed la elekton de la formo kaj rimedoj ĝi lasas al la naciaj instancoj.
A decisão europeia é um acto não legislativo obrigatório em todos os seus elementos. Quando designa destinatários, só é obrigatória para estes.La eŭropa decido estas plenmezure deviga, ne leĝdona akto. En la okazo, se ĝi aparte notas, kiuj estas la adresitoj, la decido estas deviga ekskluzive por tiuj, kiujn ĝi notis, kiel adresitojn.
As recomendações e os pareceres não têm efeito vinculativo.La rekomendoj kaj opinioj ne havas devigan forton.
2. Quando lhes tenha sido submetido um projecto de acto legislativo, o Parlamento Europeu e o Conselho abster-se-ão de adoptar actos não previstos pelo processo legis lativo aplicável no domínio visado.(2) Dum konsiderado de proponoj direktiĝantaj al leĝdonaj aktoj la Eŭropa Parlamento kaj la Konsilio detenas sin de alpreno de juraj aktoj, kiuj diferencas de la preskriboj de la leĝdona proceduro aplikenda sur la konkreta tereno.
Artigo I-34.º Actos legislativosI-34-a artikolo: Leĝdonaj aktoj
1. As leis e leis-quadro europeias são adoptadas, sob proposta da Comissão, conjuntamente pelo Parlamento Europeu e pelo Conselho de acordo com o processo legislativo ordinário estabelecido no artigo III-396.º. Se as duas instituições não chegarem a acordo, o acto não será adoptado.(1) La eŭropaj leĝoj kaj kadroleĝoj estas komune alprenataj fare de la Eŭropa Parlamento kaj la Konsilio surbaze de propono de la Komisiono, konforme al la ordinara leĝdona proceduro difinita en la artikolo III-396-a. Se la du institucioj ne povas konsenti, la traktata jura akto ne estos alprenita.
2. Nos casos específicos previstos pela Constituição, as leis e leis-quadro europeias são adoptadas pelo Parlamento Europeu, com a participação do Con selho, ou por este, com a participação do Parlamento Europeu, de acordo com processos legislativos especiais.(2) En okazoj aparte difinitaj en la Konstitucio, la eŭropaj leĝoj kaj kadrolegoj estas alprenataj fare de la Eŭropa Parlamento ĉe kunagado de la Konsilio, aŭ fare de la Konsilio ĉe kunagado de la Eŭropa Parlamento, konforme al la specialaj leĝdonaj proceduroj.
3. Nos casos específicos previstos pela Constituição, as leis e leis-quadro europeias podem ser adoptadas por iniciativa de um grupo de Estados-Membros ou do Parlamento Europeu, por recomendação do Banco Central Europeu ou a pedido do Tribunal de Justiça ou do Banco Europeu de Investimento.(3) En okazoj aparte difinitaj en la Konstitucio, la eŭropaj leĝoj kaj kadroleĝoj estas alpreneblaj surbaze de iniciato de iu grupo de la membroŝtatoj, aŭ de la Eŭropa Parlamento, kaj ankaŭ surbaze de rekomendo de la Eŭropa Centra Banko, aŭ de peticio de la Kortumo, respektive de la Eŭropa Investa Banko.
Artigo I-35.º Actos não legislativosI-35-a artikolo: Aktoj ne leĝdonaj
1. O Conselho Europeu adopta decisões europeias nos casos previstos pela Constituição.(1) La Eŭropa Konsilio alprenas eŭropajn decidojn en kazoj difinitaj en la Konstitucio.
2. O Conselho e a Comissão, designadamente nos casos previstos nos artigos I-36.º e I-37.º, bem como o Banco Central Europeu nos casos específicos previstos pela Constituição, adoptam regulamentos europeus ou decisões europeias.(2) La Konsilio kaj la Komisiono, precipe en okazoj menciitaj en la artikoloj I-36-a kaj I-37-a, la Eŭropa Centra Banko en okazoj aparte difinitaj en la Konstitucio, alprenas eŭropajn dekretojn kaj eŭropajn decidojn.
3. O Conselho adopta recomendações. Delibera sob proposta da Comissão em todos os casos em que a Constituição determine que o Conselho adopte actos sob proposta da Comissão. O Conselho delibera por unanimidade nos domínios em que esta é exigid a para a adopção de um acto da União. A Comissão, bem como o Banco Central Europeu nos casos específicos previstos pela Constituição, adoptam recomendações.(3) La Konsilio alprenas rekomendojn. La Konsilio decidas surbaze de propono de la Komisiono en la okazoj, se la Konstitucio preskribas, ke la juraj aktoj devas esti akceptataj konforme al propono de la Komisiono. Ĝi decidas unuanime en tiuj kampoj, en kiuj la unuanimeco estas necesa por alpreno de la juraj aktoj de la Unio. La Komisiono kaj la Eŭropa Centra Banko alprenas rekomendojn en okazoj aparte difinitaj en la Konstitucio
Artigo I-36.º Regulamentos europeus delegadosI-36-a artikolo: Dekretoj baziĝantaj sur rajtigo
1. As leis e leis-quadro europeias podem delegar na Comissão o poder de adoptar regulamentos europeus delegados que completem ou alterem certos elementos não essenciais da lei ou lei-quadro europeia.(1) En eŭropaj leĝoj kaj kadroleĝoj oni povas doni rajtigon por la Komisiono al alpreno de tiaj eŭropaj dekretoj baziĝantaj sur rajtigo, kiuj kompletigas aŭ amendas iujn ne bazajn dispoziciojn de la eŭropaj leĝoj aŭ kadroleĝoj.
As leis e leis-quadro europeias delimitam explicitamente os objectivos, o conteúdo, o âmbito de aplicação e o período de vigência da delegação de poderes. Os elementos essenciais de cada domínio são reservados à lei ou lei-quadro europeia e não podem, portanto, ser objecto de delegação de poderes.En la eŭropaj leĝoj kaj kadroleĝoj enhavantaj la rajtigon oni devas unusence difini la celon, enhavon, aplikosferon kaj tempodaŭron de la rajtigo. La bazaj elementoj de la koncerna reguligata tereno estas reguligeblaj ekskluzive en eŭropa leĝo aŭ kadroleĝo, kaj koncerne ilin oni ne povas doni rajtigon.
2. As leis e leis-quadro europeias fixam explicitamente as condições a que a delegação fica sujeita, que podem ser as seguintes:(2) En la eŭropa leĝo aŭ kadroleĝo oni devas unusence difini la kondiĉojn de praktikado de la rajtigo, kiuj povas esti la sekvaj:

a) O Parlamento Europeu ou o Conselho podem decidir revogar a delegação;

a) la Eŭropa Parlamento aŭ la Konsilio povas decidi, ke ili retiras la rajtigon;

b) O regulamento europeu delegado só pode entrar em vigor se, no prazo fixado pela lei ou lei-quadro europeia, não forem formuladas objecçõ es pelo Parlamento Europeu ou pelo Conselho.

b) la eŭropa dekreto baziĝanta sur rajtigo povas ekvalidiĝi nur se la Eŭropa Parlamento aŭ la Konsilio ne starigas obĵeton ene de preskribita limdato difinita en eŭropa leĝo aŭ kadroleĝo.

Para efeitos das alíneas a) e b), o Parlamento Europeu delibera por maioria dos membros que o compõem e o Conselho delibera por maioria qualificada.Ĉe apliko de la punktoj a) kaj b) la Eŭropa Parlamento decidas per plimulto de siaj membroj, kaj la Konsilio per kvalifikita plimulto.
Artigo I-37.º Actos de execuçãoI-37-a artikolo. Plenumaj aktoj
1. Os Estados-Membros tomam todas as medidas de direito inter no necessárias à execução dos actos juridicamente vinculativos da União.(1) La membroŝtatoj alprenas en siaj naciaj juroj la disponojn, necesajn por plenumo de la devigaj uniaj juraj aktoj.
2. Quando sejam necessárias condições uniformes de execução dos actos juridicamente vinculativos da União, estes conferirão competências de execução à Comissão ou, em casos específicos devidamente justificados e nos casos previstos no artigo I-40.º, ao Conselho.(2) Se la plenumo de iu deviga unia jura akto devas okazi laŭ unuecaj kondiĉoj, tia jura akto havigas plenumajn agosferojn al la Komisiono, respektive en specialaj kaj sufiĉe motivitaj okazoj kaj en okazoj preskribitaj en la artikolo I-40-a al la Konsilio.
3. Para efeitos do n.º 2, a lei europeia define previamente as regras e princípios gerais relativos aos mecanismos de controlo que os Estados-Membros podem aplicar ao exercício das competências de execução pela Comissão.(3) Por celoj fiksitaj en la artikolo (2), oni devas anticipe difini en eŭropa leĝo la regulojn kaj ĝeneralajn principojn de la membroŝtataj kontrolaj mekanismoj, koncernantaj la praktikadon de plenuma agosfero de la Komisiono.
4. Os actos de execução da União assumem a forma de regulamentos europeus de execução ou de decisões europeias de execução.(4) La plenumaj aktoj de la Unio povas esti eŭropaj plenumaj dekretoj aŭ eŭropaj plenumaj decidoj.
Artigo I-38.º Princípios comuns aos actos jurídicos da UniãoI-38-a artikolo: Komunaj reguloj koncernantaj la jurajn aktojn de la Unio
1. Quando a Constituição não determine o tipo de acto a adoptar, as instituições escolhê-lo-ão caso a caso, no respeito dos procedimentos aplicáveis e do princípio da proporcionalidade referi do no artigo I-11.º.(1) Se la Konstitucio ne preskribas, kiatipan juran akton oni devas alpreni, la institucioj mem elektas la tipon de la jura akto, konforme al la aplikendaj proceduroj en la konkretaj okazoj, kaj en akordo kun la principo de proporcieco fiksita en la artikolo I-11-a.
2. Os actos jurídicos são fundamentados e fazem referência às propostas, in iciativas, recomendações, pedidos ou pareceres previstos pela Constituição.(2) La juraj aktoj devas enhavi motivadon, kaj en ĝi oni devas aludi al ĉiu propono, iniciato, rekomendo, peto aŭ opinio, kiujn la Konstitucio preskribas.
Artigo I-39.º Publicação e entrada em vigorI-39-a artikolo: Promulgo kaj validiĝo
1. As leis e leis-quadro europeias adoptadas de acordo com o processo legis lativo ordinário são assinadas pel o Presidente do Parlamento Europeu e pelo Presidente do Conselho.(1) La prezidantoj de la Eŭropa Parlamento kaj la Konsilio subskribas la eŭropajn leĝojn kaj kadroleĝojn, alprenitajn laŭ ordinara leĝdona proceduro.
Nos restantes casos, são assinadas pelo Presidente da instituição que as adoptou.En ceteraj okazoj tiujn ĉi jurajn aktojn subskribas la prezidanto de la alprenanta institucio.
As leis e leis-quadro europeias são publicadas no Jornal Oficial da União Europeia e entram em vigor na data por elas fixada ou, na falta desta, no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação.La eŭropajn leĝojn kaj kadroleĝojn oni devas promulgi en la Oficiala Bulteno de la Eŭropa Unio kaj ili ekvalidiĝas en la tago difinita en ili, aŭ manke de tio la dudekan tagon post sia promulgo.
2. Os regulamentos europeus, e as decisões europeias que não indiquem destinatário, são assinados pel o Presidente da instituição que os adoptou.(2) La eŭropajn dekretojn, kaj la eŭropajn decidojn, kiuj ne havas apartan rondon de adresitoj, subskribas la prezidanto de tiu institucio, kiu alprenas ilin.
Os regulamentos europeus, e as decisões europeias que não indiquem destinatário, são publicados no Jornal Oficial da União Europeia e entram em vigor na data por eles fixada ou, na falta desta, no vigésimo dia seguinte ao da sua publicação.La eŭropajn dekretojn, kaj la eŭropajn decidojn, kiuj ne havas apartan rondon de adresitoj, oni devas promulgi en la Oficiala Bulteno de la Eŭropa Unio; ili ekvalidiĝas en la tago difinita en ili, aŭ manke de tio la dudekan tagon post sia promulgo.
3. As decisões europeias que não sejam as referidas no n.º 2 são notificadas aos respectivos destinatários e produzem efeitos mediante essa notificação.(3) Pri la eŭropaj decidoj, diferencaj de tiuj menciitaj en la alineo (2) oni devas sciigi iliajn adresitojn kaj ili ekvalidiĝas samtempe kun la sciigo.

Capítulo II: Disposições específicasII-a ĉapitro – Specialaj dispozicioj
Artigo I-40.º Disposições específicas relativas à política externa e de segurança comumI-40-a artikolo: Apartaj dispozicioj koncernantaj la komunan eksteran kaj sekurecan politikojn
1. A União Europeia conduz uma política externa e de segurança comum baseada no desenvolvimento da soli dariedade política mútua entre os Estados-Membros, na identificação das questões de interesse geral e na realização de um grau de convergência crescente das acções dos Estados-Membros.(1) La Eŭropa Unio praktikas komunan eksteran kaj sekurecan politikojn, kiuj baziĝas sur pluevoluigo de reciproka politika solidareco inter la membroŝtatoj, sur identigo de aferoj kun ĝenerala intereso, sur realigo de pli kaj pli ampleksiĝanta akordo inter agoj de la membroŝtatoj.
2. O Conselho Europeu identifica os interesses estratégicos da União e define os objectivos da sua política externa e de segurança comum. O Conselho elabora essa política no quadro das orientações estratégicas estabelecidas pelo Conselho Europeu e em conformidade com a Parte III.(2) La Eŭropa Konsilio konstatas la strategiajn interesojn de la Unio kaj difinas la celojn de la komuna ekstera kaj sekureca politikoj de la Unio. Ĉi tiujn politikojn elformas la Konsilio laŭ la strategiaj gvidlinioj difinitaj fare de la Eŭropa Konsilio, kaj konforme al la reguloj fiksitaj en la parto III-a.
3. O Conselho Europeu e o Conselho adoptam as decisões europeias necessárias.(3) La Eŭropa Konsilio kaj la Konsilio starigas la necesajn eŭropajn decidojn.
4. A política externa e de segurança comum é executada pelo Ministro dos Negócios Estrangeiros da União e pelos Estados-Membros, utilizando os meios n acionais e os da União.(4) La komuna ekstera kaj sekureca politiko estas plenumata fare de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj kaj fare de la membroŝtatoj aplikante naciajn kaj uniajn rimedojn.
5. Os Estados-Membros concertam-se no Conselho Europeu e no Conselho sobre todas as questões de política externa e de segurança que se revistam de interesse geral, a fim de definir uma abordagem comum. Antes de empreender qualquer acção no plano internacional ou de assumir qualquer compromisso que possa afectar os interesses da Un ião, cada Estado-Membro consulta o s outros no Conselho Europeu ou no Conselho. Os Estados-Membros asseguram, através da convergência das suas acções, que a União possa defender os seus interesses e os se us valores no plano internacional. Os Estados-Membros são solidários entre si.(5) La membroŝtatoj inter si akordigas ene de la Eŭropa Konsilio kaj la Konsilio en ĉiuj ĝeneralinteresaj eksteraj kaj sekurecpolitikaj demandoj por elformi komunan alproksimigon rilate al la demando. La membroŝtatoj devas akordiĝi kun la aliaj membroŝtatoj en la Konsilio aŭ en la Eŭropa Konsilio antaŭ plenumo de iu ajn internaci-nivela ago aŭ devontiĝo tuŝanta la interesojn de la Unio. La membroŝtatoj, pere de sia ago montranta en unu direkton, certigas, ke la Unio estu kapabla validigi siajn interesojn kaj valorojn sur internacia nivelo. La membroŝtatoj estas reciproke solidaraj unu kun alia.
6. Em matéria de política externa e de segurança comum, o Conselho Europeu e o Conselho adoptam decis ões europeias por unanimidade, com excepção dos casos previstos na Parte III. Pronunciam-se por iniciativa de um Estado-Membro, sob proposta do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União ou sob proposta deste com o apoio da Comissão. Ficam excluídas as leis e leis-quadro europeias.(6) Ĉe alpreno de eŭropaj decidoj koncernantaj la komunan eksteran kaj sekurecan politikojn, la Eŭropa Konsilio kaj la Konsilio decidas unuanime, escepte de la okazoj, konstatitaj en la parto III-a. La Eŭropa Konsilio kaj la Konsilio decidas je iniciato de iu membroŝtato, aŭ surbaze de propono de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, respektive laŭ propono de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, subtenata de la Komisiono. Ili ne rajtas alpreni eŭropajn leĝojn kaj kadroleĝojn.
7. O Conselho Europeu pode adoptar, por unanimidade, uma decisão europeia que determine que o Conselho delibere por maioria qualificada em casos não previstos na Parte III.(7) La Eŭropa Konsilio povas unuanime alpreni eŭropan decidon, kiu preskribas, ke la Konsilio rajtas decidi per kvalifikita plimulto ankaŭ en okazoj, diferencaj de tiuj, menciitaj en la parto III-a.
8. O Parlamento Europeu é regularmente consultado sobre os principais aspectos e as opções fundamentais da política externa e de seguran ça comum. É mantido ao corren te da sua evolução.(8) Oni devas regule konsulti la Eŭropan Parlamenton pri la ĉefaj rilatoj kaj bazaj elektebloj de la komuna ekstera kaj sekureca politikoj, kaj kontinue informi ĝin pri ties formiĝo.
Artigo I-41.º Disposições específicas relativas à política comum de segurança e defesaI-41-a artikolo: Apartaj dispozicioj koncernantaj la komunan sekurecan kaj defendan politikojn
1. A política comum de segurança e defesa faz parte integrante da política externa e de segurança comum. A política comum de segurança e defesa garante à União uma capacidade operacional apoiada em meios civis e militares. A União pode empregá-los em missões no exterior a fim de assegurar a manutenção da paz, a prevenção de conflitos e o reforço da segurança internacional, de acordo com os princípios da Carta das Nações Unidas. A execução destas tarefas assenta nas capacidades fornecidas pelos Estados-Membros(1) La komuna sekureca kaj defenda politikoj estas nedisigeblaj partoj de la komuna ekstera kaj sekureca politikoj. Tiuj ĉi politikoj, apogantaj sin sur civilaj kaj armeaj rimedoj, garantias operaciajn kapablojn por la Unio. La Unio povas uzi tiujn ĉi rimedojn por misioj eksteruniaj, packonservaj, konfliktopreventaj kaj fortigantaj la internacian sekurecon, konforme al principoj de la Ĉarto de Unuiĝintaj Nacioj. La plenumo de ĉi tiuj taskoj baziĝas sur kapabloj disponigitaj fare de la membroŝtatoj.
2. A política comum de segurança e defesa inclui a definição gradual de uma política de defesa comum da União. A política comum de seguran ça e defesa conduzirá a uma defesa comum logo que o Conselho Europeu, deliberando por unanimidade, assim o decida. Neste caso, o Conselho Europeu recomendará aos Estados-Membros que adoptem u ma decisão nesse sentido, em conformidade com as respectivas normas constitucionais.(2) La komuna sekureca kaj defenda politikoj enhavas laŭgradan elformon de komuna unia defenda politiko. Tio, se la Eŭropa Konsilio decidas tiel unuanime, kondukas al komuna defendo. En tiu ĉi okazo la Eŭropa Konsilio rekomendas al la membroŝtatoj alprenon de tia decido, konforme al iliaj konstituciaj postuloj.
A política da União na acepção do presen te artigo não afecta o carácter específico da política de segurança e defesa de determinados Estados-Membros, respeita as obrigações decorren tes do Tratado do Atlântico Norte para cert os Estados-Membros que consideram que a sua defesa comum se realiza no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte, e é compatível com a política comum de segurança e defesa estabelecida nesse quadro.La politiko de la Unio laŭ tiu ĉi artikolo ne tuŝas la individuan karakteron de sekureca kaj defenda politikoj de la unuopaj membroŝtatoj, respektas la devontigojn – surbaze de la Nord-Atlantika Traktato – de tiuj membroŝtatoj, kiuj vidas realigita sian komunan defendon en Organizaĵo de Nord-Atlantika Traktato, kaj ĝi estas akordigebla kun la komuna sekureca kaj defenda politikoj difinitaj en ties kadro.
3. Com vista à execução da política comum de segurança e defesa, os Estados-Membros colocam à disposição da União capacidades civis e militares de modo a contribuir para os objectivos definidos pelo Conselho. Os Estados-Membros que constituam entre si forças multinacionais podem também colocá-las à disposição da política comum de segurança e defesa.(3) La membroŝtatoj – kiel kontribuon al realigo de celoj difinitaj fare de la Konsilio al efektivigo de la komuna sekureca kaj defenda politikoj – disponigas civilajn kaj armeajn rimedojn al la Unio. Tiuj membroŝtatoj, kiuj komune starigas plurnaciajn fortojn, ankaŭ tiujn fortojn povas disponigi al la komuna sekureca kaj defenda politikoj.
Os Estados-Membros comprometem-se a melh orar progressivamente as suas capacidades militares. É instituída uma agência no domínio do desenvolvimento das capacidades de defesa, da investigação, da aquisição e dos armamentos (Agência Europeia de Defesa), para identificar as necessidades operacionais, promover as medidas necessárias para as satisfazer, contribuir para identificar e, se necessário, executar todas as medidas úteis para reforçar a base industrial e tecnológica do sector da defesa, participar na definição de uma política europeia de capacidades e de armamento e prestar assistência ao Conselho na avaliação do melho ramento das capacidades militares.La membroŝtatoj prenas sur sin, ke ili laŭgrade plibonigos siajn armeajn kapablojn. Realiĝos agentejo okupiĝanta pri defendaj-kapabloevoluigaj, esploraj, akiraj kaj armilaraj aferoj (Eŭropa Defenda Agentejo), kies tasko estas konstato de la operaciaj pretendoj, subteno de disponoj servantaj la kontentigon de tiuj ĉi pretendoj, kaj kiu kontribuas al difino – kaj en konkreta okazo – al plenumo de agoj necesaj por fortigi la industrian kaj teknologian bazojn de la defenda sektoro, ĝi partoprenas en difino de eŭropa armilara kaj kapabloevoluiga politikoj, kaj helpas la Konsilion en taksado de plibonigo de la militaj kapabloj.
4. As decisões europeias relativas à política comum de segurança e defesa, incluindo as que digam respeito ao lançamento de uma missão referida no presen te artigo, são adoptadas pelo Conselho, deliberando por unanimidade, sob proposta do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União ou por iniciativa de um Estado-Membro. O Ministro dos Negócios Estrangeiros da União pode propor o recurso aos meios n acionais e aos instrumentos da União, eventualmente em conjunto com a Comissão.(4) La Konsilio alprenas unuanime la eŭropajn decidojn celantajn al plenumo de komuna sekureca kaj defenda politikoj, inkluzive la eŭropajn decidojn, celantajn al iniciato de misioj, menciitaj en tiu ĉi artikolo, surbaze de propono de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj aŭ surbaze de iniciato de iu membroŝtato. La ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, en konkreta okazo komune kun la Komisiono rajtas proponi same la aplikadon de naciaj kaj uniaj rimedoj.
5. O Conselho pode confiar a realização de uma missão, no âmbito da União, a um grupo de Estados-Membros, a fim de preservar os valores da União e servir os seus interesses. A realização dessa missão rege-se pelo disposto no artigo III-310.º.(5) La Konsilio por defendi la valorojn kaj validigi la interesojn de la Unio rajtas komisii grupon de la membroŝtatoj je plenumo de certaj misioj en kadro de la Unio. Por plenumo de tiaj misioj oni devas apliki la artikolon III-310-an.
6. Os Estados-Membros cujas capacidades militares preen cham critérios mais elevados e que tenham assumido compromissos mais vinculativos na matéria tendo em vista a realização das missões mais exigentes, estabelecem uma cooperação estruturada permanente no âmbito da União. Essa cooperação rege-se pelo disposto no artigo III-312.º. Tal não afecta o disposto no artigo III-309.º.(6) Tiuj membroŝtatoj, kiuj havas armeajn kapablojn kontentigantajn pli altajn pretendojn, kaj kiuj – konsidere al misioj starigantaj la plej altajn postulojn – tiuterene akceptis pli severajn devontigojn, elformas konstantan strukturitan kunagadon en kadro de la Unio. Por tia kunagado oni devas apliki la artikolon III-312-an. Ĝi ne tuŝas la dispoziciojn fiksitajn en artikolo III-309-a.
7. Se um Estado-Membro vier a ser vítima de agressão armada no seu território, os outros Estados-Membros devem prestar-lhe auxílio e assistência por todos os meios ao seu alcance, em conformidade com o artigo 51.º da Carta das Nações Unidas. Tal não afecta o carácter específico da política de segurança e defesa de determinados Estados-Membros.(7) Okaze de armita atako kontraŭ la teritorio de iu el la membroŝtatoj, la ceteraj membroŝtatoj devas – konforme al la artikolo 51-a de Ĉarto de la Unuiĝintaj Nacioj – doni ĉiaspecan disponeblan helpon kaj apogon al tiu ĉi ŝtato. Tio ne tuŝas la individuan karakteron de la sekureca kaj defenda politikoj de la unuopaj membro-ŝtatoj.
Os compromissos e a cooperação neste domínio respeitam os compromissos assumidos no quadro da Organização do Tratado do Atlântico N orte, que, para os Estados que são membros desta organização, continua a ser o fundamento da sua defesa colectiva e a instância apropriada para a concretizar.La devontigoj kaj kunlaboroj surprenitaj sur tiuj ĉi kampoj devas harmonii kun devontigoj alprenitaj en la kadro de la Organizaĵo de la Nord-Atlantika Traktato, kiu ankaŭ plue konsistigas por la partoprenantaj ŝtatoj la bazon de la komuna defendo, kaj restas ties efektiviga forumo.
8. O Parlamento Europeu é regularmente consultado sobre os principais aspectos e as opções fundamentais da política comum de segurança e defesa. É mantido ao corrente da sua evolução.(8) Oni devas regule konsulti la Eŭropan Parlamenton pri la pli gravaj aspektoj kaj fundamentaj alternativaj eblecoj de la komuna sekureca kaj defenda politiko, kaj oni devas daŭre informi ĝin pri ties formiĝo.
Artigo I-42.º Disposições específicas relativas ao espaço de liberdade, seguran ça e justiçaI-42-a artikolo: Apartaj dispozicioj rilate al areo de libereco, sekureco kaj justo
1. A União constitui um espaço de liberdade, segurança e justiça:(1) La Unio estigas areon baziĝantan sur validiĝo de la libereco, sekureco kaj justo pere de la sekvantaj rimedoj:

a) Através da adopção de leis e leis-quadro europeias destinadas, se necessário, a aproximar as disposições legislativas e regulamentares dos Estados-Membros nos domínios referidos na Parte III;

a) en okazo se estas necese, alpreno de eŭropa leĝo kaj kadroleĝo, sur kampoj denombritaj en la III-a parto, por proksimigi la leĝajn, dekretajn kaj administraciajn dispoziciojn de la membroŝtatoj;

b) Pela promoção da confiança mútua entre as autoridades competentes dos Estados-Membros, em especial com base no reconhecimento mútuo das decisões judiciais e extrajudiciais;

b) plifortigo de la reciproka konfido inter la koncernaj instancoj de la membroŝtatoj, precipe surbaze de reciproka agnoskado de tribunalaj kaj ekstertribunalaj decidoj;

c) Através da cooperação operacional entre as autoridades competentes dos Estados-Membros, incluindo os serviços de polícia, das alfândegas e outros serviços especializados no domínio da prevenção e detecção de infracções penais.

c) operacia kunagado inter la agosferon havantaj instancoj de la membroŝtatoj, nome inter la membroŝtataj policoj, doganinstancoj kaj ceteraj, fakaj servoj okupiĝantaj pri prevento kaj malkovro de krimagoj.

2. Os Parlamentos nacionais podem, no quadro do espaço de liberdade, segurança e justiça, participar nos mecanismos de avaliação previstos no artigo III-260.º. São associados ao controlo político da Europol e à avaliação das actividades da Eurojust, nos termos dos artigos III-276.º e III-273.º.(2) En la kadro de areo de validiĝo de la libereco, sekureco kaj justo, la naciaj parlamentoj rajtas partopreni la takso- procedurojn laŭ la artikolo III-260-a. La naciaj parlamentoj partoprenas – en akordo kun la artikoloj III-276-a aŭ III-273-a – en la politika kontrolo de Europol kaj en la taksado de la agado de Eurojust.
3. Os Estados-Membros dispõem de direito de iniciati va no domínio da cooperação policial e judiciária em matéria penal, nos termos do artigo III-264.º.(3) La membroŝtatoj havas rajton de iniciato konforme al la artikolo III-264-a sur kampo de polica kaj justica kunagado konekse kun la punaferoj.
Artigo I-43.º Cláusula de solidariedadeI-43-a artikolo: Solidareca klaŭzo
1. A União e os seus Estados-Membros actuarão em conjunto, num espírito de so lidariedade, se um Estado-Membro for vítima de um ataque terrorista ou vítima de uma catástrofe natural ou de origem humana. A União mobiliza todos os instrumentos ao seu dispor, incluindo os meios militares disponibilizados pelos Estados-Membros, para:(1) En okazo se iun membroŝtaton trafas terorisma atako, aŭ se ĝi fariĝas viktimo de naturkatastrofo aŭ katastrofo kaŭzita de homo, la Unio kaj siaj membroŝtatoj agas kolektive, en la spirito de solidareco. La Unio mobilizas ĉiujn disponeblajn rimedojn, inkluzive la armeajn energifontojn disponigitajn fare de la membroŝtatoj, por ke ĝi:

a) – Prevenir a ameaça terrorista no território dos Estados-Membros,

a) – preventu la terorisman minacon sur la teritorio de la membroŝtatoj;

– proteger as instituições democráticas e a população civil de um eventual ataque terrorista,

– protektu la demokratajn instituciojn kaj la civilan loĝantaron de eventuala terorisma atako;

– prestar assistência a um Estado-Membro no seu território, a pedido das suas autoridades políticas, em caso de ataque terrorista;

– okaze de terorisma atako, por iu membroŝtato, je peto de ĝia politika gvidado, donu helpon sur ties teritorio;

b) – Prestar assistência a um Estado-Membro no seu território, a pedido das suas autoridades políticas, em caso de catástrofe natural ou de origem humana.

b) – okaze de katastrofo kaŭzita de naturo aŭ de homo, por iu membroŝtato, je peto de ĝia politika gvidado, donu helpon sur ties teritorio.

2. As regras de execução do presen te artigo constam do artigo III-329.º.(2) La artikolo III-329-a enhavas la detalajn regulojn koncernantajn la efektivigon de tiu ĉi artikolo.

Capítulo III: Cooperação reforçadaIII-a ĉapitro – Firmigita kunagado
Artigo I-44.º Cooperação refo rçadaI-44-a artikolo: Firmigita kunagado
1. Os Estados-Membros que desejem instituir entre si uma cooperação refo rçada no âmbito das competências não exclusivas da União podem recorrer às instituições desta e exercer essas competências aplicando as disposições pertinentes da Constituição, dentro dos limites e segundo as regras previstas no presente artigo e nos artigos III-416.º a III-423.º.(1) Tiuj membroŝtatoj, kiuj deziras krei unu kun la alia firmigitan kunagadon sur kampoj ne apartenantaj al ekskluziva agosfero de la Unio, rajtas uzi la instituciojn de la Unio ene de la limoj de tiu ĉi artikolo kaj de la artikoloj III-416-a – III-423-a kaj en akordo kun la reguloj tie determinitaj, kaj ili rajtas praktiki tiujn ĉi agosferojn aplikante la konvenajn dispoziciojn de la Konstitucio.
As cooperações reforçadas visam favorecer a realização dos objectivos da União, preservar os seus interesses e reforçar o seu processo de integração. Estão abertas, a qualquer momento, a todos os Estados-Membros, nos termos do artigo III-418.º.La firmigita kunagado direktiĝas al antaŭenigo de plenumado de la celoj kaj al defendo de la interesoj de la Unio, kaj al la firmigo de la integriĝa procezo. Tia kunagado kiam ajn estas malfermita por ĉiuj membroŝtatoj en akordo kun la artikolo III-418-a.
2. A decisão europeia que autoriza uma cooperação refo rçada é adoptada como último recurso pelo Conselho, quando este tenha determinado que os objectivos da cooperação em causa não podem ser atingidos num prazo razoável pela União no seu conjunto e desde que, pelo menos, um terço dos Estados-Membros participe na cooperação. O Conselho delibera nos termos do artigo III-419.º.(2) La Konsilio povas alpreni eŭropan decidon kun rajtigo al firmigita kunagado en ekstrema okazo, se ĝi konstatis ke la celoj de la kunagado ne povas esti atingotaj fare de tuto de la Unio ene de racia limdato, kaj se almenaŭ unu triono de la membroŝtatoj partoprenas ĝin. La Konsilio decidas laŭ la proceduro determinita en la artikolo III-419-a.
3. Todos os membros do Conselho podem participar nas suas deliberações, mas só os membros do Conselho que representem os Estados-Membros participantes numa cooperação reforça da podem participar na votação.(3) La diskutojn de la Konsilio rajtas partopreni ĉiuj membroŝtatoj, sed la voĉdonadon rajtas partopreni nur tiuj membroj de la Konsilio, kiuj reprezentas la membroŝtatojn de la firmigita kunagado.
A unanimidade é constituída apenas pelos votos dos representantes dos Estados-Membros participantes.Por atingi la unuanimecon oni devas konsideri nur la voĉojn de la reprezentantoj de la partoprenantaj membroŝtatoj.
A maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 55% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros participantes que reúnam, no mínimo, 65% da população desses Estados.Por atingi la kvalifikitan plimulton estas bezonataj la voĉoj de almenaŭ 55 % de la konsiliaj membroj reprezentantaj la partoprenantajn membroŝtatojn, samtempe reprezentantaj almenaŭ 65 %-n de la loĝantaro de tiuj ĉi membroŝtatoj.
A minoria de bloqueio deve ser composta por, pelo menos, o número mínimo de membros do Conselho que represente mais de 35% da população dos Estados-Membros participantes, mais um membro; caso contrário, considera-se alcançada a maioria qualificada.La blokanta malplimulto devas konsisti almenaŭ el membroj de la Konsilio reprezentantaj pli ol 35 %-n de la loĝantaro de la partoprenantaj ŝtatoj plus unu persono; manke de tio oni devas konsideri la kvalifikitan plimulton, kiel atingitan.
Em derrogação dos terceiro e quarto parágrafos, quando o Conselho não delibere com base numa proposta da Comissão ou do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, a maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 72% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros participantes que reúnam, no mínimo, 65% da população desses Estados.Diference de la tria kaj kvara subalineoj, se la Konsilio decidas ne surbaze de propono de la Komisiono aŭ de la ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, al la kvalifikita plimulto estas bezonataj la voĉoj de almenaŭ 72 % de la konsiliaj membroj reprezentantaj la partoprenantajn membro-ŝtatojn, samtempe reprezentantaj almenaŭ 65 %-n de la loĝantaro de tiuj ĉi membroŝtatoj.
4. Os actos adoptados no âmbito de uma cooperação reforçada vinculam apenas os Estados-Membros participantes. Tais actos não são considerados acervo que deva ser aceite pelos Estados candidatos à adesão à União.(4) La juraj aktoj alprenitaj en la kadro de la firmigita kunagado devigas nur la partoprenantajn membroŝtatojn.Tiuj ĉi juraj aktoj ne apartenas al la uniaj atingaĵoj aprobendaj fare de landoj intencantaj aliĝi al la Unio.

TÍTULO VI: VIDA DEMOCRÁTICA DA UNIÃOVI-a TITOLO: LA DEMOKRATA FUNKCIADO DE LA UNIO
Artigo I-45. Princípio da igualdade democráticaI-45-a artikolo: Principo de la demokrata egaleco
Em todas as suas actividades, a União respeita o princípio da igualdade dos seus cidadãos, que beneficiam de igual atenção por parte das suas instituições, órgãos e organismos.La Unio dum ĉiuj siaj aktivecoj respektas la principon de egaleco inter la civitanoj; la institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio dediĉas al ĉiuj civitanoj la saman atenton.
Artigo I-46.º Princípio da democracia representativaI-46-a artikolo: Principo de la reprezenta demokratio
1. O funcionamento da União baseia-se na democracia representativa.(1) La funkciado de la Unio baziĝas sur la reprezenta demokratio.
2. Os cidadãos estão directamente representados ao nível da União no Parlamento Europeu.(2) Sur nivelo de la Unio la rekta reprezentado de civitanoj efektiviĝas en la Eŭropa Parlamento.
Os Estados-Membros estão representados no Conselho Europeu pelo respectivo Chefe de Estado ou de Governo e no Conselho pelos respectivos Governos, eles próprios democraticamente responsáveis, quer perante os respectivos Parlamentos nacionais, quer perante os seus cidadãos.En la Eŭropa Konsilio la reprezentadon de la membroŝtatoj plenumas siaj ŝtat- aŭ registarestroj, kaj en la Konsilio siaj registaroj, kiuj mem havas demokratan respondecon antaŭ siaj, naciaj parlamentoj aŭ civitanoj.
3. Todos os cidadãos têm o direito de participar na vida democrática da União. As decisões são tomadas de forma tão aberta e tão próxima dos cidadãos quanto possível.(3) Ĉiu civitano havas rajton partopreni en la demokrata vivo de la Unio. Oni devas fari la decidojn kiel eble plej publike kaj sur nivelo kiel eble plej proksima al la civitanoj.
4. Os partidos políticos ao nível europeu contribuem para a criação de uma consciência política europeia e para a expressão da vontade dos cidadãos da União.(4) La eŭropa-nivelaj politikaj partioj kontribuas al elformigo de la eŭropa politika konscio kaj al deklaro de volo de la uniaj civitanoj.
Artigo I-47.º Princípio da democracia participativaI-47-a artikolo: Principo de la partoprena demokratio
1. As instituições, recorrendo aos meios adequados, dão aos ci dadãos e às associações representativas a possibilidade de expressarem e partilharem publicamente os seus pontos de vista sobre todos os domínios de acção da União.(1) La institucioj per konvenaj rimedoj garantias, ke la civitanoj kaj intereso-reprezentaj organizoj povu esprimi opinion pri iu ajn aktiveco de la Unio, kaj povu publike diskuti pri tiuj aktivecoj.
2. As instituições estabelecem um diálogo aberto, transparente e regular com as associações representativas e com a sociedade civil.(2) La institucioj de la Unio vivtenas malfermitan, travideblan kaj sisteman dialogon kun la intereso-reprezentaj organizoj kaj kun la civila socio.
3. A fim de assegurar a coerência e a transparên cia das acções da União, a Comissão procede a amplas consultas às partes interessadas.(3) La Komisiono tenas vastajn, anticipajn konsultadojn kun la koncernaj partneroj, por garantii la koherecon kaj travideblecon de agoj de la Unio.
4. Um milhão, pelo menos, de cidadãos da União, nacionais de um número significativo de Estados-Membros, pode tomar a iniciativa de convidar a Comissão a, no âmbito das suas atribuições, apresentar uma proposta adequada em matérias sobre as quais esses cidadãos considerem necessário um acto jurídico da União para aplicar a Constituição. As normas processuais e as condições para a apresentação de tal iniciativa pelos cidadãos, incluindo o número mínimo de Estados-Membros de que aqueles devem provir, são estabelecidas por lei europeia.(4) Almenaŭ unu miliono da uniaj civitanoj, kiuj samtempe estas ŝtatanoj el signifa nombro de membroŝtatoj, povas iniciati, ke la Komisiono – ene de sia agosfero – prezentu konvenan proponon en tiuj aferoj, en kiuj laŭ la konsidero de la civitanoj al efektivigo de la Konstitucio oni devas alpreni unian juran akton. Oni devas fiksi en eŭropa leĝo la dispoziciojn koncernantajn la procedurojn kaj kondiĉojn aplikendajn okaze de ĉi tiu civitana iniciato, inkluzive ankaŭ tion, ke la iniciato devas deveni de civitanoj de minimume kiom da membroŝtatoj.
Artigo I-48.º: Parceiros sociais e diálogo social autónomoI-48-a artikolo: La sociaj partneroj kaj la aŭtonoma socia dialogo
A União reconhece e promove o papel dos parceiros sociais ao nível da União, tendo em conta a diversidade dos sistemas nacionais. A União facilita o diálogo entre os parceiros sociais, no respeito pela sua autonomia.La Unio konsiderante la diversecon de unuopaj naciaj sistemoj agnoskas kaj subtenas la unia-nivelan taskosurprenon de la sociaj partneroj; kaj respektante ilian sendependecon antaŭenigas la dialogon inter la sociaj partneroj.
A Cimeira Social Tripartida para o Crescimento e o Emprego contribui para o diálogo social.La trilatera socia pintokunveno pri la kresko kaj dungado kontribuas al daŭrigo de socia dialogo.
Artigo I-49.º Provedor de Justiça EuropeuI-49-a artikolo: La eŭropa mediaciisto
O Provedor de Justiça Europeu, que é eleito pelo Parlamento Europeu, recebe queixas respeitantes a casos de má administração na actuação das instituições, órgãos ou organismos da União, nas condições estabelecidas pela Constituição. O Provedor de Justiça instrui ess as queixas e apresenta relatórios sobre as mesmas. Exerce as suas funções com total independência.La mediaciisto – elektita fare de la Eŭropa Parlamento ĉe kondiĉoj difinitaj en la Konstitucio – transprenas la plendojn koncerne la oficajn misuzojn okazantajn dum la aktiveco de la uniaj institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj. Li/ŝi enketas pri la plendoj kaj pretigas raporton pri la rezultoj. Dum plenumo de siaj taskoj la mediaciisto estas absolute sendependa.
Artigo I-50.º Transparência dos trabalhos das instituições, órgãos e organismos da UniãoI-50-a artikolo: La travidebleco de laborprocezo de la uniaj institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj
1. A fim de promover a boa governação e assegu rar a participação da so ciedade civil, a actuação das instituições, órgãos e organismos da União pauta-se pelo maio r respeito possível do princípio da abertura.(1) Por antaŭenigi la bonan regadon kaj certigi la partoprenon de la civila socio, la institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio dum siaj laboroj agas respektante la principon de malfermiteco kiel eble plej komplete.
2. As sessões do Parlamento Europeu são públicas, assim como as reuniões do Conselho em que este delibere e vote sobre um projecto de acto legislativo.(2) La kunsidoj de la Eŭropa Parlamento estas publikaj; kaj ankaŭ la kunsidoj de la Konsilio estas publikaj, kiam oni diskutas aŭ voĉdonas pri propono celanta al leĝdona akto.
3. Qualquer cidadão da União ou qualquer pessoa singular ou colectiva com residência ou sede social num Estado-Membro tem d ireito de acesso , nas condições estabelecidas pela Parte III, aos documentos das instituições, órgãos e organismos da União, seja qual for o suporte desses documentos.(3) Konforme al la kondiĉoj difinitaj en la parto III-a, iu ajn unia civitano kaj iu ajn natura aŭ jura persono havanta loĝlokon, aŭ rezidejon laŭ estiga dokumento en iu membroŝtato, rajtas atingi la dokumentojn de institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio, sendepende de ilia apera formo.
A lei europeia estabelece os princípios gerais e os limites que, por razões de interesse público ou privado, regem o exercício do direito de acesso a esses documentos.La ĝeneralaj principoj de rajto pri atingo de tiuj ĉi dokumentoj kaj la reguloj determinantaj ties limigojn baziĝantajn sur komunaj aŭ privataj interesoj estas difinitaj en eŭropa leĝo.
4. Cada instituição, órgão ou organismo estabelece, no respectivo regulamento interno, disposições específicas sobre o acesso aos seus documentos, em conformidade com a lei europeia referida no n.º 3.(4) Konforme al la eŭropa leĝo menciita en la alineo (3) ĉiu institucio, organo, oficejo kaj agentejo fiksas en sia statuto la specialajn dispoziciojn koncerne la atingon de siaj dokumentoj.
Artigo I-51.º Protecção de dados pessoaisI-51-a artikolo: La defendo de la personaj donitaĵoj
1. Todas as pessoas têm direit o à protecção dos dados de carácter pessoal que lhes digam respeito.(1) Ĉiu havas rajton pri protekto de personaj donitaĵoj lin/ŝin koncernantaj.
2. A lei ou lei- quadro europeia estabelece as normas relativas à protecção das pessoas singulares no que diz respeito ao tratamento de dados pessoais pelas instituições, órgãos e organismos da União, bem como pelos Estados-Membros no exercício de actividades relativas à aplicação do direito da União, e à livre circulação desses dados. A observância dessas normas fica sujeita ao controlo de autoridades independentes.(2) Eŭropa leĝo aŭ kadroleĝo fiksas la regulojn koncerne la protekton de la naturaj personoj dum la datummanipulado de la personaj donitaĵoj fare de la uniaj institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj, kaj fare de la membroŝtatoj dum siaj agadoj apartenantaj al aplikokampo de la unia juro, tiel same la regulojn rilate al libera fluo de ĉi tiuj donitaĵoj. Sendependaj instancoj kontrolas la respekton de tiuj ĉi reguloj.
Artigo I-52.º Estatuto das igrejas e das organizações não confessionaisI-52-a artikolo: La jura statuso de la eklezioj kaj filozofiaj, nereligiaj organizoj
1. A União respeita e não interfere no estatuto de que gozam, ao abrigo do direito nacional, as igrejas e associações ou comunidades religiosas nos Estados-Membros.(1) La Unio respektas kaj ne ofendas la juran statuson de la eklezioj kaj religiaj organizoj aŭ kolektivoj, kiun ili havas laŭ la nacia juro en la membroŝtatoj.
2. A União respeita igualmente o estatuto de que gozam, ao abrigo do direito nacional, as organizações filosóficas e não confessionais.(2) La Unio tiel same respektas la juran statuson de la filozofiaj, nereligiaj organizoj, laŭ la nacia juro.
3. Reconhecendo a sua identidade e o seu contributo específico, a União mantém um diálogo aberto, transparente e regular com as referidas igrejas e organizações.(3) Rekonante iliajn identecon kaj specialan kontribuon, la Unio vivtenas rektan, travideblan kaj sisteman dialogon kun tiuj ĉi eklezioj kaj organizoj.

TÍTULO VII: FINANÇAS DA UNIÃOVII-a TITOLO: LA FINANCOJ DE LA UNIO
Artigo I-53.º Princípios orçamentais e financeirosI-53-a artikolo: Buĝetaj kaj financaj principoj
1. Todas as receitas e despesas da União devem ser objecto de previsão para cada exercício orçamental e ser inscritas no Orçamento da União, em conformidade com a Parte III.(1) Konforme al la dispozicioj fiksitaj en la parto III-a oni devas antaŭplani kaj indiki en la unia buĝeto ĉiujn enspezajn kaj elspezajn artikolojn de la Unio, rilate al apartaj financaj jaroj.
2. O Orçamento deve respeitar o equilíbrio entre receitas e despesas.(2) La enspezoj kaj elspezoj de la buĝeto devas ekvilibri.
3. As despesas inscritas no Orçamento são autorizadas para o período do exercício orçamental anual, em conformidade com a lei europeia referida no artigo III-412.º(3) Oni devas aprobi la elspezojn indikitajn en la buĝeto por unu financa jaro, konforme al la eŭropa leĝo menciita en la artikolo III-412-a.
4. A execução de despesas inscritas no Orçamento requer a adopção prévia de um acto juridicamente vinculativo da União que confira fundamento jurídico à sua acção e à execução da despesa correspondente, em conformidade com a lei europeia referida no artigo III-412.º, salvo excepções que esta preveja.(4) La antaŭkondiĉo de efektivigo de la elspezoj indikitaj en la buĝeto estas la alpreno de unia jura akto kun deviga forto, konforme al la eŭropa leĝo menciita en la artikolo III-412-a, kiu certigas juran bazon por la ago de la Unio kaj al plenumo de la elspezoj interrilataj, escepte de la kazoj difinitaj en la menciita eŭropa leĝo.
5. Para assegurar a manutenção da disciplina orçamental, a Un ião não adopta actos susceptíveis de ter uma incidência significativa no Orçamento sem dar a garantia de que as despesas decorrentes desses actos podem ser financiadas dentro dos limites dos recursos próprios da União e na observância do quadro financeiro plurianual referido no artigo I-55.º.(5) Por certigi la buĝetan disciplinon, se iu jura akto povas havi signifan efikon al la buĝeto, la Unio ne rajtas ĝin alpreni, ĝis kiam oni certigas, ke la elspezoj devenantaj el tiu ĉi jura akto estas financeblaj ene de la limoj de propraj fontoj de la Unio, kaj ĉe respekto de la plurjara financa kadro menciita en la artikolo I-55-a.
6. O Orçamento é executado de acordo com o princípio da boa gestão financeira. Os Estados-Membros cooperam com a União a fim de assegurar que as dotações inscritas no Orçamento sejam utilizadas de acordo com esse princípio.(6) Oni devas efektivigi la buĝeton respektante la principojn de la efika kaj rezulta financa mastrumado. La membro-ŝtatoj kaj la Unio kunlaboras por certigi la utiligon de la buĝetaj antaŭplanoj konforme al tiu ĉi baza principo.
7. Em conformidade com o artigo III-415.º, a União e os Estados-Membros combatem as fraudes e quaisquer outras actividades ilegais lesivas dos interesses financeiros da União.(7) La Unio kaj la membroŝtatoj konforme al dispozicioj de la artikolo III-415-a batalas kontraŭ la fraŭdo kaj ĉiuj aliaj kontraŭjuraj agadoj ofendantaj la financajn interesojn de la Unio.
Artigo I-54.º Recursos próprios da UniãoI-54-a artikolo: La propraj fontoj de la Unio
1. A União dota-se dos meios n ecessários para atingir os seus objectivos e realizar com êxito as suas políticas.(1) La Unio prizorgas la necesajn rimedojn por atingi siajn celojn kaj efektivigi siajn politikojn.
2. O Orçamento da União é integralmente financiado por recursos próprios, sem prejuízo de outras receitas.(2) Ne tuŝante la ceterajn enspezojn, oni devas financi la buĝeton de la Unio plenmezure el propraj fontoj.
3. As disposições aplicáveis ao sistema de rec ursos próprios da União são estabelecidas por lei europeia do Conselho. Neste quadro, pode estabelecer-se novas categorias de recursos próprios ou revogar uma categoria existente. O Conselho delibera por unanimidade, após consulta ao Parlamento Europeu. Essa lei europeia só entra em vigor após a sua aprovação pelos Estados-Membros, em conformidade com as respectivas normas constitucionais.(3) Eŭropa leĝo alprenita fare de la Konsilio determinas la dispoziciojn koncerne la sistemon de la propraj fontoj de la Unio. Ĉi-rilate la eŭropa leĝo povas krei novajn aŭ povas nuligi certajn, ekzistantajn fontotipojn. Konsultinte la Eŭropan Parlamenton la Konsilio decidas unuanime. Tiu ĉi eŭropa leĝo ekvalidiĝas nur post la aprobo fare de la membroŝtatoj, konforme al siaj propraj, laŭkonstituciaj postuloj.
4. As medidas de execução do sistema de recurs os próprios da União são estabelecidas por lei europeia do Conselho, desde que tal esteja estabelecido na lei europeia adoptada com fundamento no n.º 3. O Conselho delibera após aprovação do Parlamento Europeu.(4) Eŭropa leĝo alprenita fare de la Konsilio determinas la plenumajn disponojn koncerne la sistemon de propraj fontoj de la Unio, se la eŭropa leĝo alprenita surbaze de la alineo (3) dispozicias tiel. La Konsilio decidas post konsento de la Eŭropa Parlamento.
Artigo I-55.º: Quadro financeiro plurianualI-55-a artikolo: La plurjara financa kadro
1. O quadro financeiro plurianual destina-se a garantir que as despesas da União sigam uma evolução ordenada dentro dos limites dos seus recursos próprios. O quadro financeiro plurianual fixa os montantes dos limites máximos anuais das dotações para autorização por categoria de despesa em conformidade com o artigo III-402.º.(1) La plurjara financa kadro certigas, ke la elspezoj de la Unio formiĝu ordigite, inter la limoj de la propraj fontoj. La plurjara financa kadro difinas – konforme al la artikolo III-402-a – laŭ elspezaj kategorioj la supran limon de jaraj sindevontigaj antaŭplanoj.
2. O quadro financeiro plurianual é estabelecido por lei europeia do Conselho. Este delibera por unanimidade, após aprovação do Parlamento Europeu que se pronuncia por maio ria dos membros que o compõem.(2) Eŭropa leĝo unuanime alprenita fare de la Konsilio determinas la plurjaran financan kadron. La Konsilio decidas unuanime, post interkonsento de la Eŭropa Parlamento aprobita fare de plimulto de siaj membroj.
3. O Orçamento anual da União respeita o quadro financeiro plurianual.(3) La jara buĝeto de la Unio devas esti en akordo kun la plurjara financa kadro.
4. O Conselho Europeu pode adoptar, por unanimidade, uma decisão europeia que autorize o Conselho a deliberar por maioria qualificada quando adoptar a lei europeia do Conselho a que se refere o n.º 2.(4) La Eŭropa Konsilio povas rajtigi la Konsilion per unuanime alprenita, eŭropa decido, ke ĝi decidu per kvalifikita plimulto da voĉoj pri la alpreno de la eŭropa leĝo menciita en alineo (2).
Artigo I-56.º Orçamento da UniãoI-56-a artikolo: La buĝeto de la Unio
A lei europeia estabelece o Orçamento anual da União em conformidade com o artigo III-404.º.La jaran buĝeton de la Unio determinas eŭropa leĝo alprenita konforme al la reguloj fiksitaj en artikolo III-404-a.

TÍTULO VIII: A UNIÃO E OS ESTADOS VIZINHOSVIII-a TITOLO: LA UNIO KAJ ĜIAJ NAJBARAJ LANDOJ
Artigo I-57.º A União e os Estados vizinhosI-57-a artikolo: La Unio kaj ĝiaj najbaraj landoj
1. A União desenvolve relações privilegiadas com os países vizinhos, a fim de criar um espaço de prosperidade e boa vizinhança, fundado nos valores da União e caracterizado por relações estreitas e pacíficas, baseadas na cooperação.(1) La Unio estigas specialajn rilatojn kun siaj najbaraj landoj por krei tian areon de prospero kaj bona najbareco, kiu baziĝas sur valoroj de la Unio, kaj kiun karakterizas striktaj kaj pacaj interrilatoj de kunagado.
2. Para efeitos do n.º 1, a União pode celebrar acordos específicos com os países interessados. Esses acordos podem incluir direitos e obrigações recíprocos, bem como a possibilidade de realizar acções em comum. A sua aplicação é acompanhada de uma concertação periódica.(2) Por la celoj menciitaj en alineo (1) la Unio povas krei apartajn interkonsentojn kun la koncernaj landoj. Tiuj ĉi interkonsentoj povas difini reciprokajn rajtojn kaj devontigojn, kaj povas dispozicii pri ebleco de komunaj agoj. Oni devas sisteme akordigi la plenumon de ĉi tiuj interkonsentoj.

TÍTULO IX: QUALIDADE DE MEMBRO DA UNIÃOIX-a TITOLO: LA UNIA MEMBRECO
Artigo I-58.º Critérios de elegibilidade e processo de adesão à UniãoI-58-a artikolo: La kondiĉoj de aliĝo al la Unio kaj ties proceduro
1. A União está aberta a todos os Estados europeus que respeitem os valores enunciados no artigo I– 2.º e se comprometam a promovê-los em comum.(1) La Unio estas malfermita antaŭ ĉiuj eŭropaj ŝtatoj, kiuj respektas la valorojn menciitajn en la artikolo I-2-a kaj estas engaĝiĝintaj al ilia komuna validigo.
2. Qualquer Estado europeu que deseje tornar-se membro da União dirige um pedido nesse sentido ao Conselho. O Parlamento Europeu e os Parlamentos nacionais são informados desse pedido. O Conselho delibera por unanimidade, depois de consultar a Comissão e após aprovação do Parlamento Europeu que se pronuncia por maio ria dos membros que o compõem. As condições e regras de admissão são acordadas entre os Estados-Membros e o Estado candidato. Esse acordo é submetido a ratificação por todos os Estados Contratantes, em conformidade com as respectivas normas constitucionais.(2) Iu ajn eŭropa ŝtato, kiu intencas fariĝi membro de la Unio, povas sin turni per ĉi-koncerna petskribo al la Konsilio. Pri la petskribo devas esti informitaj la Eŭropa Parlamento kaj la naciaj parlamentoj. La Konsilio – konsultinte la Komisionon kaj post konsento de la Eŭropa Parlamento alprenita fare de plimulto de siaj membroj – unuanime decidas. La kondiĉojn kaj detalajn regulojn de la membriĝo ordigas la pakto inter la membroŝtatoj kaj la kandidatŝtato. Tiu ĉi pakto devas esti ratifita de ĉiuj traktantaj ŝtatoj, laŭ siaj konstituciaj postuloj.
Artigo I-59.º Suspensão de certos direitos resultan tes da qualidade de membr o da UniãoI-59-a artikolo: La suspendo de certaj uniaj membrecaj rajtoj
1. O Conselho, por iniciativa fundamentada de um terço dos Estados-Membros, por iniciativa fundamentada do Parlamento Europeu ou sob proposta da Comissão, pode adoptar uma decisão europeia em que constate a existência de um risco manifesto de violação grave, por parte de um Estado-Membro, dos valores enunciados no artigo I-2.º. O Conselho delibera por maioria de quatro quintos dos seus membros, após aprovação do Parlamento Europeu.(1) Surbaze de konvene motivita propono de unu triono de la membroŝtatoj aŭ de konvene motivita iniciato de la Eŭropa Parlamento aŭ de propono de la Komisiono, la Konsilio povas konstati en eŭropa decido, ke ekzistas unusenca danĝero, ke iu membroŝtato grave ofendas la valorojn menciitajn en la artikolo I-2-a. La Konsilio decidas – post konsento de la Eŭropa Parlamento – per kvar kvinona plimulto de siaj membroj.
Antes de proceder a essa constatação, o Conselho ouve o Estado-Membro em causa e, deliberando segundo o mesmo processo, pode dirigir-lhe recome ndações.Antaŭ ol konstati tion, la Konsilio aŭskultas la koncernan membroŝtaton, kaj por ĝi – konforme al la sama proceduro – rajtas fari proponojn.
O Conselho verifica regularmente se continuam válidos os mo tivos que conduziram a essa constatação.La Konsilio sisteme kontrolas, ĉu tiuj kialoj plu ekzistas, surbaze de kiuj estis farita tia konstato.
2. O Conselho Europeu, por iniciativa de um terço dos Estados-Membros ou sob proposta da Comissão, pode adoptar uma decisão europeia em que constate a existência de uma violação grave e persistente, por parte de um Estado-Membro, dos valores enunciados no artigo I-2.º, após ter convidado esse Estado a apresentar as suas observações sobre a questão. O Conselho Europeu delibera por unanimidade, após aprovação do Parlamento Europeu.(2) La Eŭropa Konsilio petinte la koncernan ŝtaton prezenti siajn rimarkojn – surbaze de iniciato de unu triono de la membroŝtatoj aŭ de propono de la Komisiono – povas konstati en eŭropa decido, ke la membroŝtato grave kaj daŭre ofendas la valorojn menciitajn en la artikolo I-2-a. La Eŭropa Konsilio post konsento de la Eŭropa Parlamento decidas unuanime.
3. Feita a constatação a que se refere o n.º 2, o Conselho, deliberando por maioria qualificada, pode adoptar uma decisão europeia que suspenda alguns dos direitos decorren tes da aplicação da Constituição ao Estado-Membro em causa, incluindo o direito de voto do membr o do Conselho que represente esse Estado. O Conselho tem em conta as eventuais consequências dessa suspensão sobre os direitos e obrigações das pessoas singulares e colectivas.(3) Okaze de la konstato laŭ la alineo (2) la Konsilio en eŭropa decido alprenita per kvalifikita plimulto povas suspendi certajn rajtojn de la koncerna membroŝtato devenantajn el apliko de la Konstitucio, inter ili la voĉdonrajton de la reprezentanto de tiu ĉi membroŝtato en la Konsilio. Ĉi-kaze la Konsilio konsideras la eblajn konsekvencojn de tia suspendo tuŝantajn la rajtojn kaj devojn de la naturaj kaj juraj personoj.
De qualquer modo, esse Estado continua vinculado às obrigações que lhe incumbem por força da Constituição.La konstituciaj devontigoj de la koncerna ŝtato en ĉiu okazo ankaŭ plu devigas tiun ĉi ŝtaton.
4. Se se alterar a situação que motivou a imposição das medidas adoptadas ao abrigo do n.º 3, o Conselho, deliberando por maioria qualificada, pode adoptar uma decisão europeia que altere ou revogue essas medidas.(4) La Konsilio povas krei per kvalifikita plimulto eŭropan decidon pri ŝanĝo aŭ retiro de la disponoj alprenitaj surbaze de la alineo (3), se ŝanĝiĝis la cirkonstancoj kondukantaj al ilia preskribo.
5. Para efeitos do presente artigo, o membro do Conselho Europeu ou do Conselho que represente o Estado-Membro em causa não participa na votação e o Estado-Membro em causa não é tido em conta no cálculo do terço ou dos quatro quintos dos Estados-Membros previsto nos n.ºs 1 e 2. A abstenção dos membros presentes ou representados não impede a adopção das decisões europeias a que se refere o n.º 2.(5) Aplikante tiun ĉi artikolon la membro de la Eŭropa Konsilio aŭ de la Konsilio reprezentanta la koncernan membroŝtaton ne partoprenas la voĉdonon, oni ne povas konsideri la koncernan membroŝtaton ĉe kalkulo de triono, aŭ de kvar kvinonoj de la membroŝtatoj laŭ alineoj (1) aŭ (2). La sindeteno de la persone ĉeestantaj aŭ reprezentitaj membroj ne estas obstaklo de alpreno de eŭropaj decidoj menciitaj en la alineo (2).
Para a adopção das decisões europeias a que se referem os n.ºs 3 e 4, a maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 72% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros participantes que reúnam, no mínimo, 65% da população desses Estados.Ĉe alpreno de eŭropaj decidoj menciitaj en alineoj (3) kaj (4) por la kvalifikita plimulto estas bezonataj 72 % de voĉoj de konsilianoj reprezentantaj la membroŝtatojn partoprenantajn la voĉdonon kaj samtempe reprezentantaj almenaŭ 65 %-n de la loĝantaro de tiuj ĉi ŝtatoj.
Quando, na sequência de uma decisão de suspensão do direito de voto adopta da nos termos do n.º 3, o Conselho delibere, por maioria qualificada, com fundamento numa disposição da Constituição, essa maioria qualificada é a definida no segundo parágrafo; caso o Conselho delibe re sob proposta da Comissão ou do Ministro dos Negócios Estrangeiros da União, a maio ria qualificada corresponde a, pelo menos, 55% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros participantes que reúnam, no mínimo, 65% da população desses Estados. Neste último caso, a minoria de bloqueio deve ser composta por, pelo menos, o número mínimo de membros do Conselho que represente mais de 35% da população dos Estados-Membros participantes, mais um membro; caso contrário, considera-se alcançada a maioria qualificada.Se sekve de alpreno de la decido pri suspendo de voĉdonrajto laŭ alineo (3) la Konsilio decidas per kvalifikita plimulto surbaze de iu dispozicio de la Konstitucio, la difino de la kvalifikita plimulto egalas al tio fiksita en la dua subalineo, aŭ se la Konsilio decidas laŭ propono de la Komisiono aŭ de ministro de la Unio pri eksteraj aferoj, por la kvalifikita plimulto estas bezonataj almenaŭ 55 % de la voĉoj de la konsilianoj reprezentantaj la membroŝtatojn partoprenantajn la voĉdonon kaj samtempe reprezentantaj almenaŭ 65 %-n de la loĝantaro de tiuj ĉi ŝtatoj. En la lasta okazo la blokanta malplimulto devas konsisti el membroj de la Konsilio reprezentantaj pli ol 35 %-n de loĝantaro de la membroŝtatoj partoprenantaj la voĉdonon plus unu membro; manke de tio oni devas konstati kvalifikitan plimulton.
6. Para efeitos do presente artigo, o Parlamento Europeu delibera por maioria de dois terços dos votos expressos que representem a maioria dos membros que o compõem.(6) Ĉe apliko de tiu ĉi artikolo la Eŭropa Parlamento decidas per du triona plimulto de la donitaj voĉoj samtempe reprezentantaj la plimulton de siaj membroj.
Artigo I-60.º: Saída voluntária da UniãoI-60-a artikolo: Memvola eksiĝo el la Unio
1. Qualquer Estado-Membro pode decidir, em conformidade com as respectivas normas constitucionais, retirar-se da União.(1) Konforme al siaj konstituciaj postuloj iu ajn membroŝtato rajtas decidi, ke ĝi eksiĝas el la Eŭropa Unio.
2. Qualquer Estado-Membro que decida retirar-se da União notifica a sua intenção ao Conselho Europeu. Em função das orientações do Conselho Europeu, a União negocia e celebra com esse Estado um acordo que estabeleça as condições da sua saída, tendo em conta o quadro das suas futuras relações com a União. Esse acordo é negociado nos termos do n.º 3 do artigo III-325.º. O acordo é celebrado em nome da União pelo Conselho, deliberando por maioria qualificada, após aprovação do Parlamento Europeu.(2) La membroŝtato decidanta eksiĝi deklaras sian intencon al la Eŭropa Konsilio. Surbaze de la gvidlinioj donitaj de la Eŭropa Konsilio, kun tiu ĉi ŝtato la Unio daŭrigas traktadojn kaj faras interkonsenton, en kiu ili determinas la detalajn regulojn de la eksiĝo de la koncerna ŝtato konsidere ĝiajn estontajn rilatojn al la Unio. Ĉi tiun interkonsenton oni devas pritrakti konvene al la alineo (3) de la artikolo III-325-a. La interkonsenton ligas la Konsilio nome de la Unio, procedurante per kvalifikita plimulto kaj post konsento de la Eŭropa Parlamento.
3. A Constituição deixa de ser aplicável ao Estado-Membro em causa a partir da data de entrada em vigor do acordo de saída ou, na falta deste, dois anos após a notificação referida no n.º 2, a menos que o Conselho Europeu, com o acordo do Estado-Membro em causa, decida, por unanimidade, prorrogar esse prazo.(3) Ekde la validiĝo de la interkonsento pri la eksiĝo, aŭ manke de tio du jarojn post la deklaro menciita en la alineo (2) tiu ĉi Konstitucio ne estas plu aplikebla al la koncerna ŝtato, escepte se la Eŭropa Konsilio interkonsente kun la koncerna membroŝtato unuanime decidas pri la plilongigo de tiu ĉi limdato.
4. Para efeitos dos n.ºs 2 e 3, o membro do Conselho Europeu e do Conselho que representa o Estado-Membro que pretende retirar-se da União não participa nas deliberações nem nas decisões europeias do Conselho Europeu e do Conselho que lhe digam respeito.(4) En apliko de alineoj (2) kaj (3) la membro de la Eŭropa Konsilio aŭ de la Konsilio reprezentanta la eksiĝantan membroŝtaton ne partoprenas la diskutojn de la Eŭropa Konsilio aŭ de la Konsilio kaj la kreadon de la eŭropaj decidoj koncernantaj tiun ĉi ŝtaton.
A maioria qualificada corresponde a, pelo menos, 72% dos membros do Conselho, devendo estes representar Estados-Membros participantes que reúnam, no mínimo, 65% da população desses Estados.Por la kvalifikita plimulto estas bezonataj almenaŭ 72 % de voĉoj de konsilianoj reprezentantaj la membroŝtatojn partoprenantajn la voĉdonon kaj samtempe reprezentantaj almenaŭ 65 %-n de la loĝantaro de tiuj ĉi ŝtatoj.
5. Se um Estado que se tenha retirado da União voltar a pedir a adesão, será aplicável a esse pedido o processo referido no artigo I-58.º.(5) Se tiu ŝtato, kiu pli frue eksiĝis el la Unio, poste denove petas sian membriĝon, al la petskribo oni devas apliki la proceduron difinitan en la artikolo I-58-a.

PARTE II:
CARTA DOS DIREITOS FUNDAMENTAIS DA UNIÃO

II-a PARTO:
ĈARTO DE FUNDAMENTAJ RAJTOJ DE LA UNIO

PREÂMBULO

PREAMBLO

Os povos da Europa, estabelecendo entre si uma união cada vez mais estreita, decidiram partilhar um futuro de paz, assente em valores comuns.La popoloj de Eŭropo, kreante ĉiam pli proksiman unuiĝon inter si, decidis interdividi pacan estontecon surbaze de komunaj valoroj.
Consciente do seu património espiritual emoral, a União seia-se alores indivisíveis e universais ignidade o ser mano, da liberdade, da igualdade e da solidariedade; assenta nos princípios da democracia e do Estado de Direito. Ao instituir a cidadania da União e ao criar um espaço de liberdade, segurança e j ustiça, coloca o ser humano no cerne da sua acção.Konscie pri sia spirita kaj morala heredaĵo, la Unio baziĝas sur la nedisigeblaj, universalaj valoroj de la homa digno, libereco, egaleco kaj solidareco, ĝi apogas sin sur la principoj de la demokratio kaj konstitucia ŝtateco. Ĝi starigas la individuon en la centron de siaj agadoj, estigante la unian civitanecon kaj kreante areon de la libereco, sekureco kaj justo.
A União contribui para a preservação e o desenvolvimento destes valores comuns, no respeito pela diversidade das culturas e tradições dos povos da Europa, bem como da identidade nacional dos Estados-Membros e da organização dos seus poderes públicos aos níveis nacional, regional e local; procura promover um desenvolvimento equilibrado e dura douro e assegura a livre circulação das pessoas, dos serviços, dos bens e dos capitais, bem como a liberdade de estabelecimento.La Unio kontribuas al la konservado kaj pluevoluigo de ĉi tiuj komunaj valoroj samtempe respektante la diversecon de kulturoj kaj tradicioj de la eŭropaj popoloj, la naciajn identecojn de la membroŝtatoj kaj la organizon de iliaj publikaj aŭtoritatoj je naciaj, regionaj kaj lokaj niveloj; ĝi celas antaŭenigi ekvilibrigitan kaj daŭrigeblan disvolvon kaj ebligas la liberan moviĝon de personoj, varoj, servoj kaj kapitalo, kaj la liberecon de ekloĝo.
Para o efeito, é necessário, conferindo-lhes maio r visibilidade por meio de uma Carta , refo rçar a protecção dos direitos fundamentais, à luz da evolução da sociedade, do progresso social e da evolução científica e tecnológica.Tiucele estas necese plifortigi kaj deklari en Ĉarto la fundamentajn rajtojn en la lumo de la sociaj ŝanĝoj, socia progreso kaj de la scienca kaj teknologia evoluo.
A presente Carta reafirma, no respeito pelas atribuições e competências da União e na observância do princípio da subsidiariedade, os direitos que decorrem, nomeadamente, das tradições constitucionais e das obrigações internacionais comuns aos Estados-Membros, da Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, das Cartas Sociais aprovadas pela União e pelo Conselho da Europa, bem como da jurisprudência do Tribunal de Justiça da União Europeia e do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem. Neste contexto, a Carta será interpretada pelos órgãos jurisdicion ais da União e dos Estados-Membros tendo na devida conta as anotações elaboradas sob a autoridade do Praesidium da Convenção que redigiu a Carta e actualizadas sob a responsabilidade do Praesidium da Convenção Europeia.Ĉi tiu Ĉarto konfirmas, kun konvena atento al agosferoj kaj taskoj de la Unio kaj al la principo de la subsidiareco tiujn rajtojn, kiuj sekvas precipe el la komunaj konstituciaj tradicioj kaj internaciaj devontigoj de la membroŝtatoj, el la eŭropa konvencio pri la defendo de homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj, el la socialaj ĉartoj alprenitaj fare de la Unio kaj la Konsilio de Eŭropo, krome el la kazojuro de Kortumo de la Unio kaj de la Eŭropa Kortumo de Homaj Rajtoj. Konekse kun tio dum interpretado de la Ĉarto, la tribunaloj de la Unio kaj de la membroŝtatoj konvene konsideras la klarigojn faritajn sub direktado de la Prezidio de la Konvencio formulinta la Ĉarton kaj aktualigitajn ĉe respondeco de Prezidio de la Eŭropa Konvencio.
O gozo destes direitos implica responsabilidades e deveres, tanto para com as outras pessoas individualmente consideradas, como para com a comunidade humana e as gerações futuras.La praktikado de ĉi tiuj rajtoj implicas la respondecon kaj devojn koncerne la aliajn personojn, la homan komunumon kaj la estontajn generaciojn.
Assim sendo, a União reconhece os direitos, liberdades e princípios a seguir enunciados.Pro tio la Unio agnoskas la rajtojn, liberecojn kaj principojn deklaritajn ĉi sube.

TÍTULO I: DIGNIDADEI-a TITOLO: DIGNO
Artigo II-61.º Dignidade do ser humanoII-61-a artikolo: Homa digno
A dignidade do ser humano é inviolável. Deve ser respeitada e protegida.La homa digno estas netuŝebla. Ĝi estas respektenda kaj protektenda.
Artigo II-62.º Direito à vidaII-62-a artikolo: Rajto pri la vivo
1. Todas as pessoas têm direit o à vida.(1) Ĉiu homo havas rajton pri la vivo.
2. Ninguém pode ser condenado à pena de morte, nem executado.(2) Neniu povas esti kondamnita al morto aŭ ekzekutita.
Artigo II-63.º Direito à integridade do ser humanoII-63-a artikolo: Rajto pri la persona nedifektebleco
1. Todas as pessoas têm direit o ao respeito pela sua integridade física e mental.(1) Ĉiu havas rajton pri la korpa kaj spirita nedifektebleco.
2. No domínio da medicina e da biologia, devem ser respeitados, designadamente:(2) En la kampoj de medicino kaj biologio precipe la sekvaj estas respektendaj:

a) O consentimento livre e esclarecido da pessoa, nos termos da lei;

a) la netrudita kaj informita konsento de la koncerna persono, laŭ la procedoj preskribitaj en la leĝo,

b) A proibição das práticas eugénicas, nomeadamente das que têm por finalidade a selecção das pessoas;

b) la malpermeso de eŭgenikaj praktikoj, precipe tiuj celantaj la selekton de personoj,

c) A proibição de transformar o corpo humano ou as suas partes, enquanto tais, numa fonte de lucro;

c) la malpermeso de profitcela aplikado de la homa korpo kaj ĝiaj partoj,

d) A proibição da clonagem reprodutiva dos seres humanos.

d) la malpermeso de la reprodukta klonado de homaj estaĵoj.

Artigo II-64.º Proibição da tortura e dos tratos ou penas desumanos ou degradantesII-64-a artikolo: Malpermeso de torturo kaj malhumana aŭ humiliga traktado kaj puno
Ninguém pode ser submetido a tortura, nem a tratos ou penas desumanos ou degradantes.Neniu suferu torturon, malhumanan aŭ humiligan traktadon aŭ punon.
Artigo II-65.º Proibição da escravidão e do trabalho forçadoII-65-a artikolo: Malpermeso de la sklaveco kaj punlaboro
1. Ninguém pode ser sujeito a escravidão nem a servidão.(1) Neniu estu tenata en sklaveco aŭ servisteco.
2. Ninguém pode ser constra ngido a realizar trabalho forçado ou obrigatório.(2) Neniu devu fari punlaboron aŭ devigan laboron.
3. É proibido o tráfico de seres humanos.(3) Komercado per homaj estaĵoj estas malpermesata.

TÍTULO II: LIBERDADESII-a TITOLO: LIBERECOJ
Artigo II-66.º Direito à liberdade e à segurançaII-66-a artikolo: Rajto pri libereco kaj sekureco
Todas as pessoas têm direit o à liberdade e à segurança.Ĉiu havas rajton pri libereco kaj persona sekureco.
Artigo II-67.º Respeito pela vida privada e familiarII-67-a artikolo: Respekto de la privata kaj familia vivo
Todas as pessoas têm direit o ao respeito pela sua vida privada e familiar, pelo seu domicílio e pelas suas comunicações.Ĉiu havas rajton pri respekto de sia privata kaj familia vivo, hejmo kaj interkomunikado.
Artigo II-68.º Protecção de dados pessoaisII-68-a artikolo: Protekto de la personaj donitaĵoj
1. Todas as pessoas têm direit o à protecção dos dados de carácter pessoal que lhes digam respeito.(1) Ĉiu havas rajton pri la protekto de siaj personaj donitaĵoj.
2. Esses dados devem ser objecto de um tratamento leal, para fins específicos e com o consentimento da pessoa interessada ou com outro fundamento legítimo previsto por lei. Todas as pessoas têm o direit o de aceder aos dados coligidos que lhes digam respeito e de obter a respectiva rectificação.(2) Oni licas administri tiajn donitaĵojn nur honeste kaj bonafide, por difinitaj celoj, surbaze de konsento de la koncerna homo, aŭ pro iu alia, rajta, laŭleĝa kaŭzo. Ĉiu havas rajton ekkoni kaj korektigi la donitaĵojn kolektitajn pri si.
3. O cumprimento destas regras fica sujeito a fiscalização por parte de uma autoridade independente.(3) Sendependa aŭtoritato devas kontroli la respekton de ĉi tiuj reguloj.
Artigo II-69.º Direito de contrair casamento e de constituir famíliaII-69-a artikolo: Rajto pri geedziĝo kaj fondo de familio
O direito de contrair casamento e o direito de constit uir família são garantidos pelas legislações nacionais que regem o respectivo exercício.Oni devas garantii la rajton pri geedziĝo kaj fondo de familio laŭ la naciaj leĝoj reglamentantaj la praktikadon de ĉi tiuj rajtoj.
Artigo II-70.º Liberdade de pensamento, de consciência e de religiãoII-70-a artikolo: Libereco de penso, konscienco kaj religia kulto
1. Todas as pessoas têm direit o à liberdade de pensamento, de consciência e de religião. Este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, bem como a liberdade de manifestar a sua religião ou a sua convicção, individual ou colectivamente, em público ou em privado, através do culto, do ensino, de práticas e da celebração de ritos.(1) Ĉiu havas rajton pri libereco de penso, konscienco kaj religia kulto. Ĉi tiu rajto inkluzivas la liberecon al ŝanĝo de religio aŭ konvinko, kaj la esprimon de la religio aŭ konvinko kaj individue, kaj kolektive, kaj antaŭ publiko, kaj en la privata vivo, dum diservo, edukado kaj ceremonio.
2. O direito à objecção de consciência é reconhecido pelas legislações nacionais que regem o respectivo exercício.(2) Oni devas rekoni la rajton pri rifuzo de la militservo pro konsciencaj kaŭzoj, laŭ la naciaj leĝoj reglamentantaj la praktikadon de tiu ĉi rajto.
Artigo II-71.º Liberdade de expressão e de informaçãoII-71-a artikolo: Libereco de opiniesprimo kaj informiĝo
1. Todas as pessoas têm direit o à liberdade de expressão. Este direito comp reende a liberdade de opinião e a liberdade de receber e de transmitir informações ou ideias, sem que possa haver ingerência de quaisquer poderes públicos e sem consideração de fronteiras.(1) Ĉiu havas rajton pri libereco de opiniesprimo. Tiu ĉi rajto inkluzivas la liberecon de opinikreado kaj la liberecon de ekkono kaj publikigo de informoj kaj ideoj senkonsidere al landlimoj kaj sen tio, ke iu oficiala organizo povus enmiksiĝi.
2. São respeitados a liberdade e o pluralismo dos meios de comunicação social.(2) Oni devas respekti la liberecon kaj diversecon de la amaskomunikado.
Artigo II-72.º Liberdade de reunião e de associaçãoII-72-a artikolo: Libereco de kunvenado kaj asociiĝo
1. Todas as pessoas têm direit o à liberdade de reunião pacífica e à liberdade de associação a todos os níveis, nomeadamente nos domínios político, sindical e cívico, o que implica o direito de, com outrem, fundarem sindicatos e de neles se filiarem para a defesa dos seus interesses.(1) Ĉiu havas rajton pri libereco de paca kunvenado kaj pri asociiĝo kun aliaj personoj sur iu ajn nivelo kaj precipe en politikaj, sindikataj kaj civitanaj aferoj, inkluzive ĉies rajton pri fondo de kaj aliĝo al sindikato por protekti siajn interesojn.
2. Os partidos políticos ao nível da União contribuem para a expressão da vontade política dos cidadãos da União.(2) La politikaj partioj je unia nivelo kontribuas al esprimo de politika volo de la uniaj civitanoj.
Artigo II-73.º Liberdade das artes e das ciênciasII-73-a artikolo: Libereco de arta kaj scienca vivo
As artes e a investigação científica são livres. É respeitada a liberdade académica.La arto kaj la scienca esploro estas liberaj. La libereco de la scienca vivo devas esti respektata.
Artigo II-74.º Direito à educaçãoII-74-a artikolo: Rajto pri edukado
1. Todas as pessoas têm direit o à educação, bem como ao acesso à formação profissional e contínua.(1) Ĉiu havas rajton pri edukado kaj partopreno en profesia trejnado kaj pluperfektigo.
2. Este direito incl ui a possibilidade de frequentar gratuitamente o ensino obrigató rio.(2) Ĉi tiu rajto inkluzivas la eblecon de senpaga partopreno en la deviga edukado.
3. São respeitados, segundo as legislações nacionais que regem o respectivo exercício, a liberdade de criação de estabelecimentos de ensino, no respeito pelos princípios democráticos, e o direito dos pais de assegurarem a educação e o ensino dos filhos de acordo com as suas convicções religiosas, filosóficas e pedagógicas.(3) Konforme al la naciaj juraj normoj reglamentantaj la praktikadon de ĉi tiuj rajtoj kaj liberecoj, oni devas respekti la liberecon de fondo de edukaj institucioj konsiderante la demokratajn principojn, krome la rajton de la gepatroj certigi por siaj infanoj konvenan edukadon laŭ siaj religiaj, mondkonceptaj aŭ pedagogiaj konvinkoj.
Artigo II-75.º Liberdade profissional e direito de trabal harII-75-a artikolo: Libereco de elekto de la okupiĝo kaj rajto pri laborprenado
1. Todas as pessoas têm o direito de trabalhar e de exercer uma profissão livremente escolhida ou aceite.(1) Ĉiu havas rajton pri laborprenado kaj praktikado de libere elektita aŭ akceptita okupiĝo.
2. Todos os cidadãos da União têm a liberdade de procurar emprego, de trabalhar, de se estabelecer ou de prestar serviços em qualquer Estado-Membro.(2) La uniaj civitanoj havas rajton pri libera serĉado de posteno, laborprenado, ekloĝo kaj servodonado en iu ajn membroŝtato de la Unio.
3. Os nacionais de países terceiros que sejam autorizados a trabalhar no território dos Estados-Membros têm direito a condições de trabalho equivalentes àquelas de que beneficiam os cidadãos da União.(3) Ŝtatanoj de triaj landoj, kiuj disponas pri permeso de laborprenado sur teritorio de la membroŝtatoj, havas rajton pri la samaj laborkondiĉoj, kiujn havas la uniaj civitanoj.
Artigo II-76.º Liberdade de empresaII-76-a artikolo: Libereco de la entreprenado
É reconhecida a liberdade de empresa, de acordo com o direito da União e as legislações e práticas nacionais.Oni devas rekoni la liberecon de la entreprenado konforme al la unia juro kaj al la naciaj juraj normoj kaj praktikoj.
Artigo II-77.º Direito de propriedadeII-77-a artikolo: Rajto pri proprietaĵo
1. Todas as pessoas têm o direito de fruir da propriedade dos seus bens legalmen te adquiridos, de os utilizar, de dispor deles e de os transmitir em vida ou por morte. Ninguém pode ser privado da sua propriedade, excepto por razões de utilidade pública, nos casos e condições previstos por lei e mediante justa indemnização pela respectiva perda, em tempo ú til. A utilização dos bens pode ser regulamentada por lei n a medida do necessário ao interesse geral.(1) Ĉiu havas rajton posedi, uzi, disponi kaj herede postlasi sian laŭleĝe akiritan proprietaĵon. Neniu povas esti senigita de sia proprietaĵo, escepte se tio okazas pro la publika intereso, en okazo kaj kun kondiĉoj preskribitaj en leĝo, kaj pro la suferita perdo ĉe kompenso pagita en deca tempo kaj per laŭmerita monsumo. Oni povas reguligi la uzon de la proprietaĵo per leĝo, en mezuro necesigita fare de la ĝenerala intereso.
2. É protegida a proprie dade intelectual.(2) La intelekta proprietaĵo ĝuas protekton.
Artigo II-78.º Direito de asiloII-78-a artikolo: Azilrajto
É garantido o direito de asilo, no quadro da Convenção de Genebra de 28 de Julho de 1951 e do Protocolo de 31 de Janeiro de 1967, relativos ao Estatuto dos Refugiados, e nos termos da Constituição.Oni devas garantii la azilrajton en akordo kun dispozicioj de la Ĝeneva Konvencio (28-a de julio, 1951) kaj de la Protokolo pri la jura statuso de rifuĝintoj (31-a de januaro 1967), kaj en akordo kun la Konstitucio.
Artigo II-79.º Protecção em caso de afastamento, expulsão ou extradiçãoII-79-a artikolo: Protekto kontraŭ la translimigo, elpelo (relegacio) kaj ekstradicio
1. São proibidas as expulsões colectivas.(1) La kolektiva elpelo (relegacio) estas malpermesata.
2. Ninguém pode ser afastado, expulso ou extraditado para um Estado onde corra sério risco de ser sujeito a pena demorte, ortura a tros tratos nas esumanos ou degradantes.(2) Neniu povas esti translimigita, elpelita (relegaciita) aŭ ekstradiciita en tian ŝtaton, kie lin/ŝin grave minacas la danĝero esti kondamnita al morto, turmentita aŭ submetita al alia, malhumana traktado aŭ puno.

TÍTULO III: IGUALDADEIII-a TITOLO: EGALECO
Artigo II-80.º Igualdade perante a leiII-80-a artikolo: Egaleco antaŭ la leĝo
Todas as pessoas são iguais perante a lei.Ĉiu estas egala antaŭ la leĝo.
Artigo II-81.º Não discriminaçãoII-81-a artikolo: Malpermeso de la diskriminacio
1. É proibida a discriminação em razão, designadamente, do sexo, raça, cor ou origem étnica ou social, características genéticas, língua, religião ou convicções, opiniões políticas ou outras, pertença a uma minoria nacional, riqueza, nascimento, deficiência, idade ou orientação sexual.(1) Ĉiu diskriminacio, tiel precipe la diskriminacio surbaze de sekso, raso, haŭtkoloro, etna aŭ socia deveno, genetika eco, lingvo, religio aŭ konvinko, politika aŭ alia opinio, aparteno al nacia malplimulto, proprietaĵo, naskiĝo, handikapiteco, aĝo aŭ seksa orientiĝo estas malpermesita.
2. No âmbito de aplicação da Constituição e sem prejuízo das suas disposições específicas, é proibida toda a discriminação em razão da nacionalidade.(2) En la aplikokampo de la Konstitucio kaj sen ofendo de la specialaj dispozicioj fiksitaj en ĝi, ĉiu diskriminacio surbaze de ŝtataneco estas malpermesita.
Artigo II-82.º Diversidade cultural, religiosa e linguísticaII-82-a artikolo: Kultura, religia kaj lingva diverseco
A União respeita a diversidade cultural, religiosa e linguística.La Unio respektas la kulturan, religian kaj lingvan diversecon.
Artigo II-83.º Igualdade entre homens e mulheresII-83-a artikolo: Egaleco inter viroj kaj virinoj
Deve ser garantida a igualdade entre homens e mulheres em todos os domínios, incluindo em matéria de emprego, trabalho e remuneração.Oni devas garantii la egalecon inter viroj kaj virinoj sur ĉiu kampo, tiel ankaŭ sur la kampoj de la dungado, laborplenumo kaj salajro.
O princípio da igualdade não obsta a que se mantenham ou adoptem medidas que prevejam regalias específicas a favor do sexo sub-representado.La principo de la egaleco ne obstaklas la kreadon kaj konservadon de dispozicioj garantiantaj specialajn avantaĝojn por la sekso reprezentita en pli malalta proporcio.
Artigo II-84.º Direitos das criançasII-84-a artikolo: Rajtoj de infanoj
1. As crianças têm d ireito à protecção e aos cuidados necessários ao seu bem-estar. Podem exprimir livremente a sua opinião, que será tomada em consideração nos assuntos que lhes digam respeito, em função da sua idade e maturidade.(1) La infanoj havas rajton pri la protekto kaj prizorgado, bezonataj al ilia bonstato. La infanoj rajtas libere esprimi sian opinion. Ilia opinio devas esti konsiderata en aferoj ilin koncernantaj, konvene al ilia aĝo kaj matureco.
2. Todos os actos relativos às crianças, quer praticados por entidades públicas, quer por instituições privadas, terão primacialmente em conta o interesse superior da criança.(2) En la agado de instancoj kaj privataj institucioj konekse kun infanoj la primara vidpunkto devas esti la intereso de la infanoj, super ĉio alia.
3. Todas as crianças têm o direito de manter regularmente relações pessoais e contactos directos com ambos os progenitores, excepto se isso for contrário aos seus interesses.(3) Ĉiu infano havas rajton daŭrigi regulan, personan kaj rektan rilaton kun ambaŭ siaj gepatroj, escepte se ĝi kontraŭas liajn/ŝiajn interesojn.
Artigo II-85.º Direitos das pessoas idosasII-85-a artikolo: Rajtoj de maljunuloj
A União reconhece e respeita o direito das pessoas idosas a uma existência condigna e independente e à sua participação na vida social e cultural.La Unio agnoskas kaj respektas la rajton de la maljunuloj pri digna kaj memstara vivo, kaj pri partopreno en la socia kaj kultura vivoj.
Artigo II-86.º Integração das pessoas com deficiênciaII-86-a artikolo: Integriĝo de la handikapuloj
A União reconhece e respeita o direito das pessoas com deficiência a beneficiarem de medidas destinadas a assegurar a sua autonomia, a sua inte gração social e profissional e a sua participação na vida da comunidade.La Unio agnoskas kaj respektas la rajton de la handikapuloj, ke oni kreu por ili tiajn disponojn, kies celo estas la garantio de ilia memstareco, socia kaj okupa integriĝo kaj partopreno en la komunuma vivo.

TÍTULO IV: SOLIDARIEDADEIV-a TITOLO: SOLIDARECO
Artigo II-87.º Direito à informação e à consulta dos trabalhadores na empresaII-87-a artikolo: Rajto de laborprenantoj pri la informado kaj konsultado ĉe la entrepreno
Deve ser garantida aos níveis apropriados, aos trabalhadores ou aos seus representantes, a informação e consulta, em tempo útil , nos casos e nas condições prev istos pelo direito da União e pelas legislações e práticas nacionais.Por laborprenantoj aŭ siaj reprezentantoj oni devas garantii la informadon kaj konsultadon sur konvena nivelo kaj en deca tempo, en la kazoj kaj kun kondiĉoj difinitaj en la unia juro, naciaj juraj normoj kaj praktikoj.
Artigo II-88.º Direito de negociação e de acção colectivaII-88-a artikolo: Rajto pri kolektiva traktado kaj ago
Os trabalhadores e as entidades patronais, ou as respectivas organizações, têm, de acor do com o direito da União e as legislações e práticas nacionais, o direito de neg ociar e de celebrar convenções colectivas aos níveis apropriados, bem como de recorrer, em caso de conflito de interesses, a acções colectivas para a defesa dos seus interesses, incluindo a greve.Konforme al la unia juro, naciaj juraj normoj kaj praktikoj, la laborprenantoj, labordonantoj, respektive iliaj organizoj havas rajton daŭrigi kolektivajn traktadojn sur konvena nivelo kaj ligi kolektivajn kontraktojn, krome okaze de interpuŝiĝo de interesoj por defendi siajn interesojn agi komune, inkluzive ankaŭ la strikon.
Artigo II-89.º Direito de acesso aos serviços de empregoII-89-a artikolo: Rajto pri uzado de dungoficejaj servoj
Todas as pessoas têm direit o de acesso g ratuito a um serviço de emprego.Ĉiu havas rajton pri uzado de senpagaj servoj de laborpera agentejo.
Artigo II-90.º Protecção em caso de despedimento sem j usta causaII-90-a artikolo: Protekto kontraŭ senmotiva maldungo
Todos os trabalhadores têm direito a protecção contra os despedimentos sem justa causa, de acordo com o direito da União e com as legislações e práticas nacionais.En akordo kun la unia juro, naciaj juraj normoj kaj praktikoj ĉiu laborprenanto havas rajton pri la protekto kontraŭ senmotiva maldungo.
Artigo II-91.º Condições de trabalho justas e equitativasII-91-a artikolo: Honestaj kaj justaj laborkondiĉoj
1. Todos os trabalhadores têm d ireito a condições de trabalho saudáveis, seguras e dignas.(1) Ĉiu laborprenanto havas rajton pri laborkondiĉoj respektantaj sian sanon, sekurecon kaj dignon.
2. Todos os trabalhadores têm d ireito a uma limitação da duração máxima do trabalho e a períodos de descanso diário e semanal, bem como a um período anual de férias pagas.(2) Ĉiu laborprenanto havas rajton pri la restrikto de la supra limo de labortempo, pri la ĉiutaga kaj ĉiusemajna ripoztempo, kaj pri la ĉiujara pagata ferio.
Artigo II-92.º Proibição do trabalho infantil e protecção dos jovens no trabalhoII-92-a artikolo: Malpermeso de la infanlaboro kaj la laboreja protekto de la gejunuloj
É proibido o trabalho infantil. A idade mínima de admissã o ao trabalho não pode ser inferior à idade em que cessa a escolaridade obrigatória, sem prejuízo de disposições mais favoráveis aos jovens e salvo derrogações bem delimitadas.La dungado de infanoj estas malpermesata. La malsupra aĝlimo de la dungado – sen ofendo de reguloj pli favoraj por la gejunuloj kaj kun limigitaj esceptoj – ne povas esti pli malalta ol la supra limo de la lernejana aĝo.
Os jovens admitidos ao trabalho devem beneficiar de condições de trabalho adaptadas à sua idade e de protecção contra a exploração económica e contra todas as actividades susceptíveis de prejudicar a sua segurança, saúde ou desenvolvimento físic o, mental, moral ou social, ou ainda de pôr em causa a sua educação.Oni devas garantii por la junaj laborprenantoj laborkondiĉojn konvenajn al ilia aĝo, protekti ilin kontraŭ la ekonomia ekspluatado kaj de ĉiu laboro, kiu povas ofendi ilian sekurecon, sanon, fizikan, spiritan, moralan, socialan evoluon, aŭ povas konflikti kun ilia edukado, instruado.
Artigo II-93.º Vida familiar e vida profissionalII-93-a artikolo: Familio kaj laboro
1. É assegurada a protecção da família nos planos jurídico, económico e so cial.(1) La familio ĝuas juran, ekonomian kaj socialan protektojn.
2. A fim de poderem conciliar a vida familiar e a vida profissional, todas as pessoas têm d ireito a protecção contra o despedimento por moti vos ligados à maternidade, bem como a uma licença por maternidade paga e a uma licença parental pelo nascimento ou adopção de um filho.(2) Por konformigi la familion kaj la profesian laboron ĉiu havas rajton pri protekto kontraŭ maldungo lige al patrineco, kaj ĉiu rajtas pri pagata akuŝa kaj gepatra ferio post nasko aŭ adoptado de infano.
Artigo II-94.º Segurança social e assistência socialII-94-a artikolo: Sociala sekureco kaj sociala helpo
1. A União reconhece e respeita o direito de acesso às prestações de segurança social e aos serviços sociais que concedem protecção em casos como a maternidade, doença, acidentes de trabalho, dependência ou velhice, bem como em caso de perda de emprego, de acordo com o direito da União e com as legislações e práticas nacionais.(1) Konforme al la reguloj determinitaj fare de la unia juro, naciaj juraj normoj kaj praktikoj, la Unio agnoskas kaj respektas la rajtigitecon pri la socialaj sekurecaj provizadoj kaj socialaj priservadoj, kiuj donas ŝirmon okaze de patrineco, malsano, laborloka akcidento, bezono al prizorgado aŭ maljuna aĝo, krome okaze de perdo de laborloko.
2. Todas as pessoas que residam e se desloquem legalmente no interior da União têm di reito às prestações de segurança s ocial e às regalias sociais nos termos do direito da União e das legislações e práticas nacionais.(2) Konforme al la unia juro, la naciaj juraj normoj kaj praktikoj, ĉiu persono laŭleĝe havanta loĝlokon ene de la Eŭropa Unio, kaj laŭleĝe ŝanĝanta sian restadlokon, rajtas pri socialaj sekurecaj provizadoj kaj socialaj favoraĵoj.
3. A fim de lutar contra a exclusão social e a pobreza, a União reconhece e respeita o direito a uma assistência social e a uma ajuda à habitação destinadas a assegurar uma existência condigna a todos aqueles que não disponham de recursos suficientes, de acordo com o direito da União e com as legislações e práticas nacionais.(3) En akordo kun la reguloj de la unia juro, la naciaj juraj normoj kaj praktikoj, por forigi la socialan ekskludon kaj malriĉecon, la Unio agnoskas kaj respektas la rajton pri sociala kaj loĝeja subtenoj celantaj la honestan ekzistadon okaze de ĉiuj, kiuj ne havas kontentigajn financajn rimedojn por ties realigo.
Artigo II-95.º Protecção da saúdeII-95-a artikolo: Sanprotektado
Todas as pessoas têm o direito de aceder à prevenção em matéria de saúde e de beneficiar de cuidados médicos, de acordo com as legislações e práticas nacionais. Na definição e execução de todas as políticas e acções da União, será assegurado um elevado nível de protecção da saúde humana.Ĉiu havas rajton pri uzado de preventa sanitara prizorgado, kaj pri kuracado, laŭ la kondiĉoj fiksitaj en la naciaj juraj normoj kaj praktikoj. Dum la determinado kaj plenumo de ĉiuj uniaj politikoj kaj agoj oni devas garantii la altan nivelon de la homa sanprotektado.
Artigo II-96.º Acesso a serviços de interesse económico geralII-96-a artikolo: Aliro al priservadoj de ĝenerala ekonomia intereso
A União reconhece e respeita o acesso a serviços de interesse económico geral tal como previsto nas legislações e práticas nacionais, de acordo com a Constituição, a fim de promover a coesão social e territorial da União.La Unio agnoskas kaj respektas la aliron al priservadoj de ĝenerala ekonomia intereso por antaŭenigo de la sociala kaj teritoria kohereco de la Unio laŭ la naciaj juraj normoj kaj praktikoj kaj en akordo kun la Konstitucio.
Artigo II-97.º Protecção do ambienteII-97-a artikolo: Medioprotektado
Todas as políticas da União devem integrar um elevado nível de protecção do ambiente e a melho ria da sua qualidade, e assegurá-los de acordo com o princípio do desenvolvimento su stentável.Oni devas integri la altnivelan medioprotektadon kaj la plibonigon de kvalito de la medio en la uniajn politikojn, kaj oni devas garantii ilian realiĝon en akordo kun la principo de la daŭrigebla disvolvo.
Artigo II-98.º Defesa dos consumidoresII-98-a artikolo: Protekto de konsumantoj
As políticas da União devem assegurar um elevad o nível de defesa dos consumidores.Oni devas garantii en la politikoj de la Unio la altan nivelon de la protekto de konsumantoj.

TÍTULO V: CIDADANIAV-a TITOLO: CIVITANAJ RAJTOJ
Artigo II-99.º Direito de eleger e de ser eleito nas eleições para o Parlamento EuropeuII-99-a artikolo: Aktiva kaj pasiva elektorajto en la eŭropaj parlamentaj elektadoj
1. Todos os cidadãos da União gozam do direito de eleger e de serem eleitos para o Parlamento Europeu no Estado-Membro de residência, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado.(1) Ĉiu unia civitano havas elektorajton kaj estas elektebla en la eŭropaj parlamentaj elektoj de la membroŝtato, kie sia loĝloko estas, laŭ la samaj kondiĉoj, kiel la civitanoj de la koncerna membroŝtato.
2. Os membros do Parlamento Europeu são eleitos por sufrágio universal directo, livre e secreto.(2) La membroj de la Eŭropa Parlamento estas elektataj surbaze de rekta kaj ĝenerala elektorajto, en liberaj kaj sekretaj elektadoj.
Artigo II-100.º Direito de eleger e de ser eleito nas eleições municipaisII-100-a artikolo: Aktiva kaj pasiva elektorajto en la komunumaj elektadoj
Todos os cidadãos da União gozam do direito de eleger e de serem eleitos nas eleições municipais do Estado-Membro de residência, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado.Ĉiu unia civitano havas elektorajton kaj estas elektebla en la komunumaj elektadoj de la membroŝtato, kie sia loĝloko estas, laŭ la samaj kondiĉoj, kiel la civitanoj de la koncerna membroŝtato.
Artigo II-101.º Direito a uma boa administraçãoII-101-a artikolo: Rajto pri konvena aferaranĝado
1. Todas as pessoas têm direito a que os seus assuntos sejam tratados pelas instituições, órgãos e organismos da União de forma imparcial, equitativa e num prazo razoável.(1) Ĉiu havas rajton pri aranĝado de siaj aferoj fare de la institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio, sen influiteco, honeste kaj ene de racia tempodaŭro.
2. Este direito compree nde, nomeadamente:(2) Tiu ĉi rajto inkluzivas:

a) O direito de qual quer pessoa a ser ouvida antes de a seu respeito ser tomada qualquer medida individual que a afecte desfavora velmente;

a) ĉies rajton pri tio, ke li/ŝi estu aŭskultata antaŭ la eldiro de individuaj disponoj lin/ŝin tuŝantaj malavantaĝe,

b) O direito de qual quer pessoa a ter acesso aos processos que se lhe refiram, no respeito pelos legítimos interesses da confidencialidade e do segredo profissional e comercial;

b) ĉies rajton pri enrigardo en la dosieron lin/ŝin koncernantan, ĉe respekto de laŭleĝaj interesoj al konfidenceco kaj al la fakaj kaj negocaj sekretoj,

c) A obrigação, por parte da administração, de fundamentar as suas decisões.

c) tiujn devontigojn de la administraj organoj, ke ili prezentu la motivojn de siaj decidoj.

3. Todas as pessoas têm direit o à reparação, por parte da União, dos danos causados pelas suas instituições ou pelos seus agentes no exercício das respectivas funções, de acordo com os princípios gerais comuns às legislações dos Estados-Membros.(3) Ĉiu havas rajton pri tio, ke la Unio kompensu por li/ŝi la damaĝojn kaŭzitajn fare de siaj institucioj kaj dungitoj dum plenumo de ilia tasko, surbaze de la komunaj, ĝeneralaj principoj fiksitaj en la juro de la membroŝtatoj.
4. Todas as pessoas têm a possibilidade de se dirigir às instituições da União numa das línguas da Constituição, devendo obter uma resposta na mesma língua.(4) Ĉiu havas eblecon sin turni skribe en iu ajn lingvo de la Konstitucio al la institucioj de la Unio, kaj en la sama lingvo ricevi respondon.
Artigo II-102.º Direito de acesso aos docume ntosII-102-a artikolo: Rajto pri aliro al la dokumentoj
Qualquer cidadão da União, bem como qualquer pessoa singular ou colectiva com residência ou sede social num Estado-Membro, tem d ireito de acesso aos docume ntos das instituições, órgãos e organismos da União, seja qual for o suporte desses documentos.Kiu ajn unia civitano, kaj natura aŭ jura persono havanta loĝlokon aŭ rezidejon laŭ estiganta dokumento en iu membroŝtato, rajtas aliri al la dokumentoj de la institucioj, organoj, oficejoj kaj agentejoj de la Unio, sendepende de ilia aperformo.
Artigo II-103.º Provedor de Justiça EuropeuII-103-a artikolo: La eŭropa mediaciisto
Qualquer cidadão da União, bem como qualquer pessoa singular ou colectiva com residência ou sede social num Estado-Membro, tem o d ireito de aprese ntar petições ao Provedor de Justiça Europeu, respeitantes a casos de má administração na actuação das instituições, órgãos ou organismos da União, com excepção do Tribunal de Justiça da União Europeia no exercício das respectivas funções jurisdicionais.Kiu ajn unia civitano, kaj natura aŭ jura persono havanta loĝlokon aŭ rezidejon laŭ estiganta dokumento en iu membroŝtato, rajtas sin turni al la eŭropa mediaciisto okaze de oficaj misuzoj prezentiĝantaj dum la aktiveco de la institucioj, organoj, oficejoj aŭ agentejoj de la Unio, – escepte de la Kortumo de la Eŭropa Unio aganta en sia jurisdikcia agosfero.
Artigo II-104.º Direito de petiçãoII-104-a artikolo: La rajto pri peticio
Qualquer cidadão da União, bem como qualquer pessoa singular ou colectiva com residência ou sede social num Estado-Membro, goza do direito de petição ao Parlamento Europeu.Kiu ajn unia civitano, kaj natura aŭ jura persono havanta loĝlokon aŭ rezidejon laŭ estiganta dokumento en iu membroŝtato, rajtas prezenti peticion al la Eŭropa Parlamento.
Artigo II-105.º Liberdade de circulação e de permanênciaII-105-a artikolo: Libera moviĝo kaj restado
1. Qualquer cidadão da União goza do direito de circular e permanecer livremente no território dos Estados-Membros.(1) Ĉiu unia civitano rajtas libere moviĝi kaj restadi en la teritorio de la membroŝtatoj.
2. Pode ser concedida liberdade de circulação e de permanência, de acordo com a Constituição, aos nacionais de países terceiros que residam legalmente no território de um Estado-Membro.(2) En akordo kun la Konstitucio la libereco de moviĝo kaj restado estas garantiebla ankaŭ por tiuj civitanoj de tria lando, kiuj legitime restadas sur la teritorio de la membroŝtatoj.
Artigo II-106.º Protecção diplomática e consularII-106-a artikolo: Diplomatia kaj konsula protekto
Todos os cidadãos da União beneficiam, no território de países terceiros em que o Estado-Membro de que são nacionais não se encontre representado, de protecção por parte das autoridades diplomáticas e consulares de qualquer Estado-Membro, nas mesmas condições que os nacionais desse Estado.Kiu ajn civitano de la Unio rajtas uzi la protekton de la diplomatiaj aŭ konsulaj instancoj de iu ajn membroŝtato sur la teritorio de tia tria lando, kie la membroŝtato laŭ lia/ŝia ŝtataneco ne havas reprezentejon, laŭ la samaj kondiĉoj kiel la civitanoj de la koncerna membroŝtato.

TÍTULO VI: JUSTIÇAVI-a TITOLO: JURISDIKCIO
Artigo II-107.º Direito à acção e a um tribunal imparcialII-107-a artikolo: La rajto pri efika jura revizio kaj honesta tribunala debato
Toda a pessoa cujos direitos e liberdades garantidos pelo direito da Un ião tenham sido violados tem direito a uma acção perante um tribunal nos termos previstos no presente artigo.Ĉiu, kies rajtoj kaj liberecoj (garantiitaj fare de la juro de la Unio) estis ofenditaj, okaze de la kondiĉoj difinitaj en tiu ĉi artikolo, antaŭ la tribunalo havas rajton pri efika jura revizio.
Toda a pessoa tem d ireito a que a sua causa seja julgada de forma equitativa, publicamente e num prazo razoável, por um tribunal independente e imparcial, previamente estabelecido por lei. Toda a pessoa tem a possibilidade de se fazer aconselhar, defender e representar em juízo.Ĉiu havas rajton pri tio, ke sian aferon la pli frue, fare de la leĝo estigita, sendependa kaj neŭtrala tribunalo pritraktu honeste, publike kaj ene de racia tempodaŭro. Oni devas garantii por ĉiuj la eblecon por uzi konsultiĝon, defendon kaj reprezentadon.
É concedida assistência judiciária a quem não disponha de recursos suficientes, na medida em que essa assistência seja necessária para garan tir a efectividade do acesso à justiça.Por tiuj, kiuj ne havas sufiĉajn, monajn rimedojn, oni devas garantii senpagan juran helpon, se tiu ĉi helpo estas bezonata al la efika uzo de la jurisdikcio.
Artigo II-108.º Presunção de inocência e direitos de d efesaII-108-a artikolo: La hipotezo de senkulpeco kaj la rajto pri defendo
1. Todo o arguido se presume inocente enquanto não tiver sido legalmente provada a sua culpa.(1) Oni devas supozi senkulpa ĉiujn suspektatajn personojn, ĝis kiam ilia kulpeco ne estos konstatita konvene al la leĝo.
2. É garantido a todo o arguido o respeito dos direitos de d efesa.(2) Oni devas garantii por ĉiu suspektato la respekton de lia/ŝia rajto pri la defendo.
Artigo II-109.º Princípios da legalidade e da proporcionalidade dos delit os e das penasII-109-a artikolo: La principoj de la leĝeco kaj proporcieco de la krimagoj kaj punoj
1. Ninguém pode ser condenado por u ma acção ou por uma omissão que, no momento da sua prática, não constituía infracção perante o direito nacional ou o direito inter nacional. Do mesmo modo, não pode ser imposta uma pena mais grave do que a aplicável no momento em que a infracção foi praticada. Se, posteriormente à infracção, a lei previr uma pena mais leve, deve ser essa a pena aplicada.(1) Neniu estu kondamnita pro tia krimago aŭ neglektado, kiu dum la krimfaro surbaze de la hejmlanda aŭ internacia juro ne estis krimago. Tiel same oni ne rajtas surmeti pli severan punon, ol kiu estis aplikebla en la tempo de la krimfaro. Se post la efektivigo de iu krimago la leĝo ordonas surmeti pli mildan punon, oni devas apliki la pli mildan punon.
2. O presente artigo não prejudica a sentença ou a pena a que uma pessoa tenha sido condenada por uma acção ou por uma omissão que, no momento da sua prática, constituía crime segundo os princípios gerais reconhecidos por todas as nações.(2) Tiu ĉi artikolo ne ekskludas la alkondukon antaŭ la tribunalon kaj la punadon de iu persono pro tia krimago aŭ neglektado, kiu en la tempo de la efektivigo estis krimago laŭ la ĝeneralaj principoj rekonitaj fare de la komunumo de la nacioj.
3. As penas não devem ser desproporcionadas em relação à infracção. (3) La severeco de la punoj ne povas esti senproporcia, kompare al la krimago.
Artigo II-110.º Direito a não ser julgado ou punido penalmente mais do que uma vez pelo mesmo delitoII-110-a artikolo: Malpermeso de la duobla procedurigo kaj duobla puno
Ninguém pode ser julgado ou punido penalmente por um delito do qual já tenha sido absolvido ou pelo qual já tenha sido condenado na União por sentença transitada em julgado, nos termos da lei.Neniu estu procedurigita aŭ punita pro tia krimago, pro kiu li/ŝi en la Unio konforme al la leĝo jam estis valide absolvita aŭ kondamnita.

TÍTULO VII: DISPOSIÇÕES GERAIS QUE REGEM A INTERPRETAÇÃO E A APLICAÇÃO DA CARTAVII-a TITOLO: ĜENERALAJ DISPOZICIOJ KONCERNE LA INTERPRETADON KAJ APLIKON DE LA ĈARTO
Artigo II-111.º Âmbito de aplicaçãoII-111-a artikolo: Aplikokampo
1. As disposições da presente Carta têm por destinatários as instituições, órgãos e organismos da União, na observância do princípio da subsidiariedade, bem como os Estados-Membros, apenas quando apliquem o direito da União. Assim sendo, devem respeitar os direitos, observar os princípios e promover a sua aplicação, de acordo com as respectivas competências e observando os limites das competências conferidas à União por outras partes da Constituição.(1) La adresitoj de la dispozicioj de tiu ĉi Ĉarto – ĉe konvena konsidero de principo de la subsidiareco – estas la institucioj, organoj oficejoj kaj agentejoj de la Unio, kaj la membroŝtatoj tiagrade, kiagrade ili plenumas la juron de la Unio. Konforme al tio ili – en sia agosfero kaj ene de la limoj de agorajtoj havigitaj al la Unio en la ceteraj partoj de la Konstitucio – respektas la rajtojn kaj principojn inkluditajn en tiu ĉi Ĉarto, kaj ili antaŭenigas la aplikadon de tiuj.
2. A presente Carta não torna o âmbito de aplicação do direito da Un ião extensivo a competências que não sejam as da União, não cria quaisquer novas atribuições ou competências para a União, nem modifica as atribuições e competências definidas por outras partes da Constituição.(2) Tiu ĉi Ĉarto ne ampleksigas la aplikokampon de la unia juro trans la agorajtojn de la Unio, krome ne kreas novajn agorajtojn aŭ taskojn por la Unio, kaj ne modifas la agorajtojn kaj taskojn difinitajn en la ceteraj partoj de la Konstitucio.
Artigo II-112.º Âmbito e interpretação dos direitos e do s princípiosII-112-a artikolo: La valido kaj interpretado de la rajtoj kaj principoj
1. Qualquer restrição ao exercício dos direitos e liberdades reconhecidos pela presente Carta deve ser prevista por lei e respeitar o conteúdo essencial desses direitos e liberdades. Na observância do princípio da proporcionalidade, essas restrições só podem ser introduzidas se forem necessárias e corresponderem efectivamente a objectivos de interesse geral reconhecidos pela União, ou à necessidade de protecção dos direitos e liberdades de terceiros.(1) La praktikado de la rajtoj kaj liberecoj rekonitaj en tiu ĉi Ĉarto restrikteblas nur en leĝo kaj ĉe respekto de la esenca enhavo de tiuj ĉi rajtoj kaj liberecoj. Atente pri la principo de la proporcieco ilia restrikto eblas nur en tiu okazo, se ĝi estas neforlasebla kaj efektive servas la ĝeneralinteresajn celdifinojn rekonitajn de la Unio, aŭ la defendon de rajtoj kaj liberecoj de aliuloj.
2. Os direitos reconhecidos pela presente Carta que se regem por disposições constantes de outras partes da Constituição são exercidos de acordo com as condições e limites nelas definidos.(2) La rajtoj rekonitaj en la Ĉarto kaj reglamentitaj en la ceteraj partoj de la Konstitucio estas praktikeblaj nur ĉe kondiĉoj kaj limigoj tie difinitaj.
3. Na medida em que a presente Carta contenha direitos correspondentes aos direitos garantidos pela Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, o sentido e o âmbito desses direitos são iguais aos conferidos por essa Convenção. Esta disposição não obsta a que o direito da União confira uma protecção mais ampla.(3) Se tiu ĉi Ĉarto enhavas tiujn rajtojn, kiuj konvenas al la rajtoj garantiitaj en la eŭropa interkonsento pri defendo de homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj, tiam la enhavon kaj amplekson de tiuj ĉi rajtoj oni devas konsideri identaj kun tiuj, kiuj troviĝas en la menciita interkonsento. Tiu ĉi dispozicio ne malhelpas, ke la juro de la Unio donu pli ampleksan defendon.
4. Na medida em que a presente Carta reconheça direitos fundamentais decorrentes das tradições constitucionais comuns aos Estados-Membros, tais direitos dev em ser interpretados de harmonia com essas tradições.(4) Se ĉi tiu Ĉarto rekonas fundamentajn rajtojn devenantajn el la komunaj, konstituciaj tradicioj de la membroŝtatoj, tiam oni devas interpreti tiujn ĉi rajtojn en akordo kun tiuj tradicioj.
5. As disposições da presente Carta que contenham princípios podem ser aplicadas através de actos legislativos e executivos tomados pelas instituições, órgãos e organismos da União e por actos dos Estados-Membros quando estes apliqu em o direito da União, no exercício das respectivas competências. Só serão invoca das perante o juiz tendo em vista a interpretação desses actos e a fiscalização da sua legalidade.(5) La dispozicioj de ĉi tiu Ĉarto inkludantaj bazajn principojn estas efektivigeblaj pere de leĝdonaj kaj plenumaj aktoj alprenitaj fare de la institucioj, organoj oficejoj, kaj agentejoj de la Unio dum praktikado de siaj agorajtoj, kaj pere de juraj aktoj alprenitaj fare de la membroŝtatoj por plenumi la unian juron. Oni povas invoki ĉi tiujn dispoziciojn antaŭ la tribunalo nur okaze de interpretado aŭ prijuĝo de la legitimeco de ĉi tiuj juraj aktoj.
6. As legislações e práticas nacionais devem ser plenamente tidas em conta tal como precisado na presente Carta.(6) Oni devas plene konsideri la naciajn jurajn normojn kaj praktikojn laŭ la difinoj en ĉi tiu Ĉarto.
7. Os órgãos jurisdicionais da União e dos Estados-Membros têm em devida conta as anotações destinadas a orientar a interpretação da Carta dos Direitos Fundamentais.(7) La Kortumo de la Unio kaj la tribunaloj de la membroŝtatoj devas konvene konsideri la klarigojn pretiĝintajn kiel gvidlinioj por interpretado de la Ĉarto de Fundamentaj Rajtoj.
Artigo II-113.º Nível de protecçãoII-113-a artikolo: La nivelo de la protekto
Nenhuma disposição da presente Carta deve ser interpretada no sentido de restringir ou lesar os direitos do Ho mem e as liberdades fundamentais reconhecidos, nos respectivos âmbitos de aplicação, pelo direito da Un ião, o direito inter nacional e as Convenções internacionais em que são Partes a União ou todos os Estados-Membros, nomeadamente a Convenção Europeia para a Protecção dos Direitos do Homem e das Liberdades Fundamentais, bem como pelas Constituições dos Estados-Membros.Neniu el la dispozicioj de ĉi tiu ĉarto estas interpretebla tiel, ke ĝi restriktas aŭ tuŝas malavantaĝe tiujn homajn rajtojn kaj fundamentajn liberecojn, kiujn – en siaj aplikokampoj – rekonas la juro de la Unio, la internacia juro, la konstitucioj de la membroŝtatoj, krome la internaciaj interkonsentoj ligitaj ĉe partopreno de la Unio kaj ĉiuj membroŝtatoj, tiel precipe la eŭropa konvencio pri la protekto de homaj rajtoj kaj fundamentaj liberecoj.
Artigo II-114.º Proibição do abuso de direitoII-114-a artikolo: La malpermeso de la misuzo per la rajto
Nenhuma disposição da presente Carta deve ser interpretada no sentido de implicar qualquer direito de exercer actividades ou praticar actos que visem a destruição dos direitos ou liberdades por ela reconhecidos ou restrições desses direitos e liberdades maiores do que as previstas na presente Carta.Neniu el la dispozicioj de ĉi tiu Ĉarto estas interpretebla tiel, ke ĝi donus iun ajn rajton por daŭrigi aŭ efektivigi tian agadon, kiu celas al ofendo de rajtoj kaj liberecoj agnoskitaj en ĉi tiu Ĉarto, aŭ al ilia pli grandmezura limigo ol la ĉi tie difinita.